ISSN (on-line): 2238-3182
ISSN (Impressa): 0103-880X
CAPES/Qualis: B2
A história do estetoscópio e da ausculta cardíaca
The history of the stethoscope and cardiac auscultation
Alberto Pereira Ferraz1; Bruno Santos Soares1; Daniel Antônio de Albuquerque Terra1; José Agostinho Lopes2
1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Belo Horizonte, MG - Brasil
2. Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG. Titular do Instituto Mineiro de História da Medicina. Belo Horizonte, MG - Brasil
Alberto Pereira Ferraz
Rua Loefgreen nº 01654 Ap. 83 Bairro: Santo Antônio
CEP: 04040-002 Sao Paulo, SP - Brasil
Email: albertopferraz@gmail.com
Recebido em: 24/02/2010
Aprovado em: 16/02/2011
Instituiçao: Faculdade de Medicina da UFMG. Belo Horizonte, MG - Brasil
Resumo
Este trabalho apresenta os principais fatos e acontecimentos relacionados ao desenvolvimento do estetoscópio e à história da ausculta cardíaca. Destaca o papel e contribuição de diversas personalidades do campo científico, apresenta o estetoscópio em seus variados modelos históricos e sumariza as descobertas realizadas pelo método antes e depois da invenção desse instrumento. Aborda, ainda, a ausculta e o estetoscópio no contexto do exame físico e da construção da relação médico-paciente.
Palavras-chave: Auscultação Cardíaca/história; Estetoscópios/história; História da Medicina; Cardiologia/historia; Exame Físico/instrumentação; Relação Médico-Paciente.
INTRODUÇÃO
A ausculta é prática que fascina e intriga os estudiosos do assunto desde o século 4 a.C. No período hipocrático ela já era realizada pela colocação direta do ouvido sobre o peito, mas foi a partir da invenção do estetoscópio por Laënnec, em 1816, que uma porta se abriu, não apenas para a análise de órgaos intratorácicos, mas também para o aprimoramento do saber clínico-médico e para mais interação entre o médico e o doente.
Originando-se das limitações e constrangimentos da ausculta direta, a invenção do estetoscópio e, assim, da ausculta mediada representa marco na história da Medicina. Apesar das dúvidas e oposições iniciais por parte de alguns, o estetoscópio logrou rápida expansão. Desde sua invenção, evoluiu em diversos modelos e características, contando com a contribuição de várias personalidades para o seu aperfeiçoamento. Seu emprego permitiu a descoberta de diversas doenças.
No período atual de superespecialização e métodos sofisticados de diagnóstico, quando a avaliação de sistemas ou órgaos isolados ameaça a abordagem integral do indivíduo, quando a tecnologia ganha maior espaço na prática médica, em detrimento do exame clínico, recebendo a precisão diagnóstica mais importância que o próprio bem-estar do paciente, o estetoscópio parece relembrar-nos um aspecto mais genuíno e humano que durante muito tempo evidenciava-se na Medicina.
Nesse contexto, o método da ausculta permanece como peça-chave no exame clínico e enseja momento único de aproximação médico-paciente nessa arte de cuidar, que é a Medicina.
METODOLOGIA
Pesquisa qualitativa baseada no resgate histórico de dados em literatura especializada e análise de documentos e artigos científicos relacionados.
AUSCULTA DIRETA
As primeiras referências ao uso da ausculta para fins diagnósticos datam do período hipocrático (460 a 370 a.C.). Com a aplicação do ouvido ao tórax ou ao abdome do paciente, realizava-se a ausculta direta. Hipócrates descreveu o succussion splash em um paciente com hidropneumotórax: um barulho produzido quando a cavidade de um corpo contendo água e ar é balançada bruscamente; distinguiu a presença de água ou pus no tórax, relatando som semelhante ao da fervura do vinagre quando se tratava de água; e relacionou, ainda, o atrito pleural, assemelhando o seu som ao de estalos do couro.
