RMMG - Revista Médica de Minas Gerais

Volume: 21. 1

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Carta ao Editor

Saudação aos colegas mé dicos da turma de 1965 (Oração aos velhos)*

Psiquiatra e Psicanalista. Membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise. Preceptor da Residência de Psiquiatria da FHEMIG (1968-1993). Belo Horizonte, MG - Brasil

Endereço para correspondência

Rua Matias Cardoso, 11, cj. 301 Bairro: Santo Agostinho
Belo Horizonte, MG - Brasil, CEP: 30170-050
E-mail: paes.barreto@globo.com

Recebido em: 11/02/2011
Aprovado em: 16/02/2011

Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Medicina. Belo Horizonte, MG - Brasil

 

Caro Prof. Ênio Pietra,

A Revista Médica de Minas Gerais - RMMG - tem-se distinguido pela publicação de artigos científicos, principalmente voltados para a realidade mineira e nacional.

Creio, porém, haver lugar, vez por outra, para publicações comemorativas.

A Faculdade de Medicina da UFMG completa 100 anos, e a minha turma, que ingressou em 1961, é a 50ª.

Em dezembro último, em São Lourenço, fui escolhido para saudar os 50 anos de convivência, e o resultado é a ORAÇÃO AOS VELHOS, que lhe envio anexo.

Respeitosamente, faço minha saudação candidata à publicação pela RMMG.

Um cordial abraço,

Francisco Paes Barreto

 

SAUDAÇÃO AOS COLEGAS MÉDICOS DA TURMA DE 1965 (ORAÇÃO AOS VELHOS)*

Em 2011, a Faculdade de Medicina da UFMG completa um século de existência. É uma data linda.

A turma que ingressou em 1961 foi a quinquagésima. Alcançamos, em março de 2011, 50 anos de convivência. É também uma belíssima data.

Há tempos escrevi um artigo com o título "O dia mais feliz da minha vida". Desse dia lembrar-me-ei, para sempre, como se fosse hoje: 09 de março de 1961, quando soube da minha aprovação no vestibular para Medicina da UFMG. Minha vida nunca mais foi a mesma.

Creio que o mesmo aconteceu com a maioria dos colegas. Naquela época, suponho que hoje menos, uma conquista dessa natureza constituía um trunfo existencial precioso.

O que azedou um pouco a nossa vitória foi o trote que recebemos. Tão brutal que deixou marcas indeléveis. Qual a nossa reação? Numa decisão cuidadosamente costurada, abolimos a tradição do trote. Em seu lugar, criamos uma festa de recepção e boas-vindas aos calouros.

Outra consequência da selvageria do trote foram as nossas reuniões de congraçamento. Assim se instituiu a poderosa Comissão de Festas Familiares, ou COFESFA, que trabalha contínua e incansavelmente já há 50 anos.

Muitos acreditam que a violência do trote nos fez unidos. Não creio nisso. Ela foi o pontapé inicial. Uma união de meio século, no entanto, requer outros ingredientes para justificar-se.

Estávamos no início dos anos 60, nos anos dourados, e esse aspecto tem grande peso para a história de nosso grupo. Vivíamos uma época de grandes transformações, em praticamente todos os campos de nossa cultura: na Economia, na Política, na Arte, na Ciência, na Religião, na Filosofia. Ebulição que nos atingiu em cheio.

Com efeito, a agitação chegou aos movimentos estudantis. Paralelamente, teve início a emancipação das mulheres e sua consequência próxima, a liberação dos costumes.

No Brasil, o entrechoque entre forças subversivas e conservadoras trouxe o golpe de Estado e a ditadura militar. Cabe, agora, a pergunta: no caldeirão dos acontecimentos, como ficou a nossa união, como ficou o nosso congraçamento?

