RMMG - Revista Médica de Minas Gerais

Volume: 24. (Suppl.5) DOI: https://dx.doi.org/10.5935/2238-3182.20140075

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Artigo Original

Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais: perfil demográfico e funcional dos pesquisadores

Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais: functional and demographic profile of researchers

Jacqueline Saldanha Mendes da Costa1; Roberto Marini Ladeira2

1. Administradora. Doutora em Demografia. Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais - FHEMIG. Belo Horizonte, MG - Brasil
2. Médico. Doutor em Saúde Pública. FHEMIG. Belo Horizonte, MG - Brasil

Endereço para correspondência

Jacqueline Saldanha Mendes da Costa
E-mail: jacqueline.costa@fhemig.mg.gov.br

Instituição: Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais - FHEMIG Belo Horizonte, MG - Brasil

Resumo

INTRODUÇÃO: a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) é uma instituição pública, estadual, com atuação focada na assistência hospitalar, nos níveis secundários e terciários da atenção a saúde. Tem como uma das estratégias organizacionais a realização de pesquisas e formação de recursos humanos, pontos centrais de interesse deste estudo.
OBJETIVO: descrever o perfil funcional e demográfico de pesquisadores que fazem parte do quadro de servidores efetivos da Fhemig.
MÉTODOS: trata-se de um estudo transversal, realizado a partir da utilização de dados secundários, extraídos do Sistema de Administração de Pessoal do Estado de Minas Gerais, em 30 de junho de 2014. O universo da pesquisa foi o conjunto de servidores efetivos da FHEMIG e a população de estudo, o conjunto de profissionais com titulação de mestrado ou doutorado. Para tratamento dos dados foram utilizadas estatísticas de tendência central e proporções. As variáveis demográficas e funcionais consideradas foram: sexo, idade cargo, função, escolaridade, titulação e unidade de trabalho.
RESULTADOS: o quadro de pesquisadores da FHEMIG é caracterizado por maior presença de pessoas do sexo feminino, exceto para o cargo de Médicos. É maior a proporção de pessoas do sexo masculino nas idades 50 e mais. E, a maioria dos pesquisadores está concentrada nas idades de 30 e mais, com prevalência de pessoas no cargo de Médico.
CONCLUSÕES: a FHEMIG possui um contingente de pesquisadores capazes de alavancar a pesquisa científica na Instituição. Entretanto, esse contingente apresenta concentração em algumas categorias funcionais e unidades hospitalares. São necessários investimentos em políticas de gestão de pessoas que estimulem a formação de pesquisadores de forma mais homogênea e que favoreçam a atuação na área de pesquisa.

Palavras-chave: Pesquisadores; Pesquisa; Assistência à Saúde; Assistência Hospitalar; Políticas; Recursos Humanos.

 

INTRODUÇÃO

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais - Fhemig é uma instituição pública estadual, com a missão de "prestar assistência hospitalar de complexidade secundária e terciária, com importância estratégica regional e estadual e participar da formulação da política de gestão para hospitais integrados ao SUS de Minas Gerais", assistindo à população do estado, em consonância com as políticas e diretrizes do Estado de Minas Gerais e do Governo Federal.1

Consonante a política dos governos federal e estadual, a Fhemig elaborou seu Planejamento Estratégico para o período de 2008 a 2018, tendo como visão "constituir-se modelo de excelência no País para a promoção da assistência e qualificação hospitalar". Com esse fim, definiu como uma das estratégias organizacionais a "realização de pesquisas e formação de recursos humanos"2.

Criada em 1977, a Fhemig é uma das maiores redes de hospitais públicos da América Latina. Essa rede é constituída por uma Administração Central e mais 21 unidades hospitalares organizadas em 6 complexos: Urgência e Emergência, Hospitais Gerais; Especialidades; Saúde Mental; Reabilitação e Cuidado ao Idoso e o MG Transplantes.3

A Administração Central é estruturada em torno da Presidência, Diretorias e Assessorias, que tem se caracterizado por ser o ponto de formulação e difusão das diretrizes institucionais1.

Na Administração Central funciona a Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP), ligada à Diretoria de Gestão de Pessoas. Inicialmente constituída como Gerência de Pesquisa em 2007, tinha a finalidade de organizar, fomentar e incrementar as atividades científicas e tecnológicas, e definir as linhas de pesquisa estratégicas para a organização. A partir de 2011, com nova reformulação do organograma da Fhemig, assumiu a responsabilidade pela Residência Médica, estágios supervisionados e a capacitação e desenvolvimento de pessoal.

A GEP é responsável por toda a área de ensino, pesquisa e inovação tecnológica da Fhemig, e conta, em cada unidade hospitalar, com o suporte dos Núcleos de Ensino e Pesquisa (NEP), que promovem a interface com os pesquisadores.