Desde Hipócrates até o século 17, pouco foi realizado em relação à ausculta cardíaca. De Motu Cordis, o célebre tratado de William Harvey (1578-1657), publicado em 1628, ensejou, no entanto, novo panorama para o exame da ausculta, ao descrever a fisio-logia cardíaca. Nesse trabalho encontra-se a primeira descrição dos sons cardíacos: "[...] com cada movimento do coração, quando uma porção de sangue é transferida das veias para as artérias, um pulso é produzido, o que pode ser ouvido dentro do tórax [...] e eu descrevo o som como dois estalidos de um fole para elevar água."1
Antes do século 19, o exame cardíaco estava limitado à inspeção e à palpação. Apesar de conhecida, a ausculta direta raramente era utilizada. No entanto, Robert Hooke (1653-1703), distinto cientista inglês, aventava sobre a importância da ausculta: "Quem sabe, digo, seja possível descobrir os movimentos das partes internas do corpo [...] pelo som que elas produzem, alguém pode descobrir o trabalho executado pelas várias repartições e oficinas do corpo humano, e assim descobrir qual instrumento ou máquina está fora de ordem".2 (Figura1).
Apesar do uso restrito, a ausculta direta proporcionou a investigação de diversas condições patogênicas.
Cornelius Stalpert Vander Wiel (1620) auscultou um atrito pericárdico em uma jovem que apresentava a face pálida e muito inchada, na qual ele afirmou ouvir bem distintamente a agitação de um líquido no pericárdio quando o coração estava pulsando.2 James Douglas (1676-1742) relatou um sopro de regurgitação aórtica no coração de paciente cujo ventrículo esquerdo já estava bem dilatado: "E o que é mais incrível, algumas vezes o tremor e a pulsação fazem tal barulho no peito, que claramente pode ser ouvido a certa distância do leito".2 Allan Burns (1781-1813) ressaltou ter ouvido um silvo que simulava um conjunto de correntes se encontrando. A dissecação ele observou que a valva mitral estava endurecida e em forma de rede. Especulou, entao, que haveria uma abertura que durante a contração ventricular permitia que o sangue refluísse para o átrio esquerdo.2 William Hunter (1718-1783), Anthelme Balthasar Richerand (1779-1840), Joseph Hodgson (1788-1869) e Dominique-Jean Larrey (1766-1842) referiram ausculta de sopro em casos de fístulas arteriovenosas.
INVENÇÃO DO ESTETOSCOPIO E DA AUSCULTA MEDIADA
Em 1761, Leopold Auenbrugger (1722-1809), em sua obra Inventum Novum, apresentou a percussão como um novo método de exame clínico para diagnóstico de doenças do tórax. O trabalho de Auenbrugger, no entanto, só começou a receber mais importância no início do século 19, quando Jean-Nicolas Covisart (1755-1821) o traduziu do original em latim para o francês. O Inventum Novum exerceu forte influência nos contemporâneos de Covisart, especialmente em um de seus discípulos, René Théophile Hyacinthe Laënnec (1781-1826), que se viu estimulado a desenvolver ainda mais as técnicas de diagnóstico clínico (Figura 2).
Laënnec sempre se apresentou pouco afeito à prática da ausculta direta, assim se referindo ao método: "Constrangedor tanto para o médico quanto para o paciente, mesmo repugnante, tornando-se impraticável no hospital, é dificilmente aplicável quando se refere à mulher, em muitas das quais o tamanho das mamas é um obstáculo para se empregar o método".1
Certa feita, diante de uma paciente jovem e obesa com sintomas gerais de doença cardíaca, na qual a palpação e a percussão não haviam sido úteis devido à quantidade de gordura, naturalmente se viu constrangido a realizar a ausculta direta, em função do sexo e idade da paciente. Ele entao se lembrou de um princípio da acústica que lhe poderia ser útil naquele momento: o aumento da intensidade do som quando este é transmitido por alguns materiais sólidos. Enrolando folhas de papel, fez um cilindro. Aplicando uma das extremidades no tórax da paciente e a outra extremidade em seu ouvido, mencionou ter percebido os sons cardíacos de maneira muito mais clara e distinta do que quando realizava a ausculta direta.