A COFESFA não apenas sobreviveu a tudo isso, como também prosperou com firmeza, criando laços de amizade cada vez mais fortes entre nós. Além de festas, programou excursões e organizou outras atividades, como, por exemplo, o futebol. Nosso time principal foi, várias vezes, campeão da Faculdade de Medicina e teve o seu goleiro (Marcial) convocado para a seleção brasileira. Sensacionais também foram as exibições do time reserva, o Reborreia, com falta de talento e excesso de graça. A pujança da COFESFA foi tal que criou uma subsidiária, a Comissão de Festas Não Familiares (COFESNONFA), para os que faziam festa depois que a festa acabava.

A Faculdade de Medicina constituiu, para nós, uma segunda casa. Ali passávamos a maior parte de nossas horas, ali conhecemos muitos de nossos melhores amigos, ali aprendemos com muitos de nossos melhores professores. O curso médico, nas suas cadeiras básicas, foi primoroso. Quem não se lembra das aulas de anatomia do sistema neural, do Prof. Ângelo Machado, de histologia, do Prof. Rangel, de anatomia patológica, do Prof. Bogliolo? Como não agradecer o privilégio de passar pelo ensinamento de fisiologia do Prof. Beraldo, de bioquímica, do Prof. Baeta Viana, de parasitologia, do Prof. Amílcar Viana, de microbiologia, do Prof. Peres? E nunca é demais recordar como fomos introduzidos na clínica por mestres do nível de João Galizzi, de Caio Benjamim Dias, de Romeu Cançado e, no Pronto-Socorro, de Célio de Castro.

Quando nosso curso se aproximou do fim, uma novidade tornou nossa turma, uma vez mais, especial. A reforma do ensino médico de nossa Faculdade reduziu o curso para cinco anos e a nossa turma foi a primeira a concluir no novo prazo, em dezembro de 1965.

A preparação para a formatura foi cuidadosa. Além das homenagens, das solenidades e do baile, a escolha do orador foi criteriosa. Cada candidato (ao todo, foram cinco) leu seu discurso para toda a turma. Após o primeiro escrutínio, houve uma segunda votação para escolha entre os dois primeiros colocados, que definiu o orador. Fomos os precursores do segundo turno, no Brasil... Tive a honra de falar em nome dos colegas. Meu discurso, cujo título foi "Conceito Humanista de Saúde", deixou lembranças.

Finda a festa, a diáspora. Cada um seguiu seu rumo. Muitos permaneceram em Belo Horizonte. A maioria, porém, seguiu para outras cidades mineiras, para outras cidades brasileiras, para o exterior. As vocações diversificaram-se. Os colegas destacaram-se nas mais variadas áreas do nosso ofício: na saúde pública e na vida universitária; nas clínicas privadas e nos serviços públicos; na alopatia e na homeopatia; na bioquímica e na genética; na clínica médica e na pediatria; nas análises clínicas e na radiologia; na cardiologia e na pneumologia; na ginecologia e na obstetrícia; na cirurgia geral e na especializada; na oftalmologia e na otorrinolaringologia; na ortopedia e na reumatologia; na anestesiologia; na oncologia; na dermatologia; na endocrinologia; na neurologia; na psiquiatria e na psicanálise.

Engana-se, porém, quem supõe que a antiga união se dissipou. Ao longo dos anos, à medida que os colegas seguiram o seu caminho, constituindo suas famílias e realizando-se na profissão, cultivaram um amor paralelo, mais ou menos assíduo, mais ou menos fiel. O amor incrível por sua turma de faculdade. Que enigma é este, que história é esta que resiste ao tempo, que supera as adversidades, que atravessa a globalização, como se sabe devoradora dos ideais, dos compromissos e das amizades? Que elã recaiu sobre tais criaturas, que laços foram capazes de man-tê-las sintonizadas, que mistério existe na fortaleza de seu espírito de grupo?

