RMMG - Revista Médica de Minas Gerais

Volume: 29. (Suppl.2)

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Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora

Suplemento do II Congresso Médico Acadêmico da UNIPAC Juiz de Fora

 

A IMPORTANCIA DOS BIOMARCADORES MOLECULARES NO PROGNOSTICO DO CANCER DE PULMAO

André Faria Lacerda1, Daniele Thimoteo Noronha Lousada1, Maíra Reis Pimenta de Queiroz1, Marina Mota Resende, Rodolfo Faria Franco1, Leonardo Cunha Dentz2

1. Acadêmicos do curso de Medicina e Ligantes da Liga Acadêmica de Patologia da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Médico Patologista do Laboratório CIDAP e Professor do curso de Medicina e Diretor da Liga Acadêmica de Patologia da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

E-mail: daniele.noronha84@hotmail.com

Introdução: O câncer de pulmão é a doença maligna mais comum e com a maior taxa de mortalidade por neoplasias. Os biomarcadores são produzidos pelas células tumorais ou pelas células normais em resposta a presença do câncer. Biomarcadores diagnósticos podem diferenciar a doença de interesse de outras doenças ou estado normal auxiliando na delimitação do tipo, estágio e grau da neoplasia. Biomarcadores prognósticos são utilizados para predizer o provável curso da doença, taxa de crescimento, potencial metastático, estatísticas de sobrevida geral e de sobrevida livre da doença. Objetivo: Revisar os biomarcadores de neoplasias de pulmão e demonstrar a importância e a possibilidade de implantação de testes moleculares para o diagnóstico precoce e melhor prognóstico da doença no Brasil. Métodos: Artigos publicados nas bases de dados: Scielo, Bireme, Lilacs e PubMed. Os critérios de inclusão foram artigos nas línguas portuguesa e inglesa, publicados no período de 2014 a 2018. Foram excluídos artigos de outras línguas e fora desse período. Resultados: As mutações condutoras mais importantes encontradas no câncer de pulmão, especialmente no tipo de não pequenas células são o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), o vírus do sarcoma do rato de Kirsten (KRAS), rearranjos na cinase do linfoma anaplásico (ALK) e oncogene c-ros1 (ROS1). O antígeno carcinoembriônico (CEA), pode ser utilizado no monitoramento de recidiva da doença. Conclusão: A heterogeneidade do câncer de pulmão configura-se uma barreira para a classificação molecular precisa, requerendo a individualização do tratamento. Biomarcadores atuais possibilitaram mudanças do diagnóstico e prognóstico da doença, mas ainda há uma necessidade de compreender melhor os mecanismos subjacentes à eficácia de agentes terapêuticos e investigar novos biomarcadores para melhorar o manejo clínico, resultados de resposta e custo-efetividade de drogas.

Palavras-chave: Neoplasias pulmonares. Epidemiologia. Diagnóstico. Biomarcadores tumorais. Câncer de pulmão.

 


 

TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS NO TRATAMENTO DA ANEMIA FALCIFOME

Isabela Araujo Schmidt1, Thais Sette Esposito1, Nathália Barbosa do Espírito-Santo Mendes2

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Professora do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