Correlacionando suas observações à ausculta mediada com os achados de necropsia, Laënnec adquiriu vasta experiência que lhe permitiu classificar as doenças cardiorrespiratórias. Por meio dessa modalidade de ausculta descreveu o primeiro e o segundo sons cardíacos, distinguiu a hipertrofia da dilatação de câmaras cardíacas, deu importância à intensidade dos sons cardíacos para orientar a realização ou não da sangria, reconheceu batimentos ec-tópicos e descreveu alguns sopros. Sua contribuição foi ainda mais vasta no que se refere às doenças pulmonares, devendo-se a ele grande parte da nomenclatura da ausculta pulmonar. Os resultados de suas observações foram publicadas em sua obra-prima, De l'Auscultation Médiate, posteriormente vindo a ser reconhecida como um dos clássicos da literatura médica. Publicada em 1819, a obra foi organizada em dois volumes, sendo vendida acompanhada de um estetoscópio de madeira.
EXPANSÃO DA AUSCULTA MEDIADA
Apesar da primeira edição não ter conquistado venda expressiva, grande parte dos contemporâneos parisienses de Laënnec acolheu os seus ensinamentos. O estetoscópio, no entanto, foi considerado por muitos como uma fonte de piadas. Um dos defensores iniciais do novo método foi Jacques Alexandre Le Jumeau de Kergaradec (1787-1877), discípulo de Laënnec e pioneiro na ausculta fetal. Ele foi o primeiro a aplicar o estetoscópio no abdômen de uma grávida: "Parece que eu posso ouvir os movimentos de um relógio colocado bem perto de mim".1 Estudantes de toda a França logo se encaminhavam a Paris ansiosos pelas instruções de Laënnec.
Os ensinamentos e descobertas de Laënnec conduziram também muitos médicos ingleses a Paris. James Clark (1788-1870), médico inglês dedicado ao tratamento de pacientes tuberculosos em Roma, quando em Paris, apenas em parte aceitou as ideias de Laënnec, mas conversou acerca delas com seu amigo John Forbes (1787-1861). Forbes foi a Paris e, depois de se impressionar com as descobertas de Laënnec, decidiu traduzir o De VAuscultation Médiate para o inglês. Publicada em 1821, a admiração de Forbes assim se expressava em relação ao autor de De VAuscultation Médiate: "[...] pode-se dizer que ele realizou o sonho de filósofos antigos e colocou uma janela no tórax através da qual nós podemos saber com precisão o estado das coisas em seu interior." Forbes, no entanto, estava em dúvidas acerca da utilização disseminada do estetoscópio: "Eu não tenho dúvidas que isso vai ser reconhecido como uma das grandes descobertas da Medicina [...] Se vai ser de uso geral [...] eu tenho minhas dúvidas [...] O seu aspecto e características são estranhos e opostos a todos os nosso hábitos [...] Além disso, há nesse método certa pretensão de convicção e precisão diagnóstica, que não pode, à primeira vista, ser acatada por uma mente profundamente versada nos conhecimentos e incertezas de nossa arte [...]".3
Apesar disso, logo a ausculta mediada foi universalmente aceita e o século 19 passou a ser conhecido como "o período de ouro do estetoscópio".
EVOLUÇÃO DO ESTETOSCOPIO
Por algum tempo Laënnec experimentou modelos sólidos de madeira, mas logo percebeu a importância de um orifício. Ele utilizou vários tipos de madeira, marfim e outros tipos de materiais. Concluiu, no entanto, que madeiras leves eram melhores (Figura 3).
Vários nomes foram aventados para a nova invenção: cilindro, pectorilóquio, sonômetro, corneta médica. Finalmente, Laënnec escolheu o nome estetoscópio, originado de duas palavras gregas: στήθος (peito) e σκοπείν (examinar).
Um dos primeiros avanços do estetoscópio foi promovido por Pierre Adolphe Piorry (1794-1879). Seu estetoscópio originalmente também era dividido em duas partes, mas evoluiu para um estetoscópio com apenas uma parte e possuindo a metade do tamanho dos estetoscópios de Laënnec. Além disso possuía a forma de trombeta e duas peças de marfim, uma para cada extremidade. A peça de marfim que se encaixa na extremidade torácica podia ser utilizada como um plexímetro (Figura 4).
