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CAPES/Qualis: B2
Faculdade de medicina: aspectos históricos*
Faculty of medicine: historical aspects*
Nassim da Silveira Calixto
Professor Emérito da Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Medicina, Departamento de Oftalmologia. Belo Horizonte, MG - Brasil
Endereço para correspondênciaAvenida: Prof. Alfredo Balena, 190, sala 199
Belo Horizonte, MG - Brasil
Email: clinicacalixto@veloxmail.com.br
Recebido em: 02/03/2011
Aprovado em: 16/03/2011
Instituição: Faculdade de Medicina da UFMG Belo Horizonte, MG - Brasil
Resumo
Narra-se a história da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais desde os fatos que antecederam a sua fundação até os dias atuais, quando se comemora seu 1º centenário. Apresenta e documenta os marcos históricos da sua criação e seus fundadores. Relata o processo de desenvolvimento da Faculdade em seus aspectos políticos, sociais e científicos.
Palavras-chave: Escolas Médicas/história; Educação Médica/história; História da Medicina
Meus amigos: a Casa de Cícero Ferreira com esta solenidade engalana-se nas alvíçaras do seu centenário a ser celebrado no próximo ano. Quis seu Diretor, Prof. Francisco José Pena, antevendo a grandeza dessa efemeride, formar uma comissão para organizar diferentes atividades científicas, culturais e artísticas para comemorar data tão significativa.
Esta sessão é o marco inicial do cortejo de eventos que acontecerão neste e no próximo ano, o ano comemorativo do centenário. Ao nosso Diretor e aos colegas componentes da Comissão do Centenário, nossos efusivos agradecimentos pela lembrança do nosso nome para esta despretensiosa palestra. Talvez o único atributo que poderia associar nosso nome nesta solenidade seja, senão o mais velho, um dos mais velhos professores em atividade nesta casa. Aqui labutamos desde fevereiro de 1947 quando fizemos o vestibular, e daqui nunca nos arredamos, ou seja, 63 anos de trabalho diuturno acompanhando as vicissitudes que ocorrem no cotidiano de qualquer instituição. Erros e, sobretudo, omissões involuntárias estarão presentes nesta resenha histórica. Antecipadamente, nosso pedido de perdão pelas falhas. Um agradecimento especial ao Centro de Memória e seus funcionários na pessoa do Prof. João Amílcar que nos forneceu dados e informações históricas desta Casa. Este agradecimento se estende também ao Serviço de Comunicação que também nos atendeu com solicitude.
PRÓDROMOS
Nossa história começa no início do século XIX quando em 20/11/1807, parte de Portugal, D. João VI, príncipe regente e sua corte (cerca de 15 mil pessoas embarcaram na esquadra), trazendo José Corrêa Picanço (pernambucano de Goyanna) médico forma-do pelo Faculdade de Medicina de Montpellier.
Picanço consegue em 18/02/1808 uma autorização real para fundar a 1ª Escola de Cirurgia no hospital da cidade de Salvador. Ele escolhe professores para o ensino de cirurgia e anatomia:
José Soares de Castro (Anatomia)
Manoel José Estrella (Cirurgia)
Em 1808, estando a corte no Rio de Janeiro, por decreto real (5 de novembro) é instituída a escola Anatônica, Cirúrgica e Médica no Hospital Militar e da Marinha. Picanço nomeia dois lentes para o ensino: "Anatomia Theorica e pratica, seguindo as partes e systemas da machina humana, cabendo ao outro a cadeira de Therapeutica cirurgica e particular".
Voltamos ao final do século XVIII para assinalar que em 1789 ocorreu, entre os ideais da Inconfidência Mineira, a criação em Vila Rica de uma Universidade. Temos que aguardar um quarto de século para aparecer na Assembléia Constituinte o projeto de criação de Universidade no Brasil. O Deputado baiano Acayaba de Montezuma (depois Visconde de Jequitinhonha) estabelece critérios para a sua criação:
A haver uma só universidade deve ser em Minas Gerais.
Primeiro por ser a província mais populosa do Império.
Segundo por ser a mais polida do interior.
Por estar colocada mais no meio de todas as outras.
FUNDAÇÃO DA FACULDADE DE MEDICINA (FM)
Entre 1891-1897 aparecem dois projetos:
O primeiro do Deputado sanjoanense Severino de Resende (10/07/91): criação de uma Faculdade de Medicina em São João Del Rei e de uma Faculdade de Direito em Diamantina pelo Congresso Estadual.
O Segundo do Senador Virgílio de Melo Franco (1897) visava a criação na capital do Estado (Ouro Preto) de uma Faculdade de Medicina e de Farmácia com vários cursos.
Estes projetos não foram adiante.
