RMMG - Revista Médica de Minas Gerais

Volume: 32 e-32406 DOI: https://dx.doi.org/10.5935/2238-3182.2022e32406

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Relato de Caso

Foot drop - an uncommon presentation of FOLFOX toxicity

Tânia Madureira1; Joana Magalhães1; Pedro Bento Vilas2; Beatriz Gosálbez1; Irene Furtado1

Resumo

A quimioterapia com FOLFOX (oxaliplatina, leucovorina e 5-fluorouracilo) é frequentemente utilizada em doentes com cancro colorretal. Os sais de platina são conhecidos por serem uma classe de quimioterápicos que comumente induzem neurotoxicidade periférica. Na toxicidade induzida pela oxaliplatina, os sintomas sensitivos são os mais frequentes. Neste artigo, apresentamos dois casos clínicos de pacientes com adenocarcinoma de cólon, ambos submetidos à quimioterapia com FOLFOX4, e que desenvolveram neurotoxicidade incomum, apresentando pé pendente após o terceiro ciclo de tratamento. Esta manifestação clínica pode ser explicada por dano axonal nos neurônios motores periféricos do nervo peroneal comum (fibular), que fornece inervação motora aos músculos do pé. A paralisia do nervo fibular causa fraqueza súbita nos músculos do pé, que parece ser temporária. Ambos os doentes recuperaram completamente do evento sem necessidade de ajustes no tratamento, nem introdução de medicamentos diferentes. A apresentação de pé pendente como toxicidade da quimioterapia ainda é pouco compreendida. Os casos relatados mostram o pé pendente como uma manifestação grave e incomum de neuropatia induzida por FOLFOX, que pode ser transitória, e não requer necessariamente intervenção específica.

Palavras-chave: Pé Pendente; Oxaliplatina; Neurotoxicidade.

 

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