RMMG - Revista Médica de Minas Gerais

Volume: 29. (Suppl.2)

Voltar ao Sumário

Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora

Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora

 

BIO-IMPRESSÃO DE ORGAOS HUMANOS 3D - A REVOLUÇÃO TECNOLOGICA A FAVOR DA MEDICINA

Bianca Lima Vital1, Lorena Campos de Andrade1, Ana Flavia Melo Soares Freesz1, Nathália Contrucci Matinez1, Nathália Barbosa do Espírito-Santo Mendes2

1. Acadêmicas em de Biomedicina da Faculdade de Ciências da Saúde de Juiz de Fora - FACISA/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Professora dos cursos de Biomedicina - FACISA/JF e de Medicina - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

E-mail: bianca.lima.vital@gmail.com

Introdução: A bio-impressão (bioimprinting) é a associação da arte, ciências da computação e biociências, que através da utilização de produtos biológicos, biotintas e células, inclusive, realiza a impressão e montagem de tecidos e órgaos por empilhamento, direcionadas por softwares de computador. Objetivo: Destacar a importância da bio-impressão de órgaos 3D para realização de transplantes diversos na terapêutica médica atual. Métodos: Pesquisa bibliográfica qualitativa, de maio a agosto de 2018 nas bases de dados Wiley Online Library, Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Center for Biotechnology Information (NCBI/PubMed). Os critérios de inclusão foram artigos publicados a partir de 2010, em português e inglês, que estivessem diretamente relacionadas ao tema. Resultados: A promissora técnica de bio-impressão de tecidos biológicos em 3D já auxilia na medicina regenerativa, pesquisa oncológica, estudos farmacocinéticos e aprimoramento de técnicas cirúrgicas, apontada como a próxima revolução tecnológica da medicina. Aplica-se no desenvolvimento celular e produção de míni órgaos, válvulas e cartilagens usadas como biomodelos, para que os médicos planejem melhor as cirurgias, mas que futuramente poderao ser utilizados na terapia para transplantes de órgaos funcionais, minimizando a rejeição. Além de aprimorar o estudo da Medicina, Anatomia, Farmacologia e Toxicologia por proporcionar modelos reais sem a necessidade do estudo em cadáveres, nas aulas práticas ou a utilização de testes cosméticos em animais de laboratório. Conclusão: A aplicação atual da bio-impressão de órgaos 3D já representa um ganho para a medicina regenerativa e a possibilidade de salvar milhares de vidas aguardando nas filas de transplantes, além de viabilizar estudos tecnológicos importantes para a evolução da biomedicina. É necessário superar limitações como imprimir órgaos funcionais e a baixa disponibilidade de materiais para a bio-impressão. Além de superar o desafio de vascularizar os míni órgaos ora impressos e a falta de aprovação de agências regulatórias para colocar o produto no mercado.

Palavras-chave: Orgaos 3D. Bioprinting. Impressão Tridimensional. Medicina Regenerativa.

 


 

CANCER DE BEXIGA ASSOCIADO AO TABAGISMO

Rodolfo Faria Franco1, Marina Mota Resende1, Daniele Thimoteo Noronha Lousada1, André Faria Lacerda1, Ana Carolina Azevedo de Magalhaes1, Leonardo Cunha Dentz2

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC e Ligantes da Liga Acadêmica de Patologia - UNIPAC
2. Médico Patologista do Laboratório CIDAP, Professor do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC e Diretor da da Liga Acadêmica de Patologia - UNIPAC

Email: rodolfofariafranco@yahoo.com.br

Introdução: O câncer (CA) de bexiga é a sexta neoplasia maligna mais comum no mundo. O tabagismo é o principal fator de risco para seu desenvolvimento, sendo até quatro vezes maior a chance de incidência nos tabagistas do que nos não-fumantes. O CA de bexiga prevalece entre os indivíduos na sexta e sétima década de vida, com maior incidência no sexo masculino numa proporção de 3,5 H : 1 M. No tabagismo, ocorre a inalação de inúmeras substâncias químicas que induzem radicais livres e outros componentes carcinogênicos que irao percorrer a árvore respiratória, chegar à corrente sanguínea, passar pelo processo de filtração nos rins e finalmente chegar à bexiga, onde podem causar danos às células uroteliais. As lesões normalmente se apresentam como exofíticas e os principais sintomas, quando presentes, são disúria e hematúria. Objetivos: O objetivo do estudo é expor os inúmeros malefícios trazidos a partir do tabagismo, tendo como enfoque o câncer de bexiga. Métodos: Foi realizada uma revisão de dados de 10 artigos científicos indexados nas bases de dados SCIELO e PUBMED, no período de 18 a 28 de agosto de 2018. Foram inclusos artigos que avaliaram a relação de CA de bexiga com o hábito tabágico, expondo a prevalência dessa neoplasia maligna de acordo com a idade e gênero. Resultados: O tabaco se mantém como o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de bexiga, e a redução dessa condição pode levar até 20 anos para que cheguem aos níveis de um indivíduo não-tabagista após o abandono do hábito. Conclusão: Dentre as neoplasias malignas que podem acometer tabagistas ou ex- tabagistas de longa data, 90% serao carcinomas uroteliais de bexiga, 5% a 8% carcinomas de células escamosas e 2% adenocarcinomas.

Palavras chave: Câncer. Bexiga. Tabagismo. Neoplasia.

 


 

CARDIOMIOPATIA HIPERTROFICA

Ana Paula Barros Guaraciaba1, Marcela Dayrell Campos Pinto1, Paula Alícia Barreto Alves1, Wallace Guaraciaba de Almeida Júnior2, Pietro Mainenti3

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Médico formado pela Faculdade Ciências Médicas de Juiz de Fora - SUPREMA, Residente de Clínica Médica do Hospital Lifecenter, Belo Horizonte - MG.
3. Professor do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

mail: apbarros.g@gmail.com

Introdução: A cardiomiopatia hipertrófica é uma condição cardíaca, de origem genética e característica autossômica dominante. Esta se apresenta como uma hipertrofia ventricular sem alteração da função sistólica, mas com desvio do relaxamento, sem existência de condições associadas que possam justificar tal alteração. Ademais, apesar de seu caráter benigno, constitui a principal causa de morte súbita. Objetivos: O presente trabalho visa realizar uma revisão da literatura, abordando as principais características da Cardiomiopatia Hipertrófica, ressaltando suas particularidades. Métodos: Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados SciElo e PubMed, por meio dos descritores: "Cardiomiopatia hipertrófica", "Morte súbita", "cardiopatia genética". Como critério de inclusão foi utilizado o tempo de 20 anos de publicação (1998-2018) Foram excluídos artigos que fugissem à temática mais geral da doença. Resultados: De acordo com o estudo, constatou-se que tal moléstia apresenta uma prevalência de 0,2% na população, sendo a doença cardíaca de origem genética mais comum. Conclusão: A condição pode se manifestar de maneira assintomática até quadros graves, resistentes ao tratamento clínico. Além disso, a doença pode predispor a arritmias ventriculares devido ao desarranjo das fibras cardíacas. Por configurar-se como a principal causa de morte súbita em jovens e possuir componente genético, se torna essencial a ampla difusão acerca de suas características clínicas, abordagem e tratamento.

Palavras-chave: Cardiomiopatia Hipertrófica. Morte Súbita. Atletas.