RMMG - Revista Médica de Minas Gerais

Volume: 29. (Suppl.2)

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Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora

Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora

 

EVOLUÇÃO DAS INTERNAÇÕES POR ESCLEROSE MULTIPLA COMPARANDO REGIAO, SEXO E FAIXA ETARIA NO BRASIL ENTRE JANEIRO 2008 A ABRIL 2018

Antônio Henrique Roberti dos Santos1, César Millen de Matos Neto1, Guilherme Matheuz Ramalho1, Guilherme Neumann de Araújo2, Felipe Maranha Chaves Nascimento1, Victor Oliveira Barros da Cunha1

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Professor do curso de Medicina e Preceptor do Internato de Neurologia do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

E-mail: antoniohenriquer@gmail.com

Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurodegenerativa crônica inflamatória desmielinizante autoimune, sendo uma importante causa de invalidez em adultos jovens. Nos portadores da EM as células imunológicas produzem um processo inflamatório afetando a bainha de mielina. A evolução da EM é heterogênea com progressão variada. Objetivo: Relatar o número de casos da doença em diversos setores sociais, afim de estabelecer vínculo entre a etiologia e promoção de saúde em torno da tal. Métodos: Estudo epidemiológico analítico realizado por pesquisas no DATASUS a partir de análises acerca do número de internações por EM no Brasil e em Minas Gerais entre janeiro de 2008 a abril de 2018, associando à incidência de acordo com a faixa etária, regiao e sexo. Resultados: Observado o número médio de internações no Brasil nos últimos 10 anos devido EM, notou-se: 24.612, sendo 17.331(70,41%) do sexo feminino. Quanto à proporção regional, percebeu-se maior incidência no Sudeste, registrados 14.035 (57,07%) casos, seguido do Sul com 5.469 (22,22%) e Centro-Oeste com 2.513 (10,21%). No estado de Minas Gerais, observou-se que Belo Horizonte possui 2.236 casos, seguindo Juiz de Fora com 228. A curva de proporção entre 2008 a 2017 demonstra aumento significativo de aproximadamente +145,4% da média registrada entre os anos, sendo que, até abril de 2018 verificou-se 2.780 casos registrados, sugerindo aumento na média total do ano. Avaliando etariamente a incidência, obteve o maior índice entre os 30 e 39 anos, com 6.893 (28%) casos. Conclusão: Nota-se que a incidência de internações por EM no Brasil aumentou em 10 anos, tendendo ainda progredir em 2018. Tal contexto sugere ao Ministério de Saúde um aumento na atenção à EM, visto que é largamente desconhecida. Além disso, intensificar a formação dos profissionais de saúde na otimização da abordagem, para diagnóstico e terapêutica adequados, buscando retardar a degeneração ocasionada.

Palavras-chave: Esclerose. Cérebro. Datasus. Epidemiologia.

 


 

ESTUDO EPIDEMIOLOGIO COMPARATIVO DA INCIDENCIA DAS HEPATITES VIRAIS DOS ANOS 2007 E 2017 NO BRASIL

Marina de Rossi1, Joao Igor Loureiro Bernardino1, Bruno Sukenão Ito1, Ynáira Duarte Assis1, Yáskara Duarte Assis2

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Médica Graduada pela Universidade de Marília (UNIMAR) e Residente de Clínica Médica da Santa Casa de Franca - SP