E-mail: Thais7_@outlook.com

Introdução: As células-tronco são células precursoras não especializadas de origem embrionária, fetal ou do adulto, capazes de se dividir indefinidamente e se diferenciar em múltiplos tipos celulares para reconstituição in vivo de determinados tecidos. As células-tronco hematopoiéticas (CTH) possuem a capacidade de se autorrenovar e se diferenciar em células especializadas do tecido sanguíneo e células do sistema imune. Elas constituem as células-tronco adultas melhor caracterizadas até hoje. Por possuírem essa capacidade de multiplicação e renovação, as CTH estao sendo utilizadas em terapêuticas de doenças autoimunes, como a anemia falciforme. Objetivo: Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar a importância de realização do transplante de células tronco hematopoiéticas como alternativa para pacientes portadores da Anemia Falciforme. Métodos: A pesquisa bibliográfica deste estudo foi realizada a partir de uma extensa leitura de artigos encontrados nas plataformas digitais, como: SciELO, PuBMed, Ipub e Science Direct, além da leitura de livros de Fisiologia Médica. Foram utilizadas as palavras chave: "anemia falciforme", "transplante de células-tronco", "células-tronco hematopiéticas", "stem cell transplantation" e compilados artigos no período de 2009 a 2018, tanto no idioma português quanto no inglês. Resultados: De acordo com os artigos estudados, os pacientes com anemia falciforme, submetidos ao tratamento com transplante de células tronco hematopoiéticas, após uma mediana de cinco anos, tiveram uma sobrevida global e sobrevida livre de doença de aproximadamente 90%-95% e 80%-85% respectivamente, para pacientes com doador antígeno leucocitário humano (HLA) compatível, em todos os estudos. Entretanto, os autores relataram que 5% a 10% dos pacientes morreram de complicações relacionadas ao transplante. Conclusão: Em virtude dos fatos observados, entende-se que o transplante de células-tronco hematopoiéticas no tratamento da anemia falciforme possui a melhor e maior chance para cura dos pacientes. Porém, novos estudos são necessários para melhor compreensão das possíveis complicações relacionadas a esta modalidade terapêutica.

Palavras-chave: Anemia Falciforme. Transplante de Células-Tronco. Células-Tronco Hematopoiéticas. Stem Cell Transplantation.

 


 

VIDEOLAPAROSCOPIA: BENEFICIOS E INCONVENIENCIAS

Flávia Mancilha Bernardes1, Mariana Morais e Silva1, Nara Vieira Corrêa Gonçalves1, Artur Laizo2

1. Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC
2. Professor do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora - FAME/JF, da Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC

Email: naragoncalves74@gmail.com

Introdução: A videolaparoscopia ou videocirurgia é uma técnica operatória considerada recente e menos invasiva, uma vez que utiliza microcâmeras durante o procedimento que são responsáveis por visualizarem o campo operatório e diminuírem a área de diérese necessária para a realização da cirurgia. Esta nova forma de acesso cirúrgico intensificou a discussão sobre a cirurgia minimamente invasiva. Objetivos: Apresentar as vantagens e desvantagens da videolaparoscopia uma vez que vem ganhando destaque como um promissor recurso técnico. Métodos: Ampla revisão bibliográfica, coletando e comparando dados em sites de cunho científico como SciELO, Revista Brasileira de Videocirurgia e Pubmed. Resultados: A videolaparoscopia apresenta vantagens e desvantagens relevantes. Como benefícios podemos citar a ampliação da imagem que confere melhor entendimento e detalhamento de toda a situação do paciente, o menor risco de intercorrências como sangramentos e infecções no sítio cirúrgico, menos dor no pós operatório. Também pode-se citar os resultados estéticos mais harmoniosos. Como inconvenientes, cita-se primeiramente o alto custo, e a necessidade de cirurgioes bem treinados, experientes e, que em casos emergenciais, saibam realizar as técnicas tradicionais. Além disso, podem haver perfurações acidentais de vísceras e grandes vasos; abertura da parede abdominal para colocação dos trocateres que pode causar hérnia incisional; insuflação inadvertida da hipoderme que causa enfisema subcutâneo; perda da sensação tátil. O tempo cirúrgico prolongado pode se contrapor ao objetivo de breve recuperação. Conclusão: A nova técnica possui prós e contras e cada paciente deve procurar a orientação e indicação do profissional da saúde para que ele possa indicar o melhor procedimento para o indivíduo e assim obter o melhor resultado. A videolaparoscopia pode ter complicações e por isso requer um profissional capacitado que poderá minimizar possíveis inconvenientes e contê-los se for necessário, para que a técnica atinja seu melhor resultado.

Palavras-chave: Laparoscopia Cirúrgica. Técnicas Videolaparoscópicas. Intercorrências Videolaparoscopia.