RMMG - Revista Médica de Minas Gerais

Volume: 30. (Suppl.4) DOI: https://dx.doi.org/10.5935/2238-3182.v30supl.4.07

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Artigo Original

Panorama atual do ensino da Patologia Clínica/Medicina Laboratorial nas escolas médicas do Brasil

Current overview of the teaching of Clinical Pathology/Laboratory Medicine in medical schools in Brazil

Arthur de Alvarenga Mafra Baptista Vaz; Arthur Hamacek de Carvalho; Gabriel Andrade de Araújo; José Hyde Augusto ZschaberAnacleto; Oswaldo Eugênio de Moura e Silva Filho; Rômulo Carvalho Vaz de Mello

Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada - FUNJOBE, Faculdade de Medicina de Barbacena - FAME. Barbacena, MG - Brasil

Endereço para correspondência

Gabriel Andrade de Araújo
Endereço: Praça dos Andradas, 130, apart 203, Centro - Barbacena - MG
Telefone: (32) 99988-7825
E-mail: biel.araujo96@hotmail.com

Instituição: Faculdade de Medicina de Barbacena - FAME/FUNJOBE Barbacena, MG- Brasil

Resumo

Introdução: Os testes laboratoriais exercem papel fundamental no atendimento médico de uma maneira geral há muitos anos. Além disso, o gasto com exames laboratoriais representa menos de 3% do custo total em saúde, tornando a relação custo-benefício altamente favorável ao uso dessa ferramenta. A despeito dessa enorme importância, a educação médica em relação a testes laboratoriais no Brasil ainda é incerta não existindo dados concretos sobre o ensino da Patologia Clínca/Medicina Laboratorial até a data do estudo (2019). Objetivo: Pretende-se traçar um panorama atual do ensino da Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na graduação das escolas médicas do Brasil, comparando com o ensino da Patologia Geral. Materiais e métodos: Foi realizada uma pesquisa de levantamento ou um inquérito de dados das matrizes curriculares das escolas médicas do Brasil, por meio do acesso ao seu portal eletrônico. A relação de todas as instituições de ensino médico foi obtida junto ao site do Ministério da Educação no ano de 2019. Resultados: No Brasil há um predomínio de escolas privadas sobre públicas, sendo método de ensino tradicional (59%) mais comum em relação ao Problem-Based Learning (39%). Somente 23% das escolas médicas do Brasil possuem a disciplina de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial em suas matrizes curriculares. Em contrapartida, a Patologia Geral está presente em 57% das escolas. A região Centro-Oeste possui a menor prevalência (14,24%) quanto ao ensino de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, enquanto que a região Sudeste mostrou a maior prevalência (28,57%). Conclusão: Apenas 23% das escolas médicas no Brasil possuem o ensino da Patologia Clínica/Medicina Laboratorial em suas grades curriculares.

Palavras-chave: Medicina Laboratorial. Ensino Médico. Patologia Clínica.

 

INTRODUÇÃO

Os testes laboratoriais exercem papel fundamental no atendimento médico de uma maneira geral há muitos anos, auxiliando não só no diagnóstico e monitoramento de doenças, como também, na prevenção, estratificação de risco, rastreamento e monitorização terapêutica1.

Pesquisas estimam que cerca de 60 a 70% dos dados laboratoriais influenciam as decisões médicas2. Apesar dos questionamentos a respeito desse número, é inegável a relevância dos testes laboratoriais na abordagem dos pacientes. Todavia, avalia-se que o custo com exames laboratoriais representa cerca de 3 a 10% do custo total em saúde, tornando a relação custo-benefício altamente favorável ao uso dessas ferramentas3.Além disso, testes laboratoriais podem fornecer dados que ajudam os médicos a rastrear fatores de risco precoces, consequentemente, auxiliando na escolha de ações preventivas e menos invasivas4.

Especialmente nos últimos anos, tem sido observado um aumento vertiginoso do número e da complexidade dos testes oferecidos pelos laboratórios clínicos, sendo que os erros de indicação e interpretação dos testes laboratoriais podem representar eventos adversos aos pacientes e um aumento de custo para as instituições de saúde5.

De acordo com documento emitido pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) - Estados Unidos da América (EUA), o uso apropriado dos testes laboratoriais é essencial para se obter um cuidado eficiente, eficaz e seguro aos pacientes5. No entanto, a despeito dessa enorme importância, a educação médica em relação a testes laboratoriais nos EUA se mostrou inadequada. Dados atuais demonstram que somente 9% das escolas médicas neste país oferecem uma disciplina obrigatória e específica em Medicina Laboratorial6. A carga horária média de ensino sobre a correta seleção de testes laboratoriais e a correta interpretação dos resultados dos testes, em todo o período da graduação, é de cerca de 10 horas, sendo menos de 5 horas em muitas instituições6.