E-mail: marinaderossi93@gmail.com

Introdução: As hepatites virais (HV) são doenças infecciosas que constituem um grave problema da saúde pública. As mais prevalentes são do tipo A, B, C e D. Nos últimos anos houve uma importante variação da incidência da doença no Brasil. Logo são necessários estudos epidemiológicos que ajudem na elucidação dos casos das HV para promoção integral da saúde. Objetivos: analisar os dados considerando os sexos e provável mecanismo de infecção, assim avaliar a variação da incidência da doença no Brasil, afim de alertar a população sobre os fatores de riscos e necessidades de prevenção da doença. Métodos: os dados correspondentes aos anos de 2007 a 2017 foram coletados no boletim epidemiológico do Ministério da Saúde publicado no ano de 2018, entao compilados e representados em gráficos e tabelas para análise comparativa entre eles. Resultados: indicam decréscimo dos casos de hepatite A e D (-84,38% e -24,29%, respectivamente). O tipo B aumentou 8,66% e o tipo C 9,89%. Quanto aos sexos, o masculino teve um total de 137,5% de casos a mais da hepatite C e o sexo feminino 174,87%. Na hepatite D, os dois sexos diminuíram aproximadamente 24%. A hepatite A nos homens reduziu 78,82%, e nas mulheres 90,93%. O tipo B aumentou 13,88% no sexo masculino e no feminino 2,72%. Relacionado ao mecanismo de infecção, na hepatite B a forma sexual elevou 17,07% e a vertical 36,94%. A transfusional reduziu 16,32% e pelo uso de drogas 0,89%. A hepatite C teve um acréscimo de 158,02% pelo mecanismo sexual, 39,03% do transfusional, pelo uso de drogas 7,05% e vertical 47,72%. Conclusão: observa-se uma diminuição do número de casos em geral. Nas mulheres houve a maior variância. Nota-se também um significativo aumento do contágio sexual, reforçando a necessidade de programas conscientizadores sobre a transmissão da doença e seus fatores de risco.

Palavras-chaves: Hepatite Viral Humana. Estudos Epidemiológicos. Incidência. Sexo. Mecanismo de infecção.

 


 

ESTUDO EPIDEMIOLOGICO DA MORTALIDADE POR DOENÇA DE ALZHEIMER COMPARANDO REGIAO, SEXO E FAIXA ETARIA EM MINAS GERAIS ENTRE 2006-2016

Daniel Pedrosa Cassiano1, Denise Ferrari1, Pedro Henrique da Rocha Gonzaga1, Thiago Mesquita de Mendonça Gurgel1, Dominique Hayduk Montecino1, Guilherme Neumann de Araújo2

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Professor do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

Introdução: O aumento da expectativa de vida em Minas Gerais (MG) tem sido observado como um dos principais fatores para o surgimento de novos casos da Doença de Alzheimer (DA). Portanto é muito importante que estudos forneçam subsídios para promoção integral da saúde na população longeva e criação de alertas para os profissionais da área da saúde devido ao aumento do número de idosos e consequentemente da doença. Objetivos: analisar os dados epidemiológicos sobre a DA em relação à faixa etária, sexo e distribuição da doença em MG no período de 2006-2016. Métodos: os dados foram coletados através da base de dados DATASUS considerando as macrorregioes de saúde do Estado (Jequitinhonha, Oeste, Leste, Sudeste, Norte, Noroeste, Leste do sul, Nordeste, Triângulo do Sul e Triângulo do Norte), os sexos e as faixas etárias dos óbitos relacionados a Doença de Alzheimer. Resultados: as regioes que apresentaram maior número de óbitos pela doença ao longo do período foram: CENTRO (5.387), SUL (2.690) e SUDESTE (1.997); e as com os menores índices foram: JEQUITINHONHA (62), NORDESTE (188) e NOROESTE (340). Também observou-se que a mortalidade pela Doença de Alzheimer é maior em mulheres, pois do total de 15.996 óbitos, 5.892 foram do sexo masculino e 10.098 do sexo feminino, 6 óbitos tiveram o sexo ignorado. E na faixa etária acima dos 70 anos concentram-se mais de 95% (15.251) dos óbitos relacionados a DA. Conclusão: mediante a análise dos resultados conclui-se que as mulheres são as mais acometidas pela morbimortalidade da Doença de Alzheimer, e que as macrorregioes mais desenvolvidas em MG possuem maior número de mortes pela doença devido a maior expectativa de vida da população. Portanto é necessária a criação de estratégias de promoção à saúde para atender aos idosos destas áreas, considerando a importância da prevenção, avaliação e intervenção aos acometidos.

Palavras-chave: Epidemiologia. Mortalidade. Doença de Alzheimer. Minas Gerais.