RMMG - Revista Médica de Minas Gerais

Volume: 29. (Suppl.2)

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Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora

Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora

 

RELAÇÃO DA SINDROME DO OVARIO POLICISTICO COM A RESISTENCIA PERIFÉRICA A INSULINA E SINTOMAS ASSOCIADOS

Mariana Mendes Saada1, Ana Carolina Azevedo de Magalhaes1, Maíra Reis Pimenta de Queiroz1, Isabela Werneck Ranção1, Matheus Ferix Mussi dos Reis1, Leonardo Cunha Dentz2

1. Acadêmicos do curso de Medicina e Ligantes da Liga Acadêmica de Patologia da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Médico Patologista do Laboratório CIDAP e Professor do curso de Medicina e Diretor da Liga Acadêmica de Patologia da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

E-mail: marianasaada@gmail.com

Introdução: A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é a endocrinopatia mais comum durante a vida reprodutiva da mulher com prevalência que varia entre 5 a 10%, seu diagnóstico pode ser obtido a partir dos critérios Rotterdam, e a partir desse, pode-se observar que a resistência insulínica (RI) acompanhada de uma hiperinsulinemia compensatória possuem uma alta frequência, estimada de 50 a 90 %, sendo que estas acarretam em uma série de outras consequências ao metabolismo das pacientes. Objetivos: Estudar os fatores associados à resistência insulínica periférica, decorrente da SOP, e suas respectivas prevalências. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados Scielo e Pubmed, no período de oito a vinte de agosto de 2018, dos dezesseis artigos lidos foram incluídos dez que abordavam a SOP juntamente com doenças metabólicas e excluídos os demais com outras abordagens. Resultados: A RI com hiperinsulinemia compensatória, em mais de 70% das pacientes, levaram a uma estimulação direta da secreção de androgênio adrenal e ovariano, que somados a uma diminuição da síntese hepática de globulina transportadora de hormônios sexuais, relacionam-se com o aumento dos níveis de testosterona livre. O hiperandrogenismo estava presente em 68% dos casos, e desses, 59% apresentaram hirsutismo, 28,2% acne, 9% alopecia e 47,4% acantose nigricans. Além disso, a obesidade está relacionada diretamente a RI e ambas elevam o risco de desenvolvimento da doença cardiovascular e do diabetes mellitus (DM) insulinodependente, a qual em idade jovem, a prevalência é de 1,5% para mulheres magras e 7,5% para obesas. Conclusão: A SOP é uma síndrome que gera diversos efeitos negativos no organismo de uma mulher, sendo assim faz-se necessário o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar, com o intuito de evitar maiores complicações como as doenças cardiovasculares e a DM.

Palavras-Chave: Síndrome do Ovário Policístico. Diabetes Mellitus. Insulina. Obesas.

 


 

RELAÇÃO ENTRE DPOC E DEPRESSÃO

Tuany Beato Ferreira1, Jéssica Diniz Resende1, Mônica Meireles Granja Tissi1, Raissa Esteves de Sales1, Edimar Pedrosa Gomes2

1. Acadêmicos da Faculdade de Medicina da Universidade Presidente Antônio Carlos de Juiz de Fora (UNIPAC-JF),
2. Médico pneumologista, docente da Faculdade de Medicina da UNIPAC-JF e UFJF,

E-mail: tuany.beato@gmail.com.