Em função da importância estratégica da pesquisa na Fhemig, entende-se ser fundamental conhecer o perfil dos pesquisadores pertencentes a seu quadro de servidores, a fim de avaliar o potencial de recursos humanos capaz de fomentar, estruturalmente, a pesquisa e a inovação tecnológica e de servir como subsídio para uma política de desenvolvimento de recursos humanos.

Diante disso, este estudo objetivou descrever o perfil funcional e demográfico de pesquisadores que fazem parte do quadro de servidores efetivos da Fhemig.

 

MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal realizado a partir da utilização de dados secundários extraídos do Sistema de Administração de Pessoal Estado de Minas Gerais (SISAP-MG), em 30 de junho de 2014, pela Gerência da Tecnologia da Informação. O universo da pesquisa foi o conjunto de servidores efetivos da FHEMIG, em exercício na Instituição, doravante denominados efetivos. A população de estudo é composta pelos profissionais com titulação de mestrado ou doutorado, denominados "Pesquisadores" para utilização neste estudo. Os servidores sem esta titulação foram designados como "Demais servidores" embora não haja, na prática, nenhuma restrição ao seu envolvimento em projetos de pesquisa.

Para análise dos dados foram utilizadas estatísticas de tendência central e proporções. Como variáveis demográficas foram considerados: sexo e idade (agrupado por faixa etária). Como variáveis funcionais foram utilizadas: cargo, função, nível de escolaridade, titulação e unidade de trabalho (agrupada por complexos, correspondendo à estrutura organizativa da Fundação).

A estrutura de carreira da Fhemig é constituída por 5 cargos (Tabela 1), cada qual estratificado em níveis hierárquicos (promoção) e de linhas (progressão na carreira). Os níveis e linhas são vinculados à formação exigida na função e/ou ao tempo de serviço na Instituição. Para o estudo foi levado em conta apenas o cargo.

 

 

Em função de suas especificidades, os cargos de AGAS e PENF receberam tratamento diferenciado. Como o cargo AGAS admite graduação em áreas de conhecimento distintas, ressaltou-se as principais áreas de conhecimento representadas. Quanto ao cargo de PENF, optou-se por criar duas categorias: PENF/Enf para os que possuem graduação em Enfermagem e PENF/Outros, para as demais funções, por exemplo, Técnico em Enfermagem.

O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da FHEMIG sob o parecer 733240 de 30 de julho de 2014.

 

RESULTADOS

Características Demográficas:

Foram identificados 11.314 registros de servidores efetivos na Rede FHEMIG. Entre esses, 282 (2,5%) correspondem a servidores classificados como pesquisadores. (Tabela 2).

 

 

Do total de efetivos, cerca de 74% correspondem à pessoas do sexo feminino.. Cerca de 76% das servidoras encontra-se distribuída nas faixas etárias até 49 anos. Nas faixas etárias de "50 e +" é maior a proporção de pessoas do sexo masculino.

Entre os pesquisadores, a proporção de mulheres é de cerca de 54%, mostrando uma sub-representação das mulheres entre os servidores com maior titulação. Há também uma maior proporção de homens entre pesquisadores com mais de 50 anos.

Diferentemente dos demais servidores, observa-se que cerca de 98% dos pesquisadores têm idade igual ou superior a 30 anos, refletindo uma necessidade de maior tempo de estudo necessário para que as pessoas obtenham a titulação de mestre e doutor.

Aproximadamente 25% dos pesquisadores estão nas faixas etárias que sugerem possibilidade de aposentadoria voluntária, considerando apenas o critério idade (> 50 anos).

Realizando as análises por sexo e cargo (Figura 1), observa-se que apenas no cargo de MED há uma maior proporção de pessoas do sexo masculino (57,7%). Nos cargos de AGAS e PENF, a proporção de mulheres, atinge cerca de 81 e 85% respectivamente,

 


Figura 1 - Distribuição dos servidxores da FHEMIG por cargo e sexo, junho 2014.
Fonte: SISAP/SEPLAG/FHEHIG.

 

Entre os pesquisadores também, observa-se maior proporção de pessoas do sexo feminino em todos os cargos, exceto para o cargo de MED, onde os homens são 56,5%.

Características funcionais

Distribuindo-se o total de efetivos da FHEMIG por cargos (Tabela 3) identifica-se que a maioria (51,8%) é composta por PENF (9% enfermeiros e 42,8%, outros), seguido de MED (16,6%), TOS (15,8%), AGAS (9,8%) e AUAS (6,1%).

 

 

Em relação à escolaridade, observa-se (Tabela 3) que a maioria dos servidores efetivos da FHEMIG (54,2%) possui até o nível médio de escolaridade. Os profissionais com nível de mestrado e doutorado (pesquisadores), correspondem a 2,5%. Deve-se destacar que para algumas funções do cargo de AGAS, MED e PENF, exige-se especialização. Esse fato pode justificar, em parte, os 22% de profissionais com nível de especialização.