Vamos aos dados. Desde a formatura, em 1965, sob a liderança de Eduardo Queiroz e da COFESFA, a turma reuniu-se todos os anos, sem uma exceção sequer, nas proximidades do dia 08 de dezembro, em algum lugar aprazível: Caxambu, Araxá, São Lourenço, Cambuquira, Poços de Caldas, Pirapora, Furnas, Tiradentes, Ouro Preto, Diamantina. Estas são apenas algumas lembranças. Além da reunião anual - sagrada - ocorreram várias outras, nas casas ou nos sítios de colegas. Não há como contabilizá-las; são incontáveis, tanto em número como em riqueza de convívio.

Além de tais reuniões, que são expressões amplas, do ponto de vista coletivo, houve experiências restritas, mais íntimas e mais ricas em termos simbólicos, em que colegas compartilharam momentos inesquecíveis de suas vidas. Tanto na alegria como na dor. Tanto na festa como no sofrimento. Tanto no sucesso como no revés. Cada um de nós sabe bem disso e tem estórias para contar. Não pretendo ir longe, apenas constato os fatos.

Existem dados mais visíveis. A nossa turma possui um jornal, o COFESFA, que começou em 1990 e que já está no número 59. Produzido inteiramente por nós, ele circula exclusivamente entre nós.

Outro dado impressionante: desde 2004, colegas encontram-se religiosamente às sextas-feiras, para um animado jantar, atualmente na Churrascaria Farroupilha, próximo do Diamond Mall. Já houve dia em que compareceram 15 colegas, fora os acompanhantes!

Insistirei agora num ponto trazido à baila no início de minha saudação: o trote foi a pedra fundamental de nossa união, mas ele é incapaz de explicá-la. O edifício que foi construído exige, para se justificar, outros ingredientes. Não fugirei ao desafio.

Na verdade, não há mistério. Basta trazer à tona o que é óbvio, mas nem sempre formulado em termos claros.

Mencionei o meu discurso de formatura. Eu o concluí como se segue.

Colegas!

Mas o que torna nossa vitória realmente bela

É ela não ser somente nossa.

Pertence também

A todos os homens que viveram

A todos os que vivem

E a todos os que nascerão.

Faço, hoje, a autocrítica.

Acreditávamos muito na nossa capacidade de mudar o mundo.

Ela existiu.

Ela existe.

Em certa medida, mudamos o mundo.

Mas, sem dúvida, bem menos do que esperávamos.

Hoje, quando examinamos a história de nossa turma, a lição que podemos extrair é algo mais modesto, que assim resumirei: trata-se de um culto à amizade.

Disse o que disse, cabe agora fundamentar.

Um das bases da amizade é a identificação. Tornamo-nos amigos a partir do que nos torna iguais: a mesma profissão, os mesmos interesses, os mesmos ideais, as mesmas adversidades, e assim por diante. Pode-se dizer que isso explica muito bem o início de nosso convívio. Mas, na minha consideração, houve algo mais.

O laço que nos uniu foi de tal natureza que permitiu entre nós a diferença. Mais do que isso: nossa amizade não só suportou a diferença, como fez dela um atrativo a mais, um ingrediente a mais na sua própria composição. Somos amigos não porque somos iguais, mas, sobretudo, porque somos diferentes. Este é, talvez, o segredo de nossa união, e essa ideia não é minha: aprendi isso ouvindo os próprios colegas.

Darei exemplos, não ficarei no nível abstrato das hipóteses.

Um colega, quando nasceu a sua primeira filha, procurou outro colega, para ser o pediatra da menina. A certa altura, começaram as doenças próprias da infância, uma atrás da outra. Desesperado com a trabalheira que estava dando ao pediatra, o pai da criança tomou uma decisão.

- Escute aqui, meu caro colega. Devido à minha especialidade, é contra minha ética trabalhar sem cobrar, mesmo no caso de atendimento a colegas, razão pela qual fico constrangido ao lhe dar tanto trabalho, sem que você cobre os honorários. Assim sendo, exijo-lhe que, a partir de agora, o atendimento à minha filha seja remunerado, pois, senão, terei que procurar outro médico.

O pediatra coçou a cabeça e rapidamente respondeu.

- Pois então você pode procurar outro médico, porque, na minha ética, eu não cobro de meus colegas.

