ISSN (on-line): 2238-3182
ISSN (Impressa): 0103-880X
CAPES/Qualis: B2
Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora
AGRAVOS DE SAUDE NA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA DE JUIZ DE FORA - MG
Guilherme Barbosa Carlos1, Briza Lourena Gonçalves. Rodrigues1, Igo Rian Almeida Barroso1, Danilo Soares Silva1, Fabiana Carla Sousa de Matos1, Almiro Sadao Massuda Filho1, Marcelo Miranda Ribeiro1, Mateus Gravina Fortuci Lopes1, Douglas Nunes de Abreu2.
1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Docente do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
E-mail: guilhermecarlos@hotmail.com
Introdução: A população em situação de rua (PSR) é um grupo populacional que tem por característica comum a vulnerabilidade social, podendo possuir os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e não possuir referência de moradia regular. Muitos utilizam logradouros públicos e áreas degradadas como espaço de moradia e sustento. Objetivos: descrever o perfil epidemiológico da PSR de Juiz de Fora/MG, atendida pelo Consultório na Rua (CNR), verificar o perfil de consumo de substâncias psicoativas, identificar seus agravos de saúde, caracterizar a complexidade dos encaminhamentos bem como dos cuidados compartilhados realizados. Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo pela análise de relatórios diários da população atendida, de julho de 2015 a junho de 2017, obtendo uma amostragem de 2035 pacientes nesse período. O valor crítico e os intervalos de confiança foram definidos em 95%. Após análise quantitativa dos dados, esses dados foram agrupados e apresentados em forma de tabelas. Resultados: O perfil da PSR encontrado: adultos jovens de 20 a 39 anos (43,8%), do sexo masculino (68,2%), não brancos (60,8%). A maioria faz consumo de substâncias psicoativas, álcool (45,6%), tabaco (29,5%), crack (27,9%), maconha (15,9%) e outras drogas (3,8%). Pelo menos 74,5 % dessa população possui algum agravo de saúde. Por ordem de prevalência encontrada: dependência química (39,4%), outros transtornos mentais (11,2%), DSTs e saúde reprodutiva (8,8%), HAS (6,1%), gravidez (5,4%) e tuberculose (2,8%). Os encaminhamentos por níveis de complexidade: atenção primaria (31%), secundária (21%) e terciária (3,5%) Conclusão: Essa população necessita de atendimento multidisciplinar. O CNR se mostrou em constante evolução tornando-se a principal porta de acesso aos serviços de saúde pela PSR. Portanto, a elevação da classificação do CNR de Juiz de Fora- MG de nível II para nível III, poderia proporcionar uma maior autonomia em relação aos atendimentos, além da otimização dos encaminhamentos e diagnósticos in loco.
Palavras-chave: População em situação de Rua. Acesso aos serviços de saúde. Assistência a Saúde. Dependência química. Saúde mental.
ATRIBUIÇÕES DO SISTEMA PSICONEUROIMUNOENDOCRINO A PRATICA MÉDICA
Elio Moratori Teixeira1, Ana Paula Barros Guaraciaba1, Augusto Cézar Apolinário dos Santos1, Isabella Boechat Campos1, Danielle Cristina Zimmermann Franco2
1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Professora do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
E-mail: moratori.elio@gmail.com
Introdução: A psiconeuroimunologia é um conceito utilizado para descrever a interrelação entre múltiplos sistemas, a partir de vias que correlacionam o funcionamento de vários órgaos e glândulas. Essa comunicação é estabelecida por diferentes mediadores químicos (citocinas, hormônios, neurotransmissores) que atua tanto na homeostase corporal quanto na alostase. Tal relação, se quebrada, pode promover o surgimento de diferentes condições patogênicas. Objetivo: O presente trabalho visa avaliar as relações entre o sistema psiconeuroimunoendócrino e as características patogênicas do desequilíbrio de suas interações. Métodos: Foi realizada uma extensa revisão bibliográfica nas bases de dados PubMed, SciELO e Repositório da Universidade Federal da Bahia (UFBA), utilizando os descritores "Psychoneuroimmunology", "Sistema