Outro achado é que dentre o total de 2471 servidores com especialização, cerca de 9,2% dos profissionais ocupam cargo com exigência mínima de nível técnico ou médio de escolaridade.

Observa-se que os médicos somam 59,6% dos servidores com pós graduação stricto sensu sendo que 80% dos doutores e 55% dos mestres são médicos (Tabela 3). Cerca de 32% dos servidores com mestrado ou doutorado são ocupantes do cargo AGAS

Comparando-se a proporção de MED, AGAS e PENF/Enf do quadro de efetivos da Fhemig, com o quadro de pesquisadores nesses mesmos cargos (Figura 2), observa-se que os profissionais MED e AGAS possuem maior proporção de indivíduos com mestrado e doutorado,(8,9 e 8,1% respectivamente) que os profissionais no cargo de PENF/Enf (1,9%).

 


Figura 2 - Proporção de mestres e doutores nos cargos AGAS, MED e PENF/Enf, junho 2014.
Fonte: SISAP/SEPLAG/FHEHIG.

 

Especificamente em relação ao cargo de AGAS, que engloba várias áreas de graduação, identificou-se: 24 fisioterapeutas, todos com nível de mestrado; 18 farmacêuticos (1 com doutorado); 15 psicólogos (1 com doutorado), 11 cirurgiões dentista (2 com doutorado); 7 terapeutas, (2 com doutorado); e 3 assistentes sociais, todos com mestrado.

Nas demais áreas de formação encontrou-se apenas 1 profissional: um administrador e um médico (ambos com doutorado); arquiteto, ciência da computação; engenheiro eletricista; engenheiro sanitarista e fonoaudiólogo, todos com mestrado.

Analisando a distribuição das pessoas com formação em pesquisa pelos complexos da Fhemig, observa-se que, a proporção de pesquisadores em relação ao total de servidores de cada complexo hospitalar varia em torno de 2,5%. Cerca de 4,5% dos pesquisadores atuam na Administração Central (Tabela 4).

 

 

DISCUSSÃO

O contingente de servidores com formação para pesquisa, 2,5%, pode ser considerado ainda aquém do desejável para uma instituição que pretende crescer e se firmar na área de Pesquisa.

Os resultados mostram, em relação à composição por gênero do grupo de pesquisadores, que há uma sobre-representação masculina quando se compara com a composição do quadro geral de servidores. Os pesquisadores concentram-se em faixa etária entre 30 e 50 anos, independentemente do sexo. Isso pode ser explicado pelo tempo necessário à formação em nível de mestrado e doutorado Quanto à maior proporção de homens nas faixas acima de 50 anos, esse achado pode estar sendo influenciado pelo fator aposentadoria. Considerando-se apenas o critério idade, mulheres podem aposentar com idade mínima de 55 anos e homens, com idade mínima de 60 anos. Além da idade, o tempo de contribuição previdenciária são fatores essenciais para predizer aposentadoria. No entanto, o tempo de contribuição previdenciária não foi objeto deste estudo.

É importante salientar que cerca de 25% dos pesquisadores da Fhemig podem ter adquirido, ou estar adquirindo, direito à aposentadoria voluntária. Entendendo ser baixo o número de pesquisadores na Instituição, políticas de Recursos Humanos devem ser direcionadas, de forma a manter por mais tempo as pessoas já formadas e incentivar o aumento do quadro de pesquisadores.

Com relação aos cargos, observa-se maior presença de pesquisadores no cargo de MED, seguido de AGAS e PENF/Enf, concentrada nas áreas de Medicina, Fisioterapia e Farmácia. Ainda é inexpressivo o número de pesquisadores aptos a atuar nas chamadas áreas de ciências sociais e humanas aplicadas. Especificamente para o cargo de Médico, a possibilidade de promoção na carreira e aumento salarial de acordo com a pós-graduação stricto sensu pode funcionar como um estímulo à busca de maior titulação.

Em termos relativos, podemos considerar como baixa a proporção de PENF/Enf em cursos de mestrado e doutorado. Levando-se em consideração que a maioria dos profissionais da FHEMIG está concentrada na área de enfermagem e que a pós graduação stricto sensu sugere melhor qualificação profissional com impacto na qualidade da assistência, também nesse aspecto, políticas de Recursos Humanos devem ser estabelecidas para incentivar a titulação dos profissionais desta categoria.