Resultado: o Hassib Dabien foi pediatra não apenas da minha primeira filha, mas, também, da segunda e da terceira. Hoje, são duas médicas e uma advogada, todas formadas pela UFMG, e seus olhos ainda brilham de emoção quando veem ou ouvem falar do Tio Hassib, o pediatra que conquistou seus corações.

Outro exemplo. Quando éramos acadêmicos de Medicina, havia, na Faculdade, um estudante que, devido às suas crenças e suas posições religiosas e políticas, tornou-se duramente rejeitado e hostilizado. A situação chegou a tal ponto que ele trancou a matrícula e pensou em desistir do curso médico. Numa última tentativa, retomou os estudos, ingressando exatamente na nossa turma. O que foi que aconteceu? Ele foi muito bem recebido e em momento algum faltou respeito às suas crenças e posições, por mais que os colegas não concordassem com elas. E, ainda hoje, Francisco Leôncio Cerqueira é um colega querido, que participa ativamente das nossas reuniões e que, há alguns anos, num depoimento emocionante, revelou o que acabei de dizer, e muito mais do que isso.

Um último exemplo. Quando foi instalada a ditadura militar de 64, a nossa turma era um verdadeiro arco-íris, do ponto de vista ideológico, que ia da extrema esquerda à extrema direita. As divergências eram imensas e os debates, acaloradíssimos. Alguns colegas esquerdistas corriam o sério risco de prisão e de tortura. Num certo momento, um deles, temeroso, resolveu esconder-se, pois ouviu fortes rumores de que seria preso a qualquer momento. Nesse contexto dramático, o colega esquerdista foi procurado por outro colega de turma, cuja família era ligada aos militares, e que lhe fez a seguinte proposta.

- Você sabe muito bem que a minha própria casa é um lugar onde os militares nunca irão procurar alguém. Por que você não se esconde lá?

Chicão e Roberto Goes Monteiro nunca concordaram em matéria de política e não há o mais leve indício de que isso venha a acontecer algum dia. Mas, ainda hoje, é possível ver seus olhos marejados de lágrimas quando se lembram desse episódio de suas vidas.

Sim, a nossa turma é um culto à amizade, virtude que está em queda livre, quase em extinção nos dias de hoje. Quantas vezes alguém me confessa: "não tenho um único amigo sequer!"

A amizade não é uma panaceia, mas é um remédio que ameniza certas dores, como as dores da civilização e as dores da existência humana.

A amizade é particularmente valiosa nessa etapa da vida em que ingressamos. Ou seja, a hora H ou o dia D da nossa finitude. Momento em que se aproxima a experiência enigmática por excelência e que nos traz perguntas para as quais nenhum de nós, em sã consciência, sabe a resposta. Por que nos deixou tão cedo, caro Amair Gomide? Nós sentimos a falta de vocês, querida Odília Miguel Ferreira e seu companheiro Élcio, mas vocês sentem a nossa? Onde está agora, amigo Mário Figueiredo?

Para tais perguntas, só há duas respostas: o silêncio ou o imaginário.

Mas a amizade ajuda a suportá-las.

Razão pela qual surgiu a nossa última contribuição institucional: a Comissão de Festas Fúnebres (COFESFUN), que comemora os defuntos de ocasião.

Esta é a nossa turma. Turma tolerante, que aceita intolerantes. Turma diferente, que aceita iguais. Turma de bebedores, que admite abstêmios. Turma de descrentes, que respeita as crenças. Turma de gente séria, que ri da seriedade. Turma de médicos competentes, que ama e xinga a Medicina. Turma politizada, mas sem nenhum consenso. Turma de polígamos: cada um é casado com uma única mulher, mais as mulheres da turma.

Tudo acaba um dia.

Como é que gostaríamos de ser lembrados?

Proponho um epitáfio.

Naquele que seria o jazigo de todos nós, poderia ser lido, em letras delicadas, mas firmes.

À amizade, com carinho.