As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso De Graduação em Medicina (DCN em Medicina), editadas em 2001, relatam que é competência básica do formando em Medicina a utilização adequada de exames laboratoriais. Nesse sentido, a DCN deixa clara a necessidade, durante a investigação diagnóstica, de solicitar exames complementares com base nas melhores evidências científicas, avaliando a possibilidade de acesso da pessoa sob seu cuidado aos testes necessários. Bem como, interpretar e relacionar os resultados dos exames realizados, considerando as hipóteses diagnósticas, a condição clínica e o contexto da pessoa sob seus cuidados7.

Em nosso país, não existem dados concretos sobre o ensino da Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na graduação das escolas médicas. Acredita-se, que a proporção de escolas que apresentem disciplina específica para o ensino da Medicina Laboratorial seja pequena, a despeito de sua enorme importância. Com esse estudo, objetivou-se traçar o panorama atual do ensino da Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na graduação das escolas médicas do país, considerando a presença ou ausência da disciplina na grade curricular disponibilizada. Objetiva-se também, comparar o ensino da Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, com o da Patologia Geral, ramos de uma mesma matriz, a Patologia, porém, que apresenta muito menos utilidade prática na formação do médico generalista.

 

MÉTODOS

Desenho experimental

Trata-se de levantamento de dados relacionados ao ensino de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e Patologia Geral nas escolas médicas do Brasil, obtidos através da avaliação da matriz curricular de todas as escolas médicas do país, utilizando-se o endereço eletrônico destas.

Coleta dos dados

O estudo foi composto pela totalidade das escolas médicas em atividade no território nacional. A listagem das escolas médicas foi obtida junto ao Ministério da Educação no site: www.emec.mec.gov.br (Acesso: 26/01/19, 14:35, sábado).

A pesquisa foi realizada no endereço eletrônico de cada uma das escolas médicas do Brasil de março a junho de 2019, buscando na descrição da matriz curricular algumas das variáveis de interesse dos pesquisadores incluindo: natureza pública ou privada da instituição, se o método de ensino utilizado é o tradicional ou PBL (Problem Based Learning), se havia o ensino das disciplinas de Patologia Geral e Patologia Clínica (Medicina Laboratorial).

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Barbacena com o número de protocolo: 2.768.395.

Análise estatística

Os resultados obtidos foram transcritos para a base de dados e projetados em planilha Excel. Os dados foram analisados pelo software estatístico Stata versão 9.2. Foram construídas as distribuições de frequências e calculadas as médias, desvios padrões e os percentuais indicados para cada variável. A existência de relação entre as variáveis estudadas foi calculada pelos testes Qui-Quadrado e exato de Fisher. Foram calculadas as intensidades de relação entre as variáveis através de risco relativo e seu intervalo de confiança (IC) a 95%. O grau de significância estatística adotado na análise foi de 5% (p<0,05).

 

RESULTADOS

A amostra de estudo foi composta por 317 escolas médicas presentes no território nacional no ano de 2019. Quando a variável de interesse não estava descrita de forma clara na matriz curricular da escola, a classificação foi feita como "não informado". Dessa forma, os dados mostram predomínio de escolas privadas (64%) sobre públicas (36%), sendo o método de ensino tradicional (59%) predominante em relação ao PBL (39%).

Aproximadamente 23% das escolas médicas do Brasil possuem a disciplina de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial em suas matrizes curriculares. Em contraste, a Patologia Geral está presente em 57% das escolas(Tabela 1).

 

 

O gráfico 1 demonstra a presença da disciplina de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial nas matrizes curriculares por região. Nota-se que, proporcionalmente, há maior presença da disciplina nas escolas médicas da região Sudeste, com 38 cursos possuindo a disciplina (28,6%), seguida do Nordeste com 16 (19,7%), Sul com 9 (16,7%),Norte com 5 (23,8%) e Centro-oeste com 4(14,2%). Os resultados obtidos nesse gráfico apresentam significância estatística (p=0,034).

 


Gráfico 1. Presença da disciplina de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial nas matrizes curriculares das 317 escolas médicas do Brasil, de acordo com a região do país no ano de 2019.

 

Já em relação à presença da disciplina de Patologia Geral, observou-se um aumento da presença da disciplina em números totais quando comparada a Patologia Clínica. A região Sul possui 39 com escolas com a Patologia Geral em seu currículo (72,2%), o Sudeste possui 83 escolas (62,4%), o Norte 11 (52,4%), Nordeste 39 (48,1%) e a região Centro-oeste apenas 10 (35,7%) (Gráfico 2). Os resultados apresentados no gráfico 2 são estatisticamente significativos (p=0,026).

 


Gráfico 2. Presença da disciplina de Patologia Geral nas matrizes curriculares das 317 escolas médicas do Brasil, de acordo com a região do país no ano de 2019.

 

A tabela 2 mostra a frequência das disciplinas de Patologia de acordo com a forma de financiamento das instituições. Nota-se que proporcionalmente houve maior presença das disciplinas de Patologia Clínica nas instituições públicas que privadas. Porém, sem relevância estatística (p >0,05).

