ISSN (on-line): 2238-3182
ISSN (Impressa): 0103-880X
CAPES/Qualis: B2
Ocorrência sinantrópica da aranha-marrom Loxosceles laeta (Araneae, Sicariidae) em áreas serranas no Estado de Minas Gerais, Brasil, e notas sobre loxoscelismo
Synanthropic occurrence of the brown-spider Loxosceles laeta (Araneae, Sicariidae) in mountainous areas of Minas Gerais State, Brazil, with notes on loxoscelism
Adriano Lima Silveira1; Maria Nelman Antunes de Souza2
1. Doutor em Zoologia / Fundaçao Ezequiel Dias. Belo Horizonte, MG - Brasil
2. Bióloga / Fundaçao Ezequiel Dias. Belo Horizonte, MG - Brasil
Adriano Lima Silveira
E-mail: biosilveira@yahoo.com.br
Recebido em: 06/06/2017.
Aprovado em: 05/07/2017.
Instituiçao: Fundaçao Ezequiel Dias. Belo Horizonte, MG - Brasil.
Resumo
INTRODUÇÃO: Dentre as aranhas-marrons, Loxosceles laeta é responsável por casos de loxoscelismo de maior gravidade, com maior taxa de letalidade. A espécie é invasora, sinantrópica e encontra-se amplamente disseminada, incluindo alguns estados brasileiros.
OBJETIVOS: São apresentados novos registros geográficos de L. laeta em Minas Gerais e dados epidemiológicos de loxoscelismo. Metodologia: Os registros foram obtidos com amostragens faunísticas e análise de coleção científica e foi consultado o banco de dados epidemiológicos do Sinan Net.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Loxosceles laeta foi registrada na regiao do Quadrilátero Ferrífero (extremo sul da Serra do Espinhaço), nos municípios de Ouro Preto e Belo Horizonte (registro prévio em literatura); e na Serra da Mantiqueira (incluindo seu extremo noroeste e o sul do estado), nos municípios de Barbacena, Carandaí e Jacutinga. Em todas as coletas as aranhas estavam no intradomicílio e as localidades de registro compartilham características ambientais, especialmente elevadas altitudes (acima de 1.000 m). Loxosceles laeta é apontada como espécie de elevada importância médica nas serras do Quadrilátero e da Mantiqueira. Acerca da epidemiologia dos acidentes, ao longo de nove anos foram notificados 446 casos de loxoscelismo nos cinco municípios de ocorrência de L. laeta, incluindo um óbito em Jacutinga e outro nas proximidades de Barbacena. É possível que ao menos parte desses casos tenha sido causada por L. laeta, especialmente os óbitos.
CONCLUSÃO: Conclui-se que L. laeta foi introduzida e encontra-se estabelecida em regioes serranas do sudeste e sul de Minas Gerais, onde há risco de graves casos de loxoscelismo.
Palavras-chave: Aranhas, Distribuição Animal, Animais Venenosos, Epidemiologia, Zoologia, Brasil
INTRODUÇÃO
As informações disponíveis indicam que o araneísmo (envenenamento causado por aranha) é um problema de saúde pública em todo o Brasil.1-3 De acordo com dados disponibilizados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), nos anos de 2007 a 2015 foram notificados 1.177.648 casos de araneísmo no país, com média de 130.850 casos por ano.1 As aranhas responsáveis pelos envenenamentos humanos mais graves no Brasil são as espécies dos gêneros Loxosceles Heinecken e Lowe, 1835 (Sicariidae), conhecidas popularmente como aranhas-marrons, Phoneutria Perty, 1833 (Ctenidae), conhecidas como aranhas-armadeiras e Latrodectus Walckenaer, 1805 (Theridiidae), conhecidas como viúvas-negras.2,4
O loxoscelismo, causado pelas aranhas-marrons, corresponde a uma forma muito grave de araneísmo.2 O quadro clínico do loxoscelismo pode desenvolver-se sob as formas cutânea ou cutâneo-visceral (cutâneo-hemolítica) e o veneno causa principalmente o desencadeamento de processo inflamatório intenso no local da picada, acompanhado de obstrução de pequenos vasos, edema, hemorragia e necrose focal, além de hemólise intravascular nas formas mais graves de envenenamento.2,5 Na forma cutâneo-visceral pode ocorrer insuficiência renal aguda, raramente com evolução para óbito.5 De acordo com dados do Sinan Net, foram notificados 69.951 casos de loxoscelismo no Brasil nos anos de 2007 a 2015.1 No entanto, a despeito da importância médica do loxoscelismo, sua epidemiologia não tem sido adequadamente abordada no Brasil.
