RMMG - Revista Médica de Minas Gerais

Volume: 23. 4 DOI: https://dx.doi.org/10.5935/2238-3182.20130080

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História da Medicina

Explicações médicas para o mito do vampirismo

Medical explanations for the myth of vampirism

Lennon da Costa Santos1; Lucas Resende Lucinda1; Allan da Costa Santos2; Luciana Diniz Silva3

1. Acadêmico do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Belo Horizonte, MG - Brasil
2. Médico-Residente em Cirurgia Plástica no Hospital Mater Dei. Belo Horizonte, MG - Brasil. Belo Horizonte, MG - Brasil
3. Médica. Professora Adjunta do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG. Belo Horizonte, MG - Brasil

Endereço para correspondência

Lennon da Costa Santos
E-mail: lennondacosta@hotmail.com

Recebido em: 26/09/2011
Aprovado em: 28/11/2013

Instituição: Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Belo Horizonte, MG - Brasil

Resumo

A figura mítica dos vampiros é, sem dúvida, uma das mais intrigantes, sedutoras e horripilantes da cultura popular atual. Esses personagens já habitam há centenas de anos a crença de muitos indivíduos - sendo lembrados pela sua inesgotável sede de sangue e pelo medo que desencadeiam nas pessoas. Durante os anos, tornaram-se figuras presentes em várias representações gráficas, literárias e cinematográficas. Esse fenômeno histórico ganhou diversas teorias nas quais se tentou dissecar a verdadeira origem das lendas sobre esses seres da noite. Este artigo, por meio de uma revisão de literatura, apresenta as tentativas de explicação da origem do vampirismo por meio de abordagem científica.

Palavras-chave: Mitologia; Folclore; Superstições; História da Medicina.

 

INTRODUÇÃO

Vampiros são personagens de ficção, protagonistas de diversos filmes, livros e de demais produções artísticas. Contudo, há alguns séculos eram tidos como ameaça real para muitas pessoas.1 Este artigo foi desenvolvido a partir da revisão de publicações científicas que criaram hipóteses a respeito da origem do mito do vampirismo. Ainda, foi feita a busca das suas possíveis ligações com fatos históricos.

De acordo com Funk and Wagnalls Standard Dictionary of Folklore, Mythology, and Legend1, "vampiros" seriam definidos como mortos-vivos ou corpos sem alma que, a partir do seu local de sepultamento, procurariam sangue dos vivos para beber. A crença em vampiros é cosmopolita, contudo, está fortemente integrada na cultura eslava. Na Hungria, em meados do século XVIII, o rumor sobre vampiros era tao grande que podia ser comparado ao evento da caça às bruxas que ocorreu durante a colonização da Nova Inglaterra.2

Segundo o folclore atual, os vampiros não descansam em suas sepulturas e passam as noites à procura de vítimas nas quais cravarao suas presas e beberao seu sangue. Mas, ao cantar do galo, quando o sol nasce ou quando tocam os sinos da manha, eles retornam aos seus caixoes - a luz do sol seria importante fonte de desconforto para tais criaturas. Sinos, espelhos e alho também são considerados armas efetivas contra os vampiros. De acordo com a cultura popular, qualquer pessoa mordida pelo vampiro se torna um deles após a morte. Nesse processo de transformação, o corpo é preservado da decomposição e o indivíduo mantém a aparência de um vivente com as mucosas vermelhas e manchas de sangue em torno da boca. Essas criaturas só poderiam ser exterminadas decapitadas, queimadas, enterradas ou ao serem atingidas por uma estaca de madeira conduzida através do seu coração, como representado na gravura de Moraine (Figura 1). Com base em conceitos históricos, é possível que relações biológicas existentes entre algumas doenças sejam a base do mito do vampirismo.

 


Figura 1 - Le Vampire. Litografia de R. de Moraine. Extraído do acervo dos Tribunais Secretos - Paris.

 

OBJETIVO

Este estudo tem como objetivo traçar as similaridades entre o quadro clínico encontrado em doenças como a porfiria, a hidrofobia e a pelagra e suas relações históricas e antropológicas como possível explicação biológica para o nascimento do secular mito do vampirismo.

 

MATERIAL E MÉTODO

Foi realizado levantamento bibliográfico nas bases de dados Index Medicus (Medline), U.S. National Library of Medicine National Institute of Health (Pub-Med), Scientific Electronic Library On-line (SciElo), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Portal Periódicos (CAPES), por meio do uso das seguintes palavras-chave: Vampires/Vampiros; Myth/Mito, Folklore/Lenda; History of Medicine/História da Medicina. Foram selecionados os artigos cujas informações foram relevantes para a elaboração deste trabalho de revisão. Os idiomas pesquisados foram o português, o inglês e o espanhol.