São Lourenço, 08 de dezembro de 2010.

Francisco Paes Barreto

 

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA TURMA DE 1961-65

50ª turma

1. Alberico Salazar Neto.
2. Alencar Peixoto Júnior.
3. Almir Geraldo Pinto.
4. Altamiro Efigênio dos Santos.
5. Amair Gomide (+1988).
6. Antônio Alves Corgosinho Filho.
7. Antônio Augusto Senra Álvares da Silva (+2000).
8. Antônio Cândido de Lara Duca. (+2010).
9. Antônio de Oliveira.
10. Antônio José das Chagas.
11. Castinaldo Brasil Santos.
12. Célia Lopes de Figueiredo.
13. Celso Ayres Neto.
14. Cid Gibson Hoffman Fóscolo.
15. Conceição Nogueira.
16. Dorinato Jorge.
17. Eduardo Carlos Queiroz.
18. Eliane Maria Coutinho Rocha.
19. Ésio José Guedes.
20. Fábio de Mendonça Porto (+ 2010).
21. Fausto Caldeira.
22. Francisco de Assis Aun.
23. Francisco de Assis Carneiro.
24. Francisco de Assis Machado.
25. Francisco Juarez Ramalho Pinto.
26. Francisco Leôncio Cerqueira.
27. Francisco Otaviano Lima Perpétuo.
28. Francisco Paes Barreto.
29. Frederico Ozanan de Fuccio.
30. Gerson Patron Szklarz.
31. Gildásio Vieirta da Assunção.
32. Gladstone Rodrigues da Cunha Filho.
33. Haroldo Alves Timponi (+ 2008).
34. Hassib Dabien.
35. Jamil Nahass.
36. Jeová Lopes.
37. João Wilson Fernandes Prados.
38. José André de Almeida Júnior.
39. José Bento d’Ávila Couto.
40. José Carlos Câmara.
41. José Félix de Azevedo.
42. José Henrique de Alencar Fontes.
43. José Lagares Barbosa.
44. José Maurício Soares.
45. José Rafael Guerra Pinto Coelho.
46. José Tarcísio Portela.
47. José Vieira do Amaral.
48. Laércio Alcântara Veloso.
49. Lindolfo de Barros.
50. Lucas Ribeiro da Luz (+1994).
51. Lúcio Flávio Albuquerque (+ 1978).
52. Lúcio Flávio de Souza Mesquita (+ 2004).
53. Luiz Carlos Mendes Faleiro.
54. Marcelo Valadares Abreu.
55. Marcial Melo Castro.
56. Marco Aurélio Baggio.
57. Marcos Guimarães Couto.
58. Mário de Figueiredo Soares (+ 2007).
59. Marisalva Campos (+1992).
60. Marly Guedes Couto.
61. Maurício Ladeira de Moraes (+ 2005).
62. Mauro Reis.
63. Ney da Costa Araújo (+ 2001).
64. Nicodemos José Alves de Souza.
65. Nilzo Ribeiro Maciel.
66. Odília Miguel (+2000).
67. Oswaldo Carlos Lacerda Campos.
68. Oswaldo Gomes de Souza.
69. Paulo Borini.
70. Paulo Roberto Dias de Barros.
71. Paulo Roberto Vieira Falci (+1963).
72. Plínio Caldeira Brant.
73. Regina da Costa Val.
74. Rêne Salum.
75. Roberto Assis Ferreira.
76. Roberto Assumpção Gontijo.
77. Roberto César de Góis Monteiro.
78. Roberto Pimentel Dias.
79. Roberto Ramos.
80. Rocival Lyrio de Araújo.
81. Romeu Cardoso Guimarães.
82. Salomão Polakiewicz.
83. Sérgio Nogueira Drumond.
84. Vicente de Paulo Barbosa.
85. Waldir Teixeira do Prado.
86. Walter Guimarães Pinto.
87. Wellington Aurélio Abreu.

 

 

* Correspondência recebida com solicitação de publicação.