As aranhas-marrons consideradas como de maior importância médica no país são as espécies Loxosceles intermedia Mello-Leitao, 1934, L. laeta (Nicolet, 1849) e L. gaucho Gertsch, 1967, das quais o veneno de L. laeta mostrou-se mais ativo no desencadeamento de hemólise experimental.2 O loxoscelismo causado por L. laeta exibe maior gravidade, com maior taxa de ocorrência de forma cutânea visceral e maior taxa de letalidade.2,6
Loxosceles laeta, a maior espécie sul-americana do gênero, é presumivelmente originária da porção oeste da América do Sul.7 Atualmente, a espécie encontra-se disseminada em diversas regioes do planeta, incluindo uma ampla extensão sul-americana (Peru, Chile, Equador, Colômbia, Brasil, Uruguai e Argentina), a América Central (Guatemala, Honduras e Belize), América do Norte (Canadá e Estados Unidos), Europa (Finlândia) e Oceania (Austrália), havendo registros para os estados brasileiros do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraíba.2,5,7-15
Em Minas Gerais, Loxosceles laeta foi previamente registrada na cidade de Belo Horizonte, em uma residência do bairro Serra.11 Além de L. laeta, as espécies L. anomala (Mello-Leitao, 1917), L. amazonica Gertsch, 1967 e L. similis Moenkhaus, 1898 se encontram adequadamente documentadas em Minas Gerais, havendo menção a espécimes testemunhos.7,11,16,17 Ainda foram citadas L. gaucho e L. hirsuta Mello-Leitao, 1931 para Minas Gerais, como menção à Coleção Aracnológica do Instituto Butantan como fonte dos dados, mas sem citação de espécimes testemunhos.5 Adicionalmente, em um resumo de comunicação científica foi relatada a ocorrência L. variegata Simon, 1897 no estado.18
Loxosceles laeta é presumivelmente exótica na porção leste da América do Sul, o que inclui o Brasil.7 Neste país a espécie é sinantrópica e ocorre no intradomicílio ou peridomicílio, introduzida em ecótopos urbanos e periurbanos em cidades ou áreas rurais.12,13,19-21 A espécie é reconhecida como eurioica (generalista), possuindo alta capacidade de adaptação e, consequentemente, ampla valência ecológica; vive em diferentes altitudes e climas, possui elevada capacidade reprodutiva e pode viver longos períodos sem água e alimento.20,22-24 A alta capacidade de domiciliação e maior importância médica da espécie permitem reconhecer L. laeta como possivelmente a aranha-marrom de maior periculosidade no Brasil.
Uma vez que aranhas-marrons são criptozoicas, sua dispersão é altamente facilitada no ambiente antrópico, onde podem abrigar-se e proliferar-se entre pilhas de tijolos, telhas e madeira, o que também possibilita seu transporte para outras áreas geográficas.20
Neste contexto, o conhecimento da distribuição geográfica de Loxosceles laeta torna-se de grande relevância e, no presente trabalho, são apresentados novos registros geográficos da espécie no Estado de Minas Gerais, Sudeste do Brasil.