Outras inovações foram os estetoscópios flexíveis. Eram constituídos por tubos de madeira que se articulavam ou mesmo tubos flexíveis de molas de metal cobertos por um material tecido (Figuras 5, 6 e 7).
Muitos outros modelos foram fabricados recebendo o nome daqueles que sugeriram modificações na forma ou no material: Stokes, Fox, Davis, Quain, Walshe, Fergusson, etc. Muito frequentemente esses modelos diferiam pouco e refletiam mais preferências pessoais do que vantagens.
O próximo passo da evolução foi a construção de estetoscópios biauriculares. Charles James Blasius Williams (1805-1889), um dos discípulos mais brilhantes de Laënnec, construiu em 1829 um modelo biauricular. Nele, a peça torácica tinha a forma de uma trombeta, que era construída em mogno. Sua extremidade era presa a um conector ao qual eram fixados dois condutores cilíndricos.
Em 1851, o Dr. George Philip Camman desenvolveu um estetoscópio biauricular que muito se aproxima dos modelos atuais. O estetoscópio de Camman foi grande avanço, pois facilmente se adaptava ao ouvido e podia mesmo ser carregado no bolso (Figura 8).
Alguns modelos buscavam características especiais de ausculta ou de uso. Somerville Scott Alison construiu o que chamou de "estetoscópio diferencial", que consistia de duas peças torácicas independentes, a fim de que fosse possível comparar os sons de duas áreas do tórax. Podia-se, por exemplo, comparar qualitativamente a primeira bulha do ápice com a segunda bulha da base para se coletar informações sobre a eficiência do miocárdio. Apesar de ter entrado em voga durante certo período, caiu em desuso, já que alguns sons eram abafados (Figura 9).
Outro estetoscópio pouco usual foi o de Landouzy. Construído em 1850 com finalidades de ensino, consistia de vários tubos articulados que possibilitavam a ausculta de vários examinadores ao mesmo tempo.
O estetoscópio continuou evoluindo pelo final dos séculos 19 e início do 20. Nessa época a peça torácica já apresentava a forma de uma campânula. A campânula possibilitava muito boa ausculta dos sons graves. Havia, no entanto, a necessidade de se melhorar a ausculta dos sons agudos, o que seria feito com a introdução do diafragma. Em 1894, Robert C.M. Bowles patenteou a forma moderna do estetoscópio com diafragma, utilizando membranas de metal ou celulose (Figura 10).
Posteriormente, os estetoscópios passaram a ser construídos tanto com campânula quanto com diafragma. Em 1961, Dr. David Littman, distinto cardiologista e autoridade internacional em eletrocardiografia, descreveu o modelo que veio a ser o mais utilizado na prática médica dos dias de hoje. Ele é construído com aço inoxidável, condutores de tygon (em vez de borracha) e possui campânula e diafragma (Figura 11).
DESCOBERTAS REALIZADAS POR MEIO DA AUSCULTA MEDIADA
"Uma nova fonte de conhecimento foi incorporada à Medicina; o sentido da audição foi chamado à nossa assistência e tem trazido mais facilidade, certeza e utilidade ao diagnóstico do que qualquer outra coisa que tenha sido feita nos últimos séculos" - disse Willian Stokes a respeito da invenção do estetoscópio.1
De fato, o estetoscópio trouxe muitas facilidades para o estudo da Medicina e proporcionou várias descobertas.
Willian Stokes (1804-1878) escreveu em 1854 o livro Diseases of the heart, no qual chama a atenção para alterações nos sons cardíacos de acordo com a posição do paciente, diferenciando, assim, sons fisiológicos de patogênicos. Ainda hoje ele é lembrado pelas descrições que levam a reconhecer a respiração de Cheyne-Stokes e o ataque de Stokes-Adams.