Introdução: A presente revisão da literatura vem alertar para a relação entre doença pulmonar obstrutiva crônica e a depressão. Quadro muitas das vezes negligenciado por muitos profissionais de saúde tanto no tratamento quanto no diagnóstico, levando em consideração que a Doença pulmonar obstrutiva crônica é um indutor para a angustia e isolamento dos seus portadores devido a fatores sociais e debilitantes. Objetivos: Esse trabalho tem por objetivo verificar na literatura a relação entre essas duas morbidades além de sua prevalência e especificidades e impacto da depressão nos pacientes acometidos com DPOC. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura entre os anos de 2004 e 2018, sendo pesquisadas a bases indexadas Scielo, Pubmed. Usando assim como critério de inclusão a literatura mais recente relacionada com a presente revisão de literatura, além de artigos originais e de revisão. Tendo assim esse presente trabalho as seguintes palavras chave, Depressão; DPOC; Qualidade de Vida; Tabagismo; Pneumologia; Psiquiatria. Resultados: De acordo com a pesquisa, foi previsto que 64% das pessoas com o diagnóstico de DPOC eram re-internadas devido a um período de exacerbação, após menospreso do tratamento correlacionado a depressão. Os fatores potencialmente modificáveis que se relacionaram com maior número de readmissões hospitalares foram a piora da qualidade de vida (avaliada pelo questionário respiratório de St. George) e a depressão (avaliada pelo questionário de depressão de Beck). Conclusão: Contatou-se que há uma carência de estudos, em especial de ensaios clínicos randomizados, para definir o real impacto da depressão na DPOC, além dos benefícios do diagnóstico precoce.

Palavras chave: Depressão. DPOC. Qualidade de Vida. Tabagismo. Pneumologia. Psiquiatria.

 


 

RELAÇÃO ENTRE O PAPILOMA VIRUS HUMANO (HPV) NO DESENVOLVIMENTO DE NEOPLASIAS OROFARINGEAS

Jacyara Ribeiro Vargas1, Isabela Nicolato Ferreira1, Juliana Almeida Gonçalves1, Mariana Fernanda Lopes Felício1, Nathália Ranny Rodrigues Bicalho1, Pedro Paulo de Oliveira2

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Professor do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

E-mail: jacyaravargas97@outlook.com

Introdução: A doença sexualmente transmissível (DST), desencadeada pela infecção do vírus HPV, possui incidência de 12,4% potencialmente relacionada ao desenvolvimento de neoplasias orofaríngeas na América do Sul. O vírus é mucosotrópico e esse tropismo facilita a infecção da cavidade bucal, tornando-a um reservatório e fonte de contágio. Os exames de detecção - PCR e hibridização in situ - ainda são pouco acessíveis e não existe uma triagem específica. Objetivos: Relatar, por meio de uma revisão bibliográfica, o HPV como fator de risco para o desencadeamento de neoplasias orofaríngeas na idade adulta. Métodos: Foi realizada uma pesquisa nas bases indexadoras MedLine e SciElo, entre maio a agosto do ano de 2018. Adotou-se como critério de inclusão artigos que relacionam HPV e neoplasias orofaríngeas, entre os anos de 2010 a 2018, com os seguintes descritores: "oropharyngeal and HPV", "oropharyngeal neoplasm" e "humam papillomavirus". Resultados: Dentre os diversos tipos de HPV já identificados, cerca de 24 foram associados a lesões bucais, com prevalência do HPV-16 no desenvolvimento de neoplasias. A mucosa bucal é susceptível a microtraumas por efeito de atividades fisiológicas e atritos, propiciando a entrada do vírus por meio do sexo oral ou o contato direto entre mucosas bucais. Inicialmente, a infecção ocorre na camada basal assumindo duas formas: epissomal (latência e produtiva) e integrada (transformante). Ocorre desnaturação e alteração citológica epitelial. Acredita-se que uma neoplasia HPV-positivo na orofaringe tem um melhor prognóstico quando comparada a outros tipos de neoplasias na mesma regiao. Conclusão: A partir dos artigos analisados, há forte correlação da neoplasia orofaríngea com o HPV. O diagnóstico precoce é uma estratégia para o controle do desenvolvimento da neoplasia HPV-positivo. Ademais, a não existência de uma triagem direcionada aumenta a incidência neoplásica, elevando a morbimortalidade. A detecção por PCR e hibridização in situ ainda não são viáveis como exames cotidianos.

Palavras-chave: Orofaringe. HPV. Neoplasia Orofaríngea. Papiloma Vírus Humano.