MÉTODOS
Foram obtidos registros de Loxosceles laeta na ocasiao de amostragens faunísticas em campo realizadas nas regioes do Quadrilátero Ferrífero e Sul de Minas Gerais, no período de 2000 a 2016, e pela análise do acervo da Coleção de Aranhas da Fundação Ezequiel Dias (Funed-Aran), situada em Belo Horizonte (MG).
Exemplares coletados foram depositados na Coleção de Aranhas da Funed e na Coleção de Aracnídeos e Miriápodes do Laboratório de Artrópodes, Instituto Butantan (IBSP), situado em São Paulo (SP).
A identificação taxonômica baseou-se na análise de espécimes sob estereomicroscópio para observação de caracteres diagnósticos, especialmente em relação ao epígino das fêmeas e o palpo dos machos. Epíginos foram preparados com o método de digestao de tecidos moles internos por pancreatina.25 Foram seguidas as diagnoses apresentadas por Gertsch.7 Espécimes testemunhos foram tombados na Coleção de Aranhas da Funed.
Procedeu-se a um levantamento epidemiológico dos casos de araneísmo em Minas Gerais, com o objetivo de averiguar a ocorrência de notificações de loxoscelismo nas áreas de registro de Loxosceles laeta. Para tanto, foi acessada a base de dados epidemiológicos do Sinan Net, sendo consultados os dados de doenças e agravos de notificações a partir de 2007, com aplicação de filtros para a identificação da aranha, ano de notificação, regiao de saúde (CIR) de notificação e município de notificação.1 Foram considerados os anos de 2007 a 2015, período no qual houve expressivo aumento no número de registros. Também foram levantados os casos de óbitos decorrentes de loxoscelismo, por município e regiao.
É necessário considerar a existência de sobrediagnósticos de loxoscelismo, o qual pode ser apontado como etiologia comum de lesões dermonecróticas idiopáticas.26 Este fato poderia levar ao questionamento da acurácia das notificações consultadas, no entanto, os registros no Sinan Net correspondem ao melhor conjunto de dados disponíveis para as análises epidemiológicas conduzidas no presente trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Exemplares de Loxosceles laeta (Figuras 1 e 2) foram coletados nos municípios de Ouro Preto e Jacutinga. Na Coleção de Aranhas da Funed foram localizados exemplares procedentes dos municípios de Carandaí e Barbacena. Dados de coleta detalhados são apresentados na Tabela 1. Os espécimes foram analisados e apresentaram os caracteres diagnósticos de L. laeta segundo a descrição de Gertsch, sem variação relevante.7
A diagnose baseou-se principalmente na morfologia das genitálias, como se segue. Palpo do macho tipicamente marrom-amarelado pálido, exceto a tarso que é mais escuro, e com os seguimentos alongados; fêmur fino, com comprimento equivalendo a oito a dez vezes a sua maior largura, e com largura equivalendo a cerca da metade a dois terços da largura lateral da tíbia; patela fina, com comprimento menor que a metade do comprimento da tíbia; tíbia com considerável variação de espessura, com comprimento igual a três a quatro vezes a sua largura lateral. Epígino da fêmea com receptáculo seminal longo e tubular, o qual apresenta um alargamento transversal ou bolsa em sua base, essa estrutura correspondendo normalmente a uma angulação ou a um tubérculo distinto ou dedo-cego curto.7
Em todas as localidades de registro os exemplares de Loxosceles laeta foram coletados no intradomicílio (Figura 3), segundo observações de campo e dados de tombo da coleção, sendo que as ocorrências são consideradas sinantrópicas.
