ISSN (on-line): 2238-3182
ISSN (Impressa): 0103-880X
CAPES/Qualis: B2
Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora
ABORDAGEM TERAPEUTICA NO PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA DE PARKINSON: RELATO DE CASO
Raquel Oliveira de Souza1, Amanda Borges Teixeira1, Ana Luiza Marins Franco1, Leonardo Augusto de Carvalho Silva1, Leticia Nunes Arantes Fuhr1
1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
E-mail: raqueeloliveira@hotmail.com
Introdução: A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum. Causada por intensa diminuição do neurotransmissor dopamina e pela formação de aglomerados celulares de alfa-sinucleína, os corpos de Lewy, em uma área encefálica denominada substância negra. Esse processo acarreta em perda do controle motor que gera tremor de repouso, rigidez muscular e lentidao dos movimentos. Sua incidência é maior em homens, de 55 a 65 anos. De etiologia a esclarecer, estudos mostram relações com fatores ambientais e genéticos. Objetivo: O objetivo do presente estudo é analisar o impacto do tratamento multidisciplinar no paciente com Doença de Parkinson. Métodos: O paciente C.L.N.O foi acompanhado pelo período de 2016 a 2018, desde o início dos sintomas e diagnóstico até o presente momento na Unidade Básica de Sáude de Vila Esperança, Juiz de Fora - MG. O caso foi submetido a exames laboratoriais e de imagem e tratado de maneira interdisciplinar. Relato de caso: C.L.N.O, 59 anos, residente na cidade de Juiz de Fora, professor. O paciente procurou atendimento médico e relatou dificuldade para escrever no quadro negro durante suas atividades profissionais por perda de força e coordenação motora. Encaminhado ao especialista. O quadro evoluiu com diminuição da amplitude e velocidade dos movimentos mastigatórios, depressão e tremores na mão direita durante repouso. Foi realizado eletroneuromiografia e tomografia computadorizada de crânio que apresentaram resultados normais, de maneira que excluiu diagnósticos diferenciais. O tratamento atual é Pramipexol 1,5 mg 8/8 horas (iniciou com 0,375 mg e aumentou progressivamente), Prolopa 6/6 horas e Biperideno 2 mg 12/12 horas auxiliado por Fisioterapia, Terapia Cognitiva Comportamental e Fonoaudiologia. O paciente respondeu ao tratamento de forma satisfatória. Observou-se melhora do quadro motor após início da fisioterapia, principalmente no que se refere ao equilíbrio e a postura. Conclusão: Concluímos que os serviços de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia comportamental são de extrema importância, atrelados ao tratamento medicamentoso na Doença de Parkinson.
Palavras-chave: Doença de Parkinson. Tremores. Disfagia no Parkinson.
ADESÃO AO TRATAMENTO DE PACIENTES HIV POSITIVO NO SAE-JF
Ana Carolina Mamede Almeida1, Athos Martins Corrêa1, Laís da Silva Bogado1, Laiz Helena de Pádua1, Laura Rodrigues Maranha1, Maria Carolina Moura Nunes Bittencourt1, Guilherme Côrtes Fernandes2,3, Guillermo Patricio Ortega Jácome3
1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Médico infectologista do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora
3. Professor do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
E-mail: carolinamnbittencourt@hotmail.com
Introdução: A adesão é um processo dinâmico e modificável, portanto compreender os fatores ligados à adesão é fundamental para melhorar as políticas e as práticas de saúde na terapia do paciente com HIV.Objetivos: Avaliar a adesão ao tratamento dos pacientes com HIV em Juiz de Fora, a frequência nas consultas, a retirada de medicamentos e identificar as características dos pacientes que não aderem.Métodos: Estudo retrospectivo com revisão de prontuários de Janeiro de 2012 a Dezembro de 2015. Foram coletados dados dos prontuários e do SICLOM, programa responsável pela distribuição dos medicamentos para portadores de HIV. Critérios de inclusão: diagnóstico de HIV registrado, maiores de 17 anos e acompanhamento nesta instituição por pelo menos um ano. Excluímos presidiários, pessoas com dificuldade cognitiva e gestantes. O risco foi mínimo para os pacientes e houve dispensa do Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Os dados foram mantidos em sigilo garantindo de acordo com a Resolução CNS 466/12 que regulamenta a pesquisa com seres humanos no Brasil. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora - MG, sob o número do parecer 1.489.312.Resultados: Foram obtidas informações de 481 prontuários, sendo 62,2% do sexo masculino. A maioria tinha emprego fixo (59,7%) e era solteiro (65,7%), a idade prevalente foi de 35 a 60 anos (55,9%). Estratificamos a adesão em quatro critérios: número de consultas, intervalo entre as consultas, taxa média de linfócitos TCD4 e retirada de medicações. Definimos três adesões: Alta Adesão, Adesão Intermediária e Baixa Adesão.Conclusão: A frequência nas consultas foi menor nos homens, nos idosos e em pessoas que não retiraram medicamentos. Em relação às retiradas de medicamentos houve melhor adesão nos maiores de 35 anos, nos pacientes que usavam de um a três comprimidos diariamente e nos estudantes.
Palavras chave: Hiv. Adesão. Aids. SAE-JF.
ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICA EM JUIZ DE FORA - MG
Aline Mirahy Bonfim1, Ana Paula de Carvalho Santos1, Caio de Oliveira Aarestrup1, Daniela Mundim Lopes1, Humberto Batista Ferreira1, Lais Avelar Teixeira1, Leonardo Augusto de Carvalho1, Martinho Alves Ferreira Filho1.
1. Alunos da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - UNIPAC/JF
e-mail: leonardoacsilva@gmail.com
Introdução: Tendo em vista a alta prevalência relatada em pesquisas científicas sobre Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no Brasil e no mundo, o tema se mostra de grande relevância no contexto de saúde pública. Objetivos: Identificar o nível de adesão ao tratamento da HAS dos pacientes das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da zona urbana e rural de Juiz de Fora - MG. Metodologia: O levantamento de dados foi feito no período de janeiro de 2017 a janeiro de 2018. Foi realizado um estudo observacional com delineamento transversal, no qual, pesquisamos a adesão ou não ao tratamento, o controle dos níveis pressóricos e possível diferença entre zona rural e urbana. Como instrumento de pesquisa, foi utilizado o questionário validado Brief Medication Questionnaire para análise da adesão. A definição de HAS foi condicionada pela PA ≥140x90 mmHg aferida através do esfigmomanômetro de mercúrio. Essa pesquisa foi considerada com risco mínimo para a comunidade e grupo específico de doentes. Os dados foram armazenados no programa Access 2013, Microsoft Corporation®USA. Para análise estatística foi utilizado o programa SPSS 21.0, IBM®SPSS Statistic. Os dados foram coletados sob garantia de sigilo, assegurando a privacidade dos pacientes. Resultados: Foram entrevistados 568 pacientes, estratificados em zona rural e urbana, constituídos de 61,8% de mulheres. A média de idade foi de 61,5 anos em ambas as zonas. Houve predomínio de provável baixa aderência e baixa aderência ao tratamento na zona urbana com 69,2% e zona rural com 72,3%. Conclusão: Concluiu-se que as duas regioes estudadas apresentam níveis insatisfatórios de adesão ao tratamento. Nota-se a necessidade de maior atenção na saúde básica, por parte de profissionais da saúde, que devem atuar de forma conjunta aos pacientes para obter melhor adesão, melhor controle e diminuição dos desfechos desfavoráveis da HAS.
Palavras chave: Hipertensão. Adesão ao tratamento. Zona urbana. Zona rural.
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