James Hope (1801-1841) foi grande defensor da ausculta cardíaca e contribuiu enormemente para a sua popularização. Em seu livro Diseases of the Heart and Great Vessels ele discute seus experimentos em burros a respeito da segunda bulha cardíaca e, baseado em várias observações, sugeriu sua origem valvar. Além disso, fez descrições iniciais sobre doenças valvares, impulsão da regurgitação aórtica e correta localização do zumbido venoso e foi o primeiro a usar o termo "asma cardíaca".
A descrição do ritmo em galope foi feita por Pierre-Carl Potain (1825-1901) a partir de suas observações junto com seu professor Jean-Baptiste Bouillaud (1796-1881). Potain escreveu sobre o ritmo de galope em 1876 e atribui esse termo a Bouillaud. No mesmo escrito ainda acrescentou como diferenciar a quarta bulha do desdobramento da primeira bulha. O mesmo Potain reportou, em 1866, o desdobramento inspiratório da segunda bulha. Já Bouillaud foi o primeiro a notar o clique de abertura da mitral.
Dominic Corrigan (1802-1880) elucidou as bases físicas dos sopros cardíacos e, em seu artigo On Permanent Patency of the Mouth of the Aorta or Inadequacy of the Aortic Valves, destacou as características do sopro da insuficiência aórtica, sendo grande passo para o entendimento dos sopros e das doenças valvares.
Austin Flint (1812-1886) registrou em seu artigo, The Mitral Direct Murmur, o sopro diastólico em área mitral, que hoje leva seu nome - sopro de Austin Flint -, caracterizando grave insuficiência aórtica.
Jacob DaCosta (1833-1900), um dos grandes professores de clínica em seu tempo, em 1871 publicou observações que se tornaram clássicas. Constatou a associação entre um estalido e um sopro apical sistólicos com uma síndrome caracterizada por fadiga e dor torácica em jovens soldados sem evidências de doença orgânica. Esses achados vieram a ser confirmados por outros estudiosos e durante muito tempo foi considerado funcional ou inocente. Ao final do século 19, no entanto, Morton Prince et al. justificaram o estalido e o sopro sistólico tardio a uma complacência da valva mitral durante a sístole, trazendo a compreensão do que mais tarde seria caracterizado como prolapso da valva mitral.
Até recentemente não existiam meios que comprovassem muitas das novas teorias e as explicações incorretas eram numerosas. Com a invenção da fonocardiografia e da ecocardiografia, o tempo de movimento das valvas cardíacas e outros achados foram esclarecidos, auxiliando o desenvolvimento da ausculta cardíaca, que hoje se encontra sobre bases bem estabelecidas.
C0NCLUSÃO
A invenção de Laënnec constitui marco na história da Medicina. Apesar da acolhida morna, ou mesmo sarcástica, em seus primórdios, o estetoscópio trouxe grandes benefícios para a Medicina. Após a sua aceitação, não apenas consolidou a ausculta como método de exame físico, mas também proporcionou várias descobertas na medicina. Ao longo de sua evolução, sob a forma de variados modelos, os decênios o revestiram de peculiar prestígio, tornando-se hoje um dos símbolos da Medicina e valioso instrumento para a aproximação do médico diante do doente na arte de cuidar.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao Professor Doutor José Agostinho Lopes, pelo estímulo para conduzirmos a Medicina com a sensibilidade que a arte enseja.
REFERENCIAS
1. Hanna IR, Silverman ME. A History of cardiac auscultation and some of its contributors. Am J Cardiol. 2002;90:259-67.
2. McKusick VA, Sharpe WD, Warner AO. An exhibition on the history of cardiovascular sound including the evolution of the stethoscope. Bull Hist Med. 1957;31(5):463-87.
3. Bishop PJ. Evolution of the stethoscope: J R Soc Med. 1980;73:448-56.
4. Lopes JA. O Médico e a tecnologia: reflexoes com enfoque na cardiologia. Rev Assoc Med Minas Gerais. 2008;18(2):108-15.
5. Alves R. O Médico. São Paulo: Papirus; 2002
6. Medical Antiques on line. The history of the stethoscope. [Cited 2002 jan 30]. Available from: http://antiquemed.com
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