É necessário esclarecer que, segundo Machado et al., Bücherl teria relatado o primeiro encontro de Loxosceles laeta em Minas Gerais, em Riacho da Cruz, norte do estado.8,11 Gertsch já havia mencionado o registro de L. laeta em Riacho da Cruz, Minas Gerais, atribuindo-o a Bücherl, e Gonçalves-de-Andrade e Tambourgi referiram-se ao mesmo registro, citando Gertsch com referência.7,8,20 No entanto, no trabalho de Bücherl, o exemplar procedente de Riacho da Cruz (IBSP 266, fêmea) é tratado como "Espécie A", sendo identificado como L. rufescens (Dufour, 1820), e não L. laeta.8 A sequência de registros sugere que Gertsch equivocou-se ao consultar a publicação de Bücherl e que os autores subsequentes basearam-se na publicação de Gertsch.7,8
Na regiao norte de Minas, há registro confirmado de L. amazonica.17 Esta espécie é mais semelhante a L. rufescens em algumas características.7 Assim, é possível que o exemplar de Riacho da Cruz corresponda a L. amazonica. Segundo Gertsch, não há registros autênticos de L. rufescens na América do Sul e este nome foi incorretamente aplicado para outras espécies americanas de Loxosceles.7
Todos os registros de Loxosceles laeta aqui apresentados são inéditos em Minas Gerais e correspondem à relevante ampliação da distribuição geográfica conhecida da espécie no Sudeste do Brasil.
Com base nos dados levantados foram identificadas duas áreas serranas de ocorrência de Loxosceles laeta em Minas Gerais: a regiao geológica do Quadrilátero Ferrífero, no extremo sul da Serra do Espinhaço, onde se localizam Ouro Preto e Belo Horizonte; e o complexo da Serra da Mantiqueira, onde se situam Carandaí, Barbacena e Jacutinga. Nesta última área, Carandaí e Barbacena estao localizadas no extremo noroeste da Mantiqueira e Jacutinga, no extremo sul do estado (Figura 4). Todas as localidades estao inseridas nos domínios do bioma Mata Atlântica ou em áreas de ecótono desse bioma com o Cerrado.27
Todas as localidades dos registros apresentados estao localizadas em elevadas altitudes, acima de 1.000 m, e apresentam Clima Tropical Brasil Central, dos tipos Subquente e Mesotérmico Brando, e dos subtipos Semiúmido e Umido.28 Os dados levantados evidenciam que as regioes serranas no sudeste e sul de Minas Gerais oferecem condições ideais para estabelecimento de populações sinantrópicas de Loxosceles laeta. Isto provavelmente se explica em função das elevadas altitudes, associadas aos tipos climáticos, com estações chuvosa e seca bem marcadas, além da ocorrência de formações florestais nas imediações.
Os registros também corroboram a preferência de Loxosceles laeta pelo intradomicílio. Em Jacutinga, as aranhas-marrons foram encontradas dentro de casas antigas abandonadas (área rural) e em Ouro Preto as aranhas encontravam-se no interior de casas habitadas (área urbana) e também antigas, ocupando poroes, sótaos e, em menor frequência, os cômodos das casas. Essas observações basearam-se também no encontro de exemplares adicionais àqueles coletados.
A ocorrência de Loxosceles laeta no intradomicílio, em habitações humanas de fazendas, pequenas cidades e uma metrópole, favorece o contato humano com a aranha, consequentemente aumentando a probabilidade de acidentes. Isto, associado à maior gravidade do acidente causado por L. laeta, permite reconhecer a espécie como de elevada importância médica nas regioes serranas do Quadrilátero Ferrífero e da Serra da Mantiqueira em Minas Gerais.
Os novos registros de Loxosceles laeta corroboram a carência de conhecimento sobre informações mais básicas da biologia de aranhas de importância médica em Minas Gerais, especialmente a distribuição geográfica.17
Em relação ao levantamento epidemiológico realizado, foram notificados no Sinan Net, no período de 2007 a 2015, 201.729 casos de araneísmo em Minas Gerais, com média anual de 22.414,33 casos. Deste total, 2.034 notificações foram atribuídas a Loxosceles, além de 3.811 atribuídas a Phoneutria, 214 a Latrodectus, 6.533 a outras espécies e, a grande maioria, 189.137 notificações cuja aranha foi ignorada ou não informada. Cabe ressaltar que esses dados devem ser avaliados com cautela, em função da possibilidade de subnotificações dos acidentes e de erros de diagnósticos do agente causador.
