RMMG - Revista Médica de Minas Gerais

Volume: 29. (Suppl.2)

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Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora

Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora

 

CISTO EPIDÉRMICO DE PREPUCIO: RELATO DE CASO

Pâmela Amaral1, Augusto Cézar Apolinário dos Santos1, Branca Lopes da Silva Guedes1, Carla Maria Dalamura Terra1, Elio Moratori Teixeira1, Artur Laizo2

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Professor do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

E-mail: pamelajf@hotmail.com

Introdução: Cistos epidérmicos são tumores benignos comuns, de localização subcutânea ou intradérmica. Os locais mais acometidos são extremidades, tronco, pescoço, face e couro cabeludo, sendo que no pênis são raros os casos relatados. As causas podem ser congênita, por trauma, por cirurgia e infecção por papilomavírus humano (HPV). Objetivo: Relatar o caso de um paciente portador de cisto epidérmico de prepúcio. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 18 anos, apresentou massa indolor na regiao póstero-lateral esquerda do prepúcio com pele intacta e não aderente à massa. A única queixa foi desconforto estético. Foi realizada uma postectomia, com excisão completa do cisto e reparação plástica peniana com anestesia local. O material biológico foi enviado à análise patológica e a macroscopia revelou fragmento irregular de tecido rugoso medindo 4,5 x 2,0 cm, apresentando uma formação cística, com 2,2 cm de diâmetro e superfície de corte com conteúdo pastoso pardacento. O diagnóstico final foi cisto epidérmico de prepúcio. Paciente com boa evolução no pós-operatório, sem complicações, recebeu alta 01 hora após o ato cirúrgico. Conclusão: A ocorrência de cistos epidérmicos no prepúcio é rara, e é importante que se faça diagnóstico e tratamento precoce, afim de evitar comprometimento estético e funcional, que se apresentam como dor, dificuldade na micção, hematúria, hematopermia e dificuldade em ter relações sexuais, visando, dessa forma, uma melhora da qualidade de vida do paciente.

Palavras-chave: Cisto epidérmico. Prepúcio do Pênis. Pênis.

 


 

ELEVADA RESISTENCIA AOS ANTIBIOTICOS E DESAFIOS NA ERRADICAÇÃO DA Helicobacter pylori NA PROFILAXIA DO CANCER GASTRICO: UMA REVISÃO SISTEMATICA

Víctor Jacometti1, Víctor Lucas Ferreira Correa1, Vitória Fernandes Rezende1, Laura Fazza de Almeida2, Artur Laizo3

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Acadêmico do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - SUPREMA
3. Professor do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

Introdução: Helicobacter pylori é uma bactéria gram-negativa de provável transmissão oro-fecal que coloniza o estômago de aproximadamente 58% da população mundial. Como é o agente etiológico mais comum para cânceres gástricos (CG) relacionados à infecção, por agredir células da mucosa estomacal, sua erradicação é importante na profilaxia da doença. No entanto, tal erradicação pode ser falha devido, principalmente, a resistência aos antibióticos. Objetivo: Investigar, por meio de evidências científicas, acerca do H. pylori e a importância de sua erradicação, visando a profilaxia do CG. Métodos: Uma busca bibliográfica nas plataformas PubMed, LILACS e SciELO com os termos "Helicobacter pylori", "câncer gástrico" e "terapia de erradicação". A pesquisa foi feita em inglês com seus equivalentes em português e limitou-se a estudos de revisão sistemática. Resultados: A erradicação pode ser falha por diversos motivos, como tabagismo, elevado IMC e taxa de recorrência pós terapia, mas a resistência aos antibióticos é o principal motivo dessa falha, pois a terapia em massa de erradicação pode levar a ativação de cepas resistentes. O genótipo da bactéria também está relacionado a essa resistência, pois cepas que liberam proteínas associadas à citotoxina CagA+ são mais sensíveis que as cepas CagA-. Ademais, cria um ambiente totalmente colonizado que contribui para o insucesso do tratamento nas diferentes áreas de infecção, dado o comportamento biológico diferente. Somado a isto, algumas bactérias que estao em ambientes desfavoráveis ao seu crescimento podem se transformar em uma forma cocóide, a qual não é sensível à antibióticos, podendo permanecer na forma inativa. Conclusão: Apesar das possíveis falhas no tratamento de erradicação, é preciso salientar que muitos pacientes sem lesões pré-neoplásicas podem se beneficiar da terapia, obtendo excelentes resultados na profilaxia do CG.

Palavras-chave: Helicobacter pylori. Neoplasias Gástricas. Erradicação de Doenças.

 


 

ESOFAGITE EOSINOFILICA - UMA NOVA ENTIDADE CLINICOPATOLOGICA

Maíra Reis Pimenta de Queiroz1, Isabela Werneck Ranção1, Mariana Mendes Saada1, Ana Carolina Azevedo de Magalhaes1, Mariana Morais e Silva1 e Leonardo Cunha Dentz2

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC e Ligantes da Liga Acadêmica de Patologia- UNIPAC
2. Médico Patologista do Laboratório CIDAP, 2Professor do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC e Diretor da Liga Acadêmica de Patologia - UNIPAC

E-mail: mairarp@hotmail.com

Introdução: A Esofagite eosinofílica (EEo) é uma nova entidade clínico-patológica que se caracteriza por apresentar sintomas semelhantes aos da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) e infiltrado eosinofílico. É uma inflamação crônica imune presente no esôfago, antígeno mediada, mais comum de ser encontrada em crianças, com uma razao sexo masculino : feminino de 3:1. Objetivos: Revisar e apresentar uma nova entidade que causa inflamação do tubo digestivo e seu diagnóstico diferencial com a DRGE. Métodos: Foram utilizados na pesquisa quatorze artigos científicos consultados nas bases indexadoras SciELO, PUBMED e LILACS, no período de julho a agosto de 2018. Foram incluídos na pesquisa artigos que relacionem a esofagite com alergias e foram excluídos artigos referentes à atopia do TGI que não fosse no esôfago. Resultados: Pesquisadores afirmam que a EEo pode ser considerada uma nova entidade clinico-patológica do TGI que se relaciona com alergias alimentares, fatores ambientais e histórico genético. Acredita-se que várias exposições nos primeiros anos de vida estao potencialmente associadas com o desenvolvimento de EEo na população pediátrica e está correlacionada com a presença de doenças atópicas concomitantes. Sintomas mais comuns da doença incluem dor abdominal, sintomas de refluxo gastroesofágico, disfagia de alimentos sólidos e impactação de alimentos no esôfago. Seu diagnóstico deve ser feito com endoscopia gastroesofágica com múltiplas biópsias da mucosa do esôfago, bem como de outras partes do trato gastrointestinal (TGI). O diagnóstico é confirmado quando nas biópsias esofágicas são encontrados pelo menos 15 eosinófilos por campo de alta potência na zona mais densamente infiltrada, desde que não haja eosinofilia no restante do TGI. Conclusão: A EEo é uma doença clinico-patológica que vem crescendo consideravelmente nos últimos 20 anos que deve ter diagnóstico precoce para melhorar a qualidade de vida dos seus portadores bem como para evitar complicações futuras.

Palavras-chave: Esofagite eosinofílica. Eosinofilia. Endoscopia. Atopia. Pediatria.