Psiconeuroimunoendócrino" e "Psiconeuroimunologia". O critério de inclusão foi tempo de publicação (1995 a 2018); e os de exclusão foram os artigos e teses que não englobassem o Sistema Psiconeuroimunoendócrino. Resultados: Observa-se que a comunicação entre os sistemas é importante efetor de alterações sistêmicas quando o organismo sofre estresses. Podem assumir caráter tanto benéfico quanto maléfico, haja vista a interferência de citocinas no sistema nervoso central (SNC) - que podem atuar tanto como fator de crescimento neuronal quanto como neurotoxina, desencadeando doenças como o Alzheimer. O eixo hipotálamo-pituitário-adrenal (HPA) tem importante ação no surgimento de doenças autoimunes, quando há pouco estímulo para a produção de corticoesteroides, e de caráter infeccioso, quando há excesso de produção adrenal - pois reduz a intensidade da resposta imune. A baixa síntese de cortisol, mediada pelo eixo HPA, cria um microambiente de hiper-acúmulo de citocinas pró-inflamatórias, favorecendo a perda da tolerância imunológica, propiciando a instauração de doenças autoimunes. Conclusão: Destarte, é importante ressaltar que o sistema psiconeuroimunoendócrino apresenta crucial relação à prática médica pois demonstra a interação entre os múltiplos sistemas orgânicos e possibilita a compreensão de suas disfunções, lançando ao médico melhor capacidade diagnóstica em observação à integralidade do paciente.
Palavras-chave: Psiconeuroimunoendócrino. Sistemas. Homeostase. Estresse. Interação Sistêmica.
AUMENTO DOS CASOS DE SIFILIS CONGENITA E GESTACIONAL: UMA QUESTAO DE SAUDE PUBLICA
Cintia Porto de Souza1, Alice Carvalho Velozo1, Júlia Prado Pouzas Guedes1, Marina Gusmão Figueiró1, Nathália Barbosa do Espírito-Santo Mendes2
1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Professora do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
E-mail: cintiaportodesouza@hotmail.com
Introdução: A sífilis é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), curável, com sintomas específicos, intercalada por períodos de latência. É cada vez mais frequente o aumento do número de casos de sífilis no país, o que compromete a saúde pública brasileira e gera uma preocupação notória quando se trata de situação de sífilis perinatal, que leva a ampliação do índice abortivo em mulheres ou a patologias neonatais, principalmente no primeiro trimestre de gestação. Objetivos: Dessa forma, faz-se necessário demonstrar a importância do diagnóstico precoce através do exame pré-natal. Métodos: Foram pesquisados artigos que datam dos anos 2006 a 2016 em sites de bases de dados científicos como SciELO, PubMed, Cadernos e Boletins de Saúde Pública do Ministério da Saúde, sendo usadas palavras como "sífilis gestacional", "sífilis congênita", "saúde pública" e "DST", a fim de se ampliar a busca por dados recentes e que retratem a atual situação da afecção. Resultados: Segundo dados do Boletim Epidemiológico de 2016, entre os anos 2014 e 2015, a sífilis em gestantes teve um aumento de 20,9% e a sífilis congênita, 19%, no Brasil. Em 2015 foram registrados 11,2 casos de sífilis em gestantes a cada 1.000 nascidos vivos, um total de 33.365 casos da doença. No que tange a sífilis congênita, em 2015 foram registrados um total de 19.228 casos da doença, uma taxa de incidência de 6,5 por 1.000 nascidos vivos. A principal forma de prevenção é a utilização do preservativo. Conclusão: Utilizando-se de políticas adequadas de saúde da gestante, como o controle pré-natal ao longo da gravidez, permite que seja de mais fácil diagnóstico e monitorização da sífilis, que pode levar a desconfortos na mulher grávida e risco iminente de morte fetal. Se diagnosticada no primeiro trimestre da gravidez há diminuição dos índices prejudiciais maternos e fetais, confirmando a necessidade do acompanhamento gestacional.
Palavras-chave: Sífilis gestacional. Sífilis congênita. Saúde pública. Doenças Sexualmente Transmissíveis.
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