Os registros de loxoscelismo corresponderam a 33,57% das notificações em Minas Gerais nas quais o gênero da aranha foi identificado e incluíram três casos com evolução para óbito, em decorrência do agravo notificado. Considerando os municípios onde Loxosceles laeta foi registrada, houve notificações de loxoscelismo em todos eles, com maior número em Ouro Preto (n=242) e em Belo Horizonte (n=123), um número intermediário em Barbacena (n=54) e em Jacutinga (n=23), e menor em Carandaí (n=4) (Figura 5).
Loxosceles laeta é reconhecida como uma das prováveis espécies causadoras de loxoscelismo nesses municípios, considerando que em todos eles há potencial ocorrência de outras espécies de Loxosceles. Isto porque L. similis já foi registrada em Ouro Preto e Belo Horizonte, e L. anomala também em Belo Horizonte.7,11 Percebeu-se que os maiores números de notificações ocorreram nos dois municípios onde há mais que uma espécie de Loxosceles registrada, dentre os dados aqui analisados.
Outro resultado relevante é que foi registrado um caso de óbito atribuído a loxoscelismo em Jacutinga. Considerando as regioes de entorno dos municípios, registrou-se outro caso de óbito decorrente de loxoscelismo em Senhora dos Remédios, município próximo de Barbacena. Uma vez que a maior taxa de letalidade é uma característica do envenenamento causado por Loxosceles laeta, há grande probabilidade de que os óbitos notificados tenham sido causados por essa espécie.
Ainda considerando a regiao dos cinco municípios, foram notificados diversos casos de óbitos por araneísmo cuja aranha causadora foi ignorada ou não informada, o que permite suspeitar que ao menos parte desses casos correspondam a loxoscelismo, incluindo Loxosceles laeta como possível agente. Tais notificações de óbito ocorreram nas Regioes de Saúde (CIR) Belo Horizonte/Nova Lima/Caeté (n=24), Ouro Preto (n=4), Barbacena (n=5), Pouso Alegre (n=9) e Poços de Caldas (n=7), sendo as duas últimas situadas no sul do estado, nas proximidades do Município de Jacutinga. Dos casos da Regional de Saúde Pouso Alegre, dois foram notificados em Jacutinga.
A possibilidade de que Loxosceles laeta esteja causando loxoscelismo, incluindo casos de óbito, em Belo Horizonte, Ouro Preto, Carandaí, Barbacena e Jacutinga e entorno ressalta a necessidade de uma vigilância sanitária direcionada a essa aranha-marrom nas regioes desses municípios.
CONCLUSÕES
Conclui-se que Loxosceles laeta foi introduzida nas regioes serranas do Quadrilátero Ferrífero (sul da Serra do Espinhaço) e da Serra da Mantiqueira em Minas Gerais, onde há populações estabelecidas no intradomicílio de habitações humanas em fazendas, pequenas cidades e em uma metrópole (Belo Horizonte). Nestas regioes serranas do sudeste e sul de Minas Gerais há risco de loxoscelismo mais grave e os casos notificados podem ter sido causados por L. laeta, especialmente aqueles evoluídos para óbito.
AGRADECIMENTOS
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), pela concessão de bolsa de Pesquisador Visitante (HVT) no âmbito do Programa de Capacitação de Recursos Humanos (PCRH), junto à Fundação Ezequiel Dias (Funed). A Marcelo R. V. Diniz, pelo apoio à pesquisa desenvolvida. A Maria Rita S. Pires, pelo apoio às atividades de coleta de aranhas desenvolvidas em Ouro Preto. A Maria Dalva de L. Silveira, pelas correções textuais do manuscrito.
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