 

VAMPIRISMO E A PORFIRIA

De acordo com teoria proposta por David Dolphin3, o mistério dos vampiros teve provavelmente início na Idade Média, na Boêmia. Localização considerada área histórica da Europa central e, atualmente, corresponde em grande parte ao território da República Tcheca. Na Boêmia, várias pequenas comunidades encontravam-se completamente isoladas, seja pela escassez de estradas e dos meios de transporte como, também, pela própria divisão dos feudos. Os indivíduos desconheciam que havia um mundo inexplorado para além dos limites das montanhas que rodeavam seus lugarejos. Essas comunidades eram forçadas a praticar procriação consanguínea, o que acarretou falta de diversidade genética.3

A ausência de diversidade genética nessas aldeias isoladas da Boêmia poderia ter provocado aumento da prevalência local de determinadas doenças. Entre elas, da porfiria3 (do grego porphiros, vermelho-arroxeado), que acarreta o aparecimento de vários sinais que se sobrepoem às características físicas dos vampiros. Assim, indivíduos que sofrem de porfiria têm aspecto anêmico, com palidez cutânea exacerbada e assemelham-se às figuras vampíricas.4

A porfiria resulta da deficiência de enzimas específicas da via de biossíntese do heme, que impede a ligação da estrutura química, chamada anel de porfirina, ao ferro para formar a hemoglobina. Os anéis de porfirina, que não conseguem desempenhar a sua tarefa, são depositados no tecido subcutâneo, ossos e dentes. Essa substância química é fotorreativa e, sob a exposição à luz solar, libera radicais de oxigênio, que são cáusticos e corrosivos para a pele e podem provocar queimaduras.3 Interessantemente, esse seria o motivo da aversão dos vampiros à luz solar. Além desse aspecto, essas criaturas são caracterizadas como seres de comportamento noturno e sombrio. Na ausência de tratamento das formas mais graves, essas lesões podem causar desfigurações. Entre elas destacam-se ouvidos e narizes mutilados, lábios deformados e gengivas retraídas que revelam dentes vermelhos, com aspecto maior do que verdadeiramente são e semelhantes a presas.3 Esta última alteração é o que parece ser a origem da imagem dos enormes caninos do vampiro.

A lenda diz também que os vampiros possuem repulsa ao alho. Essa planta possui uma substância volátil, o diaquilsulfito, que apresenta grande homologia com substâncias orgânicas que promovem a alteração da atividade da enzima hepática p4503,5, por meio da destruição dos grupamentos heme. Os produtos da destruição do heme que compoem a enzima P450 promovem a inibição da ferroquelatase. Essa enzima, denominada ferroquelatase, participa de reações críticas na síntese do próprio heme: catalisa a inserção do ferro na protoporfirina IX. Ao ser inibida, torna-se fator limitante para a síntese de hemoglobina, pois a protoporfirina IX é o precursor direto do heme.6,7 Ocorre, assim, acúmulo dos precursores do grupamento heme, pois nessa via metabólica não há inibição da síntese de porfirinas por retroalimentação negativa (feedback).6,7 As alterações dessa via metabólica se associam à gravidade das manifestações clínicas da porfiria.8

Outra característica identificada nas lendas dos vampiros é o desejo de sangue, isto é, a busca desses seres pela "energia vital".1 Sabe-se que a sangria era prática comumente realizada pelos povos antigos, como, por exemplo, pelas famílias nobres dos bálcas. Contudo, eles compensavam os efeitos da sangria por meio do abate de animais para a ingestao de sangue. Esse comportamento de "chupar o sangue das presas" provavelmente foi incorporado na construção do mito do vampirismo.

O médico dermatologista belga Jean Goens baseia sua teoria na seguinte frase: "Fatos foram aumentados e deformados pela imaginação popular até se transformarem em lendas sinistras".9 Goens9 observou pacientes com porfiria e identificou neles distúrbios mentais que se traduziram em comportamentos antissociais, agressividade e busca de isolamento - a misantropia. Esses sintomas determinavam comportamento marcadamente excêntrico. Ao longo dos séculos, no imaginário popular, indivíduos acometidos pela porfiria foram considerados "seres amaldiçoados" ou mesmo "demônios". Essa forma de interpretação era reforçada principalmente pela falta de conhecimento da