Para ilustrar os dois marcos históricos oficiais da criação de escolas médicas no país apresentamos dois diplomas pertencentes ao senhor Anacleto Teixeira Queiroga (trisavô do Prof. Geraldo Queiroga) que dizem bem da situação do ensino médico no Brasil. O primeiro diploma é oriundo do Reino Unido de "Portugal, do Brasil e Algarves" e é expedido pela Corte de Dom João VI e entre os signatários que conferem o diploma está José Corrêa Picanço "Do seu conselho e seu Cirurgião-mor do Reino Unido". É datado de 26 de agosto de 1820 no Rio de Janeiro nele constando que Anacleto Queiroga foi aprovado para exercer a "Arte de Cirurgia nos Meus Reinos". Cremos que a autorização corresponde ao chamado "Barbeiro Cirurgião" da época. Não tínhamos portanto uma verdadeira Escola de Medicina.
O segundo diploma, também do Rio de Janeiro, é datado de 07 de janeiro de 1829 e no cabeçalho consta o nome do Barão de Inhomerim, Médico da Imperial Câmara, "Lente e Diretor d'Academia Médico-Cirúrgica desta Corte" etc. No texto consta "haver frequentado o 6º ano do Curso Medico-Cirúrgico repetiu nele as Matérias do 4º e 5º ano; e sendo competentemente examinado, foi aprovado "Nomine Discrepante" e ficou por isso Formado em Cirurgia, e habilitado para poder curar de Cirurgia e Medicina em todas as partes do Império em conformidade da Lei de 09 de setembro de 1826". (Figuras 1 e 2)
Estes dois documentos nos ensinam que:
Em 1820 não havia ensino médico oficial no Brasil.
A partir de 1826 já havia ensino médico oficial no Rio de Janeiro, não apenas de cirurgia, mas de medicina com seis anos de duração.
O Dr. Anacleto Queiroga não contente de ser "Barbeiro Cirurgião" freqüentou entre 1820-1829 o Curso Médico completo habilitando-se a exercer a cirurgia e a medicina no país.
Pierucceti1 documenta despacho do Príncipe (Dom João VI) datado de 17-VI-1901 autorizando Bernardo José de Lorena Governador e Capitão General da Capitania de Minas Gerais a estabelecer uma "Cadeira, Anatomia e Arte Obstetrícia; nomeando para ela o atual Cirurgião-mor do Regimento de Cavalaria de Minas Gerais, Antônio José Vieira de Carvalho por nele concorrerem as circunstâncias, e requisitos necessários, para bem reger a dita Cadeira". "Escrita no Palácio Queluz aos dezessete de junho de mil novecentos e um. Príncipe".
Assim o "Ensino Anátomo-Cirúrgico" em Minas Gerais parece ser o pioneiro no Brasil antecedendo de sete anos o da Bahia e do Rio de Janeiro.
De acordo com Pedro Salles2, a Lei de 03 de outubro de 1832 estabeleceu o Curso Medico Cirúrgico no país. Por esta Lei as duas Escolas Médicas (da Bahia e do Rio de Janeiro) passaram a ter:
Organização idêntica.
Mesma denominação: Faculdade de Medicina (da Bahia e do Rio de Janeiro)
Curso Médico de seis anos abrangendo quatorze cadeiras regidas por igual número de Lentes, havendo ainda seis substitutos sendo dois de medicina, dois de cirurgia e dois de cadeiras acessórias.
Voltamos agora aos aspectos históricos de Minas
Em 1896 entra em cena o maior baluarte, herói mesmo, da fundação da FM de Belo Horizonte:
Apresentamos a seguir fotos de Aurélio Pires e de seu livro histórico onde se encontra farta documentação da luta ingente por ele iniciada e sustentada durante quase duas décadas para a fundação e instalação da nossa Faculdade de Medicina. (Figura 3)
Aurélio Egidio dos Santos Pires das ilustres clãs dos Santos e dos Pires do Serro (nascido em 26/03/1863) filho do magistrado Dr. Aurélio Pires de Figueireido Camargo e de D. Maria Josefina dos Santos Pires, filha de Josefino Vieira Machado - O Barão de Guaicuí.
Aí começa a luta sem trégua nem esmorecimento de Aurélio Pires que, em 1897 se transfere para Belo Horizonte, recém inaugurada "Nova Capital". Nesse mesmo ano um filhinho de Aurélio Pires fica gravemente enfermo e ele recorre a Cícero Ferreira para o tratamento da criança "Salvo o doentinho estabeleceu-se logo entre o médico e o pai do mesmo uma simpatia que é nos espíritos sinérgicos prenuncio de camaradagem próxima".3 Assinando artigos na impressa local e no Rio de Janeiro com o próprio nome ou usando pseudônimos (Averrhaes, Avicenna e Berzelius) em réplicas e tréplicas em diferentes jornais principalmente no Rio, onde vozes ferozes protestaram contra a criação de uma escola de Medicina em Belo Horizonte (Minas Gerais, O Commercio, o Diário de Minas, a Gazeta, a Peleja, a Gazeta de Notícias e Jornal do Comércio do Rio, etc.).