Quanto à distribuição dos pesquisadores da Rede Fhemig de acordo com os Complexos Hospitalares, observa-se uma variação em torno de 2,5% de pesquisadores por complexo. Na Administração Central esse percentual é maior, cerca de 4,4%. Esta diferença pode ser explicada, no geral, pela atividade de formulação e difusão das diretrizes institucionais da Administração Central. Além disso, a oferta de assessoria técnica aos demais pesquisadores pela Gerência de Ensino e Pesquisa demanda a existência de um número maior de pesquisadores.

Outro ponto para reflexão é o fato de haver pessoas com o grau de escolaridade acima do exigido para o cargo. No caso da especialização, 9% ocupam cargos para os quais não há exigência desta titulação. Chama a atenção, também, a presença de 4 profissionais em cargo com exigência mínima de nível técnico ou médio de escolaridade que possuem nível de mestrado e um com nível de doutorado. Esses dados sugerem que os profissionais estão investindo em sua própria formação, a despeito do cargo que ocupam na Instituição; e/ou a Fhemig tem atraído em seus concursos, pessoas com nível superior/pós-graduação para ocupar cargos de nível médio/técnico.

Entre as limitações do estudo podemos mencionar o fato de ter sido baseado em dados administrativos, sendo possível que não tenha identificado todos os servidores com titulação de mestrado ou doutorado. Em algumas situações, há um atraso entre a conclusão da pós-graduação, o recebimento do certificado e sua apresentação junto à área de gestão de pessoas. Outro fator que pode afetar os números apresentados é a não detecção de início do processo de aposentadoria ou pedido de demissão. Além disso, a distribuição dos servidores por complexo hospitalar também pode ser afetada por transferências de local de trabalho que não tenham sido devidamente detectadas.

 

CONCLUSÃO

O quadro total de pesquisadores da FHEMIG é caracterizado, em temos demográficos, por maior presença de pessoas do sexo feminino, exceto para o cargo de MED. Com relação as faixas etárias é maior a proporção de pessoas do sexo masculino nas idades 50 e mais. A maioria do quadro de pesquisadores está concentrada na idade de 30 e mais.

Com relação às características funcionais, observou-se maior presença de pesquisadores do cargo de MED, seguido de AGAS e PENF/Enf.. No cargo de AGAS, observa-se maior presença de Fisioterapeutas, como predominância de pessoas com nível de mestrado.

Por este estudo é possível concluir que embora a assistência seja sua atividade principal, a Fhemig, possui um contingente de profissionais capazes de alavancar a pesquisa científica na Instituição, dedicando-se a temas prioritários que possam servir como subsídio aos processos decisórios e, consequentemente, impactando positivamente a qualidade da assistência.

Entretanto, deve haver incentivos na política de recursos humanos que contribuam para diminuir a concentração de pesquisadores em algumas profissões e áreas do conhecimento. Além disso, adaptações na carga horária e na política remuneratória podem servir de incentivo para que mais profissionais se dediquem ao ensino e pesquisa.

Nesse sentido, se o Estado e a Fhemig tem como uma de suas diretrizes desenvolver e apoiar estratégias de fomento à produção científica e a incorporação tecnológica nos seus diversos setores de atuação, torna-se necessário o estabelecimento e ampla divulgação de políticas que possibilitem aos pesquisadores exercerem efetivamente a função de ensino e pesquisa na Fhemig, quer seja por meio de horas de trabalho, quer seja por meio de bolsas de pesquisa para efetivos, financiamento para participação em eventos científicos, etc.. Neste aspecto a utilização o incentivo à formação de pesquisadores via Programa de Capacitação de Recursos Humanos (PCRH) da Fapemig tem se mostrado uma excelente alternativa.

Também, há que se investir na captação e formação de pesquisadores em gestão e políticas públicas a fim de viabilizar a revisão dos processos de trabalhos com sólidas bases científicas, captação de recursos materiais e financeiros para investimento em pesquisas, processos de comunicação consistentes, formação de gestores, dentre outros.

 

REFERÊNCIAS

1. Capanema FD. Núcleo de Inovação Tecnológica e Proteção ao Conhecimento da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais- FHEMIG INOVA. In: Gava R, Vidigal PG, organizador. Conquistas e desafios: os 10 anos da Rede Mineira de Propriedade Intelectual. Viçosa: Suprema Gráfica e Editora; 2013.v.1,p.144-53.

2. Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais FHEMIG. Planejamento Estratégico 2008 - 2018. [Citado em 2014 set. 29]. Disponível em: http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CB0QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.fhemig.mg.gov.br%2Fpt%2Fdownloads%2Fdoc_download%2F160-miolo-planejamento-estrategico-pdf-1931-kb&ei=8_s3VJD0O8zLsATO_oGgAg&usg=AFQjCNFtzP_e5ml-mFl6-On3WUfCqXntOQQ&bvm=bv.77161500,d.cWc&cad=rja

3. Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais FHEMIG. Atualização Estratégia 2011/2014. Belo Horizonte, MG: Fhemig; 2011.