 

 

Quanto à presença das disciplinas de Patologia Clínica e geral de acordo com a forma de ensino, notou-se que há maior frequência para ambas as disciplinas nas escolas que utilizam o método tradicional de ensino em relação às que utilizam o PBL, conforme a tabela 3. Tais dados se mostram significativos estatisticamente (p<0,001).

 

 

DISCUSSÃO

O estudo demonstra que é muito baixo o número de escolas médicas que oferecem a disciplina de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial em sua grade curricular. Apesar do percentual em nosso país ser um pouco maior do que nos Estados Unidos, o número demonstra que há pouca oferta de conteúdo, especialmente se comparado com a disciplina de Patologia Geral, que também está relacionada à propedêutica médica, mas que, todavia, apresenta muito menos uso prático para o médico generalista.

Não foram encontrados dados referentes à presença da disciplina em outros países, no entanto, acredita-se que a baixa oferta da disciplina é mundial, o que pode levar a repercussões importantes na formação do futuro médico, com dificuldade na solicitação e na interpretação dos testes laboratoriais8.

Hickner et al. descobriram que os clínicos da atenção primária relataram a incerteza na solicitação de exames laboratoriais em aproximadamente 15% dos diagnósticos nos Estados Unidos da América9. Também neste país, o relatório Flexner concluiu que os estudantes de medicina não são familiarizados com testes laboratoriais simples10, como o exame de urina, usado quase diariamente no contexto clínico11. Outro estudo, realizado na Inglaterra, demonstra que 20% dos recém graduados em medicina, possuem uma defasagem quanto ao conhecimento de exames clínicos que vem desde a sua formação11,12. Escolher o teste apropriado para o diagnóstico correto requer compreender a história do paciente, os sinais e sintomas atuais, bem como ter uma suspeita suficiente embasada no conhecimento da importância dos exames laboratoriais13,14.

Grandes diferenças na utilização de testes laboratoriais em hospitais no mesmo país e em diferentes regiões são prováveis efeitos da falta do conhecimento médico sobre Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, bem como desconhecimento das variáveis pré e pós-analíticas15,16. Dados da literatura mostram que existem diferenças de até 20 vezes no número de exames laboratoriais solicitados entre médicos investigando pacientes com o mesmo diagnóstico. Além disso, estima-se que 30 a 50% dos testes hoje, são solicitados desnecessariamente17.

Apesar de não ter sido encontrado na literatura fatores que possam estar associados a pouca oferta da disciplina nas escolas médicas,uma hipótese a ser confirmada é a falta de Patologistas clínicos disponíveis para ministrar as aulas na graduação. No estudo Demografia Médica no Brasil 2018, constatou-se que apenas 0,4 % dos médicos com alguma especialidade no país possuem título em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial. E mais preocupante, o estudo demonstra que o cenário tende a piorar, uma vez que nota-se um envelhecimento dos atuais Patologistas Clínicos, com a especialidade apresentando idade média de 58,8 anos, a terceira mais avançada no país, sem perspectiva de renovação, já que no ano de 2017, somente 19 médicos estavam inscritos em um programa de Residência Médica para a especialidade, restando 114 vagas ociosas em todo o país19. Além disso, destaca-se que existem apenas 27 vagas disponíveis para a entrada no programa de residência médica de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial no ano de 201920.

Outra possibilidade é a transição da metodologia tradicional para o PBL em muitas escolas médicas do Brasil, trazendo consigo a diminuição do ensino específico da Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na grade curricular dessas instituições, como demonstrado nos resultados desse levantamento de dados, com a disciplina de Patologia Clínica ausente em 79,0% das escolas que utilizam o método de ensino PBL em comparação a 68,2% no método tradicional. Não foram encontrados estudos comparando o método do PBL com o tradicional em relação ao ensino da Patologia Clínica/Medicina Laboratorial. Em relação à Patologia Geral, nota-se certa divergência entre autores, não havendo consenso sobre qual a melhor forma de ensino21.

A maior limitação do estudo é que ele foi realizado com base na avaliação da matriz curricular e no método de ensino das escolas médicas, conforme a descrição encontrada no endereço eletrônico das instituições. Dessa forma, é possível que haja escolas que inseriram o ensino dentro de "blocos" de disciplinas, com nomes genéricos, dificultando a sua identifi cação.

 

CONCLUSÃO

O estudo demonstra que no Brasil, mais de 70% das escolas médicas do Brasil não oferecem a disciplina de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, disciplina fundamental na formação do médico generalista e especialista.É urgente que sejam tomadas medidas para universalizar o ensino da especialidade nas escolas, focando em habilidades básicas relacionadas à solicitação e interpretação de testes laboratoriais, em virtude de ser uma necessidade prática a virtualmente todo médico, generalista ou especialista, e que contribui para uma atenção adequada ao paciente.

 

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