Aurélio rebate os argumentos contrários a fundação da escola mineira convincentemente, porém, seus opositores (Alberto Torres entre outros) voltam a carga contrários a criação de uma escola em Belo Horizonte, por vezes enaltecendo o clima da cidade, o aspecto saudável dos habitantes a escassez de cadáveres, a pequena população da cidade, etc. Nosso paladino não recuou, não esmoreceu, e aqui unido a Cícero Ferreira, Cornélio Vaz de Melo, Olyntho Meirelles, e outros prossegue a luta sem trégua com os olhos fitos no ideal da criação de uma Escola Médica culminando com a reunião de julho de 1810. Em 1910 Belo Horizonte tinha aproximadamente trinta mil habitantes.
Acompanhando Aurélio Pires3 entramos na 4ª. fase histórica da Fundação da nossa Faculdade de Medicina reproduzindo as reuniões que se sucederam entre 1910 e 1911 criando a nossa Faculdade de Medicina com os seus respectivos fundadores. (Figuras 4 e 5)
Durante o VI Congresso Médico realizado em São Paulo (setembro de 1907) foi escolhida Belo Horizonte para sede do VII Congresso a realizar-se em 1912 sob a presidência do Prof. Cícero Ferreira que aquiesceu em ser o presidente do conclave após ter obtido promessa formal de apoio e auxílio direto do Dr. Afonso Penna Presidente da República (Belo Horizonte foi escolhida para homenagear o Presidente da República). Com o infausto e prematuro do falecimento do Presidente da República (14 de agosto de 1909 e pressentindo a falta de apoio material para a realização do certame o Prof. Cícero Ferreira declinou da realização do congresso em Belo Horizonte. Nova carga contra a fundação da Faculdade de Medicina de Belo Horizonte estampada no Jornal do Commércio do Rio (Edição da tarde de 06/07/1911) rebatida no mesmo dia por Aurélio Pires.
Em 30 de julho de 1911, na Av. Mantiqueira (na ocasião rebatizada de Av. Oswaldo Cruz) e após a morte do Prof. Alfredo Balena Diretor da FM (23/12/1949) renomeada de Av. Prof. Alfredo Balena em terreno do Parque Municipal, foi adquirido da Prefeitura Municipal pelo preço de quinze contos de reis descontados da verba de vinte e cinco contos de reis votada pelo Conselho Deliberativo como auxílio a nova Instituição. Foi lançada a pedra fundamental do Edifício da Faculdade de Medicina com a presença do Presidente Bueno Brandão, Secretários de Estado, Prefeito da Capital, etc, mas principalmente o Paraninfo da Solenidade Prof. Miguel Couto, saudado pelo Prof. Cícero Ferreira. Em sua alocução o nosso inesquecível arquiatra aplaude calorosamente a criação da FM de Belo Horizonte cumprimentando efusivamente o Presidente Bueno Brandão e também expõe argumentos rebatendo as críticas dos opositores à nova Instituição. O edifício foi orçado em dois mil e oitocentos contos de reis sendo a planta do Arquiteto Izidro Monteiro.
Em 1912 no dia 08 de abril foram abertos os cursos no Palacete Thibau (Figura 6) com Aula Inaugural do Dr. Zoroastro Alvarenga subordinada ao tema : "Coordenadas Estáticas do Corpo Humano".
Estavam inscritos 113 alunos:
104 no curso de Medicina
006 no curso de Farmácia
003 no curso de Odontologia
Em 25 de março de 1913 Aurélio Pires é nomeado Prof. de Toxicologia e convidado para lecionar Farmacologia por estar em gozo de licença o respectivo catedrático.
No dia 08 de setembro de 1914 foi solenemente inaugurado o novo Edifício da Faculdade de Medicina pelo Dr. Júlio Bueno Brandão, Presidente do Estado (deixou o governo neste mesmo dia) e grande benfeitor da Faculdade de Medicina, colocando-se no saguão de entrada, uma placa de bronze em sua homenagem.
Em 1915 a cadeira de Toxicologia é anexada à de Química Analítica. Foi o Prof. A. Pires transferido em 11 de abril para a cadeira de Farmacologia que se vagara por ter o catedrático Olyntho Meirelles, sido transferido para a cadeira de Terapéutica.
Em 1916 realizaram-se vários concursos para professores catedráticos e substitutos.
PRIMEIRA TURMA DE MÉDICOS
Em 20 de fevereiro de 1918 a FM foi equiparada aos institutos congêneres do país. (Portaria de 21 de março pelo Conselho Superior de Ensino).
Em 02 de julho de 1918 a Faculdade de Medicina deliberou participar nas responsabilidades do Brasil em face da Guerra Mundial, prestando no dia 31 de julho homenagens especiais aos seus representantes junto à Missão Médica Brasileira que partiu para França em agosto deste ano a fim de prestar serviços profissionais aos aliados.
