RMMG - Revista Médica de Minas Gerais

Volume: 29. (Suppl.2)

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Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora

Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora

 

INCIDENCIA DE TUBERCULOSE NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2014 A 2017

Lília Alves dos Santos1, Amanda Amélia Dutra Fideles1, Douglas Ferreira Vaz1, Edimar Pedrosa Gomes2, Marina Schüffner Silva1

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Professor do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

E-mail: lilia_alvess@hotmail.com

Introdução: A Tuberculose é uma doença transmissível causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis e considerada um problema de saúde pública no Brasil, sendo de notificação compulsória. O país encontra-se com elevado número de casos, ocupando o 18º lugar entre os 22 países de maior incidência da doença. Objetivo: Avaliar a taxa de incidência de casos de tuberculose entre os anos de 2014 a 2017. Métodos: Foram realizadas pesquisas bibliográficas quantitativas nas bases de dados National Center for Biotechnology Information (NCBI/PubMed), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de uma revisão sistemática em documentos publicados pelo Ministério da Saúde (MS), pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo DATASUS. Como critérios de inclusão foram utilizados o ano de publicação 2014 a 2017 e os idiomas Inglês e Português, sendo os de exclusão os anos que não apresentaram um número de notificações satisfatório. Os descritores usados na busca foram "Tuberculose", "Saúde Pública", "Micobactéria", "Incidência". Resultados: Foi observado que no período de 2014 a 2017 houve uma diferença entre as taxas de incidência de 1,75, que corresponde a um aumento de 4,18% dos casos para cada 100.000 habitantes, o que equivale a um valor bruto de 3.790 casos novos. Conclusão: Conclui-se que houve um aumento expressivo do número de casos de tuberculose, os quais se devem ao desconhecimento da população quanto às formas de transmissão e sintomas, má adesão ao tratamento e retardo no diagnóstico, fazendo- se necessário uma melhor articulação entre a atenção primária à saúde e a população.

Palavras chaves: Tuberculose. Saúde Pública. Micobactérias. Incidência.

 


 

MECANISMOS DE DEFESA E AGRESSÃO DA LEISHMANIA BRASILIENSIS E SEUS EFEITOS NO HOMEM

Luiza Machado de Souza1, Branca Lopes da Silva Guedes1, Carla Maria Dalamura Terra1, Pâmela Amaral1, Isabella Boechat Campos1, Pedro Paulo de Oliveira2

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Professor do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

E-mail: luizamachado_16@hotmail.com

Introdução: A Leishmania brasiliensis é um protozoário e um dos agentes etiológicos da Leishmaniose Tegumentar Americana que consiste em uma doença não contagiosa e de evolução crônica que atinge a pele e mucosas. A Leishmania brasiliensis é transmitida pela picada de fêmeas de mosquitos flebotomíneos infectados. Objetivo: O presente trabalho visa a compreensão da ação parasitária da Leishmania brasiliensis e seus impactos na saúde humana. Métodos: Foi realizada uma extensa revisão bibliográfica no período de março a agosto de 2018, nas bases de dados PubMed, SciELO, Repositório Institucional da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar - 2017, utilizando "fatores de virulência", "Leishmaniose Tegumentar Americana", "Leishmania brasiliensis", "mecanismo de agressão" e "interação com macrófago" como palavras-chave. Os critérios de inclusão foram estar entre o ano de 1994 e 2018, e os de exclusão foram os artigos e teses que não englobassem Leishmania brasiliensis. Resultados: A Leishmania brasiliensis ao ser inoculada no indivíduo tem sua entrada nas células facilitada pela saliva do flebotomíneo. Além disso, ela apresenta alguns componentes em sua estrutura que funcionam como fatores de virulência e são essenciais na invasão bem sucedida no hospedeiro. Foi visto que as moléculas Lipofosfoglicano (LPG) e Glicoproteina (Gp63) são fundamentais em tal processo. Em contrapartida, o organismo tenta se defender através do metabolismo celular que produz espécies reativas de oxigênio e nitrogênio que são tóxicas para o protozoário. Conclusão: A Leishmania brasiliensis é um protozoário de grande agressão já que as espécies reativas de oxigênio e nitrogênio não são suficientes para exibir um efeito tóxico forte contra a Leishmania e seu mecanismo de agressão é vigoroso, causando a Leishmaniose Tegumentar Americana que é diferenciada pelas suas diferentes manifestações no homem.

Palavras-Chave: Leishmaniose Tegumentar Americana. Lesões Cutâneas. Macrófago. Leishmania braziliensis. Fatores de Virulência.

 


 

O CANCER DE PROSTATA NO AMBITO DA ESTRATÉGIA SAUDE DA FAMILIA

Elisvane Almeida Pereira Araújo1, Gabriela Suyo Maeda1

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

E-mail: eliss_almeida@hotmail.com

Introdução: No Brasil o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, e em valores absoluto está em sexta posição no mundo. A mortalidade por esse tipo de neoplasia apresenta um perfil ascendente, entretanto a sobrevida é influenciada pela extensão da doença, o que demonstra a relevância de investimentos no diagnóstico precoce. Objetivo: A finalidade do estudo é evidenciar a baixa adesão dos homens ao serviço de Atenção Primária à Saúde. Métodos: As bases de dados utilizadas foram: Scielo, PubMed e Medline, com os descritores: "câncer de próstata", "prevenção" e "mortalidade". Resultados: Foram analisados diferentes artigos científicos nos quais um deles apontou que 44,4% dos homens com 50 anos ou mais, residentes no estado de São Paulo nunca haviam realizado toque retal ou PSA. Esse achado se assemelha aos encontrados em estudos realizados na cidade de Belo Horizonte (46,3%) e nos Estados Unidos (43,6%). Apesar de não haver o rastreamento populacional instituído no Brasil, parcela expressiva da população masculina já realizou os exames (55,6%), sendo que o toque retal foi referido por 61,8%, o PSA por 73,2% e a ultrassonografia por 28,2%. A melhor forma de diagnosticar o câncer de próstata é representada pela combinação de toque digital e dosagem do PSA. O toque exclusivo falha em 30% a 40% dos casos, as medidas de PSA falham em 20%, mas a execução conjunta dos dois exames deixa de identificar o câncer em menos 5% dos pacientes. Conclusão: Há necessidade de ampliação de prevenção e promoção da saúde do homem, pra possibilitar aumento da expectativa de vida e a redução da morbimortalidade por câncer de próstata. Medidas preventivas e diagnósticas precoces são dois grandes benefícios não tao valorizados, já que o habitual é se buscar a medicina curativa.

Palavras-chave: Neoplasias da Próstata. Prevenção de Doenças. Mortalidade.