Em 12 de abril de 1919 ocorre uma Sessão Sole-ne da Congregação da Faculdade de Medicina para receber os participantes da Missão Médica Brasileira que regressou da Europa. A foto ao lado mostra placa alusiva a efeméride Semper Laus Honor Nomenque Vestrum in Ore Manebunt. (Figura 9)
Componentes da missão médica mineira:
Prof. Dr. Eduardo Borges da Costa
Prof. Dr. Renato Machado
Dr. Tavares de Lacerda
Dr. Salomão de Vasconcelos
Dr. José Camilo de Castro Silva
Doutorando Luiz Adelmo Lodi
Em 4 de julho de 1920 é inaugurada a primeira instituição hospitalar da Faculdade de Medicina batizada com o nome de Hospital São Geraldo sendo orador oficial da inauguração o Prof. Aurélio Pires. (Figura 10)
Jornal Radium órgão do Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina contendo em sua primeira página o necrológio do fundador e primeiro Diretor da Faculdade de Medicina Prof. Cícero Ferreira, que não pôde participar da inauguração do Hospital São Geraldo por estar enfermo, vindo a falecer em 14 de agosto de 1920. (Figuras 11 e 12).
PROF. CÍCERO FERREIRA
O Prof. Cícero Ribeiro Ferreira Rodrigues nasceu em Bom Sucesso (09/02/1861), sendo filho do Major Francisco Ferreira Rodrigues Jr. e de Dona Messias de Castro Ferreira. (Figura 13)
Casou-se com D. Laura das Chagas Ferreira sua prima irmã e, do outro lado, prima irmã de Carlos Chagas.
Faleceu em sua casa cercado pela família e assistido pelo Dr. Alvaro de Barros, seu colega e professor da FM em 14/08/1920.
Fez o curso primário em Bom Sucesso, o secundário em Ouro Preto, aqui "estudante notável" ( Testemunho de Bernadino de Lima, seu colega).
Matriculou-se na FM do Rio de Janeiro em 1880, formando-se em 1885. Entre seus colegas mais ilustres estão Chapot-Prevost, Azevedo Sodré e Miguel Couto e para este apresentando uma sucessão de vitórias e de prêmios coroada pela sua tese: "Da influência que exercem as moléstias do coração sobre o fígado e reciprocamente a deste orgão sobre o centro circulatório".
Inicia suas atividades profissionais em São Sebastião da Estrela e Bom Despacho. Suspeita-se doente do pulmão e resolve transferir-se para cidade de bom clima (Poços de Caldas ou Curral Del Rey). Decidiu-se para esta última e aqui aportou em 17/08/1894 (aos 33 anos). Inicialmente era o único médico de Curral Del Rey. É quase impossível descrever suas atividades aqui como médico higienista (incialmente foi primeiro escriturário da 1ª e depois da 3ª divisão e era encarregado da seção de fotografia e meteorologia) trabalhando inicialmente sozinho.
Eis algumas de suas realizações:
Drenagem e escoamento das águas estagnadas.
Cemitério provisório no local onde é hoje o orfanato Santo Antônio. Posteriormente transferido para o cemitério definitivo (Bonfim).
Matadouro e higiene dos animais sacrificados.
Museu e Biblioteca da cidade.
Fundador da Santa Casa inicialmente instalada em barracas.
Com Aurélio Pires funda a Sociedade de Medicina e Cirurgia.
Bate-se para que seja instalada aqui uma filial de Manguinhos (Governo de Francisco Sales).
Trabalha para organização de um laboratório de análises e de um hospital de isolamento (Governo de Wenceslau Braz).
Diretor de Higiene Municipal de 1896-1906.
Professor de Medicina Pública da Faculdade de Direto.
Instala na FM um Hospital de Emergência durante a gripe espanhola(1918).
Instalou e inaugurou o Hospital São Geraldo (4 de julho de 1920).
Ele era "a pureza, a modéstia, a abnegação, o desinteresse, a tolerância, a doçura, a generosidade, o sacrifício e a justiça" (Aurélio Pires).3
No leito de morte sua última lição: "Estoicismo e serenidade". Para Pedro Nava
"Deixou à sua família de sangue a glória do seu nome. Deixou a nós, filhos desta casa, e sua família espiritual a grandeza do exemplo".
No último relatório anual como Diretor da FM ele assim se expressa:
No jardim em frente a entrada da FM encontra-se o busto do Prof. Cícero Ferreira. A inscrição vista no pedestal logo abaixo do busto está reproduzida do monumento. (Figura 14)
Em janeiro de 1921 a Faculdade de Medicina e o Instituto de Proteção e Assistência a infância de Belo Horizonte fazem um acordo para instalar no Hospital São Vicente de Paulo, as Clínicas Pediátrica Médica e Cirúrgica (A Faculdade de Medicina se obriga a pagar um auxílio de 20 contos de réis para o Hospital).
A figura 15 estampa foto histórica da fundação da Universidade de Minas Gerais: A foto foi tomada no Palácio da Liberdade em 07 de setembro de 1927 vendo-se em primeiro plano o Presidente do Estado Antonio Carlos Ribeiro da Andrada assinando o decreto de sua fundação. Na foto aparecem vários professores não apenas da FM mas das outras três unidades que compuseram inicialmente a Universidade. (Direito, Engenharia e Odontologia e Farmácia).
A seguir apresentamos fotos históricas da fundação do Instituto de Radium (Hoje Instituto Borges da Costa em homenagem ao seu fundador) bem como da visita de Madame Curie a Belo Horizonte no jardim em frente ao Instituto. (Figuras 17 a 19)
Na figura 19 documentamos as assinaturas de Marie Sklodowska Curie e de sua filha Irene Curie bem como do Presidente do Estado Dr. Antonio Carlos Ribeiro de Andrada com a data 29 de Nov. de 1926.
Em 21 de agosto de 1928 é lançada a Pedra Fundamental do Hospital de Clínicas (HC) em terreno da Faculdade à Av. Oswaldo Cruz supomos que essa avenida chama-se Av. Mantiqueira que, após a morte do Prof. Alfredo Balena em 22/12/1949, passou a denominar-se Av. Prof. Alfredo Balena). Presentes na inauguração o Presidente Antônio Carlos, o Arcebispo de Belo Horizonte D. Antônio do Santos Cabral e o Magnífico Reitor da UMG Francisco Mendes Pimentel.
Foi criado um fundo especial de 4 mil contos de reis para o aparelhamento da Universidade, isto é, construção de sua sede, construção do Hospital de Clínicas da FM bem como aquisição de laboratórios e material de ensino médico.
No dia 17 de dezembro do mesmo ano aparece no relatório anual da Diretoria da FM um voto de louvor ao Prof. José Baêta Vianna, organizador da biblioteca (que hoje tem seu nome). Sonho do Prof. Antônio Aleixo (sessão de 1º de março de 1912).
Em 22 de janeiro de1930 um Decreto do Presidente da República Washington Luiz Pereira de Souza outorga a UMG autonomia econômica, didática e administrativa.
Em 18 de novembro do mesmo ano ocorre no Salão nobre da Faculdade de Direito, uma sessão do Conselho Universitário, para apreciar o Decreto Federal 19404 de 14/11, concedendo promoção por freqüência sem a realização de exames capazes de permitir a avaliação do preparo dos alunos. A justificativa do decreto referido foi a situação anormal do país (crise política e revolução de 1930 que abalaram o país no segundo semestre deste ano). Grave conflito ocorreu na sessão perdendo a vida o universitário José Ferreira Viana.
Os Professores Alfredo Balena e Zoroastro Passos foram contrários ao decreto e Aurélio Pires a favor. A congregação da FM ratificou os votos dos dois primeiros contrários a promoção sem exames. Mendes Pimentel pede exoneração do cargo de Reitor da UMG.
Em 17 de dezembro a congregação da FM expressa integral solidariedade ao reitor e pesar pela sua renúncia irrevogável enfatizando seus predicados de cultura e patriotismo.
Em 1931 um despacho esdrúxulo do Governo Federal endereçado ao interventor da Universidade caça a autonomia da UMG.
Veemente protesto contra este ato sumário e inopinado foi feito em sessão da congregação pelo Prof. João de Melo Teixeira.
Nesse mesmo ano foi aprovada pela congregação a reforma do Ensino Medico instituindo-se os departamentos englobando várias disciplinas. Apresentamos abaixo a organização dos departamentos com as suas respectivas disciplinas bem como a criação de cursos complementares.
Em 1932 o Hospital São Vicente de Paulo é oficialmente anexado a FM, assim constituindo o núcleo do seu futuro Hospital das Clínicas (Sessões de 23/11 e 07/12).
Como ocorreu no primeiro conflito mundial (1914-18) a Faculdade de Medicina foi representada na segunda grande guerra de 1939-45 pelo Prof. Amilcar Vianna Martins convocado em 27/08/1944 para integrar a Força Expedicionária Brasileira (FEB). A guerra termina em 08/05/1945 e em 15 de junho do mesmo ano regressa ao Brasil o referido professor condecorado com a medalha da cruz de guerra e da campanha da FEB. (Figura 20)
Na presente resenha histórica é nosso escopo focalizar os principais eventos que marcaram a fundação e seus primeiros anos. Vamos agora apresentar algumas efemérides que pareceram-nos mais importantes: seguramente algumas escaparam a nossa observação e reiteramos nossas escusas mencionadas na introdução. Do final da 2ª. grande guerra saltamos para 1949 quando foram federalizadas separadamente a UMG e a FM. Assim a Lei 971 (17/12/1949) federaliza a FM em conjunto com as outras Escolas. A Lei 976 (17/12/1949) federaliza isoladamente a FM Pela Lei 1254 (04/12/1950) a FM é reintegrada a UMG (prevalece a Lei 971). Não conseguimos obter dados referentes a fundação do Diretório Acadêmico, porém, com a morte do saudoso Prof. Alfredo Balena em 23 de dezembro, o DA toma o nome do renomado Professor, um dos últimos remanescentes dos fundadores da FM.
Dos fundadores da FM o último sobrevivente foi o Prof. Samuel Libanio falecido em 02 de setembro de 1969.
ASSOCIAÇÃO DO EX-ALUNOS DA FM
Esta associação sonhada em 1938 pelo Prof. Baeta Vianna só se concretizou em 10/12/1946, quando o Prof. Baeta Vianna conseguiu reunir um representante de cada turma de ex-alunos em almoço no Grande Hotel da Cidade, custeado por ele mesmo. Em 09/12/1956 os estatutos foram aprovados e eleita a primeira diretoria: Presidente: Prof. José Geraldo Albernaz, sendo patrono da associação o Prof. J. Baeta Vianna que se empenhou pela sua criação desde 1938.
Não poderíamos deixar de apresentar estas duas fotografias históricas (14.06.1958) tomadas antes da demolição do velho edifício (inaugurado em 08 de setembro de 1914 pelo Presidente do Estado Dr. Júlio Bueno Brandão que deixou a presidência do Estado nesse mesmo dia sendo um benemérito da nossa FM. No saguão de entrada do velho edifício havia uma placa de bronze expressando o agradecimento da Escola ao seu benfeitor. (Figuras 21 e 22)
Sendo o Diretor da FM por um decênio (194959) o Prof. Luiz Adelmo Lodi obtem verbas federais que lhe permitiram remodelar os edifícios da Escola, construir o pavilhão Alfredo Balena (primeiro bloco do futuro Hospital das Clínicas), remodelar o Hospital São Geraldo, a construção do Diretório Acadêmico, bem como a remodelação da Biblioteca Baeta Vianna: Isto ensejou várias mudanças no ensino permitindo iniciar a pós-graduação na FM em novos moldes. Assim por exemplo o Hospital São Geraldo acrescido de um terceiro andar em ambos os pavilhões (construído com verba extra obtida por Milton Campos acolhendo dramático pedido de Hilton Rocha) inaugura a primeira residência médica no dia 01 de abril de 1959. No capítulo referente ao Hospital São Geraldo (DOO) encontram-se as características pioneiras da residência médica em oftalmologia.
Entre 1965 e 1970 ocorrem profundas transformações na estrutura da Universidade e, consequentemente em nossa FM com graves repercussões na organização e no desenvolvimento de nossa Escola.
Vamos telegraficamente enumerá-los tecendo al-guns comentários complementando aqueles mencionados pelo Prof. Tonelli em seu magnífico trabalho "Implantação do novo currículo médico a UFMG - Visão Crítica".4 Entre 1964 e 1970 o número de alunos de nossa Escola passou de 60 para 320 com inegável prejuízo para o ensino (absoluta falta de condições materiais e hospitalares bem como de professores).
A redução do currículo de 6 para 5 anos em caráter experimental não deu certo por promessa não cumprida de recursos: felizmente o currículo voltou no ano seguinte aos 6 anos.
A criação dos "Institutos Centrais" (em nossa escola ICB) amputando o curso de Medicina reduzido a 8 períodos (os 4 primeiros feitos no ICB). Inicialmente o ICB ficou no Edifício Central da FM ("campus" da saúde) por aproximadamente 10 anos.
Implantação do novo currículo em 1968 com extinção da cátedra e sua substituição pelos Departamentos com chefia eleita por voto (duração de 2 anos) permitindo-se a recondução (inicialmente uma recondução).
A Lei 4024 de 20.12.1961 estabelece seriação nova nos cursos:
Graduação.
Pós-graduação - diplomados em graduação.
Especialização - diplomados em graduação - como se a especialização não fosse uma pós-graduação?
Extensão - aberta a candidatos que satisfaçam os requisitos exigidos.
A pós-graduação com mestrado e doutorado (duração de 3 anos cada e em regime de D.E.) e a carreira universitária centrada nesta pós-graduação aboliu a livre-docência equiparando-a ao doutorado, e ainda subordinando a especialização às FM e a pós-graduação (mestrado e doutorado) à Universidade e credenciada pelo Conselho Federal de Educação.
Como assinalou na época o Prof. Hilton Rocha o legislador estabelece o mestrado para todas as especialidades médicas cometendo grave equívoco por não saber que o mestrado é patrimônio das cadeiras básicas e corresponde à residência médica das cadeiras clínicas.
O doutorado vem após o mestrado tanto nas cadeiras básicas (após o mestrado) como nas cadeiras clínicas (após a residência).
É um grave equívoco um absurdo mesmo equiparar-se uma Livre-Docência a um doutorado: esta é um degrau muito acima de um doutorado na seriação da carreira universitária.
Em 26 de agosto de 1970 foram criados 9 Departamentos em nossa Escola (cada um deles com duas ou mais disciplinas) sendo que o Departamento de Clínica Médica abrangia 12 disciplinas (totalizando na época 122 professores) e o Departamento de Cirurgia com 39 professores.
O decreto nº 64.086 de 11.02.1969 implanta o tempo integral com D.E. para a carreira do magistério superior federal (o que nunca foi cumprido aqui).
O novo currículo (contínuo de Jan. a Dez.) aprovado pelo Colegiado do Curso Médico em 19.09.1974 com implantação prevista para 1975 com treinamento dos alunos essencialmente ambulatorial integrado à rede assistencial, sem aulas teóricas, sem participação dos serviços especializados e o ensino fundamental nos grupos de discussão (GD). Durou pouco tempo voltando ao calendário normal com férias em julho e dezembro - janeiro.
O novo currículo implantado entre 1974-78 "repercutiu como uma revolução no ensino e com sérias dificuldades a vencer"3 e com polarização dos docentes: um grupo favorável (1º) e outro contrário (2º) ao novo currículo. O primeiro formado pelos alunos o D.A.A.B. e alguns jovens professores era temeroso de que os ex-catedráticos, os atuais professores titulares e docentes titulados (2º) procurassem prejudicar a implantação do novo currículo. Este grupo (2º) foi responsável por colocar na década anterior (1955-65) nossa Faculdade entre as melhores do país, sendo esta a década áurea de nossa Escola. Estes dois grupos cunhados de "progressistas" (1º) e "retrógrados" (2º) lutaram entre si: os primeiros tentando impedir a participação dos segundos no ensino e estes sentindo-se alijados pelo novo currículo.
No ano de 1980 a FM e o HC perderam importantes unidades hospitalares (Hospital da Cruz Vermelha, Hospital Borges da Costa e o Hospital Carlos Chagas este transformado em Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia). Foram perdas lamentáveis para a FM que, mesmo antes da perda destas unidades, não conseguia ministrar ensino adequado para 320 alunos. O Hospital Borges da Costa foi ocupado desde 1980 por estudantes da UFMG que o transformaram em moradia de estudantes (felizmente alguns anos atrás a Universidade recuperou o prédio reintegrando-o ao HC).
Para os interessados em conhecer em minúcias os fatos ocorridos nesse período recomendamos a leitura do relatório do Prof. Tonelli de 1990.
UMG → 1965 → UFMG
A Lei n 2759 de 20 de agosto de 1965 dispõe sobre a denominação e qualificação das Universidades e Escolas Técnicas Federais: Elas passam a ser qualificadas de federais e terão a denominação dos respectivos Estados, assim a UMG passa a chamar-se UFMG.
Lei nº 53 de 18/11/1966 instituição dos "Institutos Centrais". No nosso caso a FM perdeu suas cadeiras básicas, transferidas para a Pampulha para integrar o Instituto de Ciências Biológicas:
Anatomia, Histologia, Fisiologia
Farmacologia, Microbiologia
Parasitologia, Patologia Geral
Grande Perda para a Faculdade de Medicina
O Decreto-Lei nº 252 de 28/02/1967 extingue as Cátedras criando os departamentos que irão constituir a menor fração estrutural da FM e de outras instituições da Universidade.
Episódio extremamente desagradável ocorreu durante a ditadura envolvendo o Diretor da FM da época e um grupo de alunos em 04 de maio de 1968. Abaixo segue carta aberta de professores e auxiliares de ensino da FM lamentando o episódio que felizmente terminou sem mortes.
Pela figura 23 pode-se aquilatar o aumento absurdo do número de vagas em nossa Escola no primeiro ano entre 1961 e 1975 com graves repercussões negativas para o ensino
Internato Rural - Implantado em janeiro de 1978. Estágio obrigatório trimestral com alunos do 11º período do curso Médico, com convênios entre a UFMG, Secretaria de Estado da Saúde e Prefeituras Municipais.
ASSOCIAÇÃO DO PROF. SÊNIOR
Em 05/12/1983 o Prof. Tancredo A. Furtado, dire-tor da FM aliado a um grupo de Professores aposentados, instala no Edifício da FM a sala do ex-professor. Em sessão no dia 21/02/99 um grupo de ex-professores elege a primeira diretoria encabeçada pelo Prof. J. Romeu Cansado que por motivos particulares não pode participar dos primeiros trabalhos passando o cargo ao vice-presidente, Prof. Geraldo Guimarães da Gama. Posteriormente a sala passou a ser a sala do Prof. Sênior da FM.
DIRETORES DA FM DESDE SUA FUNDAÇÃO
1. Cícero Ribeiro Ferreira Rodrigues 1911 - 1920
2. Eduardo Ribeiro Borges da Costa 1920 - 1926
3. Hugo Furquim Werneck 1926 - 1928
4. Alfredo Balena 1928 - 1933 / 1935 - 1949
5. Antônio Aleixo 1933 - 1934
6. Olintho Deodato dos Reis Meirelles 1934 - 1935
7. Luiz Adelmo Lodi 1949 - 1959
8. Oscar Versiani Caldeira 1959 - 1970
9. José Pinto Machado 1970 - 1972
10. Clovis Salgado Gama 1973 - 1975
11. Luiz de Paula Castro 1976 - 1980
12. Cid Veloso 1980 - 1982
13. Tancredo Alves Furtado 1982 - 1986
14. Benedictus Philadelpho de Siqueira 1986 - 1990
15. Enio Roberto Pietra Pedroso 1990 - 1994
16. Edison José Corrêa 1994 - 1998
17. Marcos Borato Viana 1998 - 2002
18. Geraldo Brasileiro Filho 2002 - 2006
19. Francisco José Penna 2006
Acima temos a lista de todos os nossos diretores desde o Prof. Cícero Ferreira nosso fundador e o atual Diretor Prof. Francisco José Penna.
Nossa palestra se encerra com pensamentos de dois professores que viveram intensamente a vida universitária e, do mesmo modo, inspiradores do papel que a Universidade exerce na Sociedade e no País.
Daniel Gilman foi o primeiro Presidente da Johns Hopkins, uma das Universidades mais importantes dos EUA: ele retrata bem o compromisso da Universidade na formação do Homem para a Sociedade.
William Osler, canadense, americano e inglês, terminou sua carreira universitária em Oxford agraciado com o título "Sir" do então "British Empire." Osler espelha com este pensamento o papel que nossos fundadores com atos heróicos tiveram na construção e na condução desta casa. E como diz bem Osler são seus nomes, suas condutas e seus sacrifícios que fizeram o nosso panteão de glória e heroísmo. Alguns tropeços na caminhada contribuíram para o engradecimento desta casa. Não esqueçamos também que os sucessores de nossos bandeirantes contribuíram para manter o legado recebido e projetá-lo para o futuro. E este legado precioso construído com suor e sangue é o que devemos todos transmitir incólume aos nossos pósteros.
PAPEL DA UNIVERSIDADE
Daniel C. Gilman, primeiro Presidente da Universidade Johns Hopkins:
O papel da Universidade é desenvolver o caráter - Fazer Homens. Ela frustra sua missão se forma pedantes decoradores ou artesãos simplórios ou sofistas ardilosos ou práticos pretensiosos. Seu alvo não é tão somente transmitir conhecimentos a seus alunos, mas também aguçar a inquietude intelectual, exibir métodos, desenvolver aptidões, estimular o julgamento, fortificar o intelecto e as forças morais. Deve preparar para o serviço da Sociedade uma classe de estudantes que deverão ser sensatos pensantes, guias avançados em qualquer setor de trabalho ou de pensamento em que estejam comprometidos.
A GRANDEZA DA UNIVERSIDADE
Osler Sir W. Aequanimitas 3th Ed. Mc Graw-Hill Book Co. New York Toronto London.
O grande patrimônio de qualquer Universidade são seus grandes nomes. Não são o orgulho, a pom-pa e a circunstância de uma instituição que trazem Honra, nem sua opulência, nem o número de suas escolas, nem os estudantes que pululam seus edifícios, mas os Homens que palmilham o espinhoso caminho do trabalho ainda que através de agruras para permanecer serenamente no pedestal da Fama elevando-se "como estrelas para atingir o seu ápice."
REFERÊNCIAS
1. Pieruccetti F. Em Minas, o início do ensino médico no Brasil. Rev Med Minas Gerais. 1992;2(3):191-2.
2. Salles P. História da Medicina no Brasil. 2ª ed. Belo Horizonte: Coopmed; 2004. p. 108-9.
3. Pires A. Faculdade de Medicina de Bello Horizonte (Subsídios e documentos para a história da fundação da mesma). Belo Horizonte: Imprensa Oficial; 1927.
4. Tonelli E. Implantação no Novo Currículo Médico da UFMG - Visão crítica (Subsídio ao VI Seminário de Ensino e ao melhor conhecimento dos problemas da Faculdade de Medicina e do Hospital das Clínicas). Boletim Informativo Campus da Saúde, março, 1990.
5. Campos MM. Cinqüentenário da Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais. 1911-1961. Notas - Informações - Comentários. Belo Horizonte: Imprensa Universtária; 1961.
6. Corrêa EJ, Gusmão SNS. 85 anos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte: Coopmed; 1996. 206p.
7. Rocha H. Sexagésimo aniversário da Faculdade de Medicina da UFMG (1911-1971). Notas - Informações - Comentários. Belo Horizonte: FM/UFMG; 1971.
8. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Medicina. Departamento de Oftalmologia. Cinqüentenário do Hospital São Geraldo. Belo Horizonte: MF/UFMG; 1970.
* Palestra proferida na inauguração das festividades comemorativas do centenário da Faculdade de Medicina - 26 de março de 2010.
* Há uma coincidência muito significativa entre o Colégio Apostólico do Novo Testamento e São Paulo e os nossos doze fundadores acrescidos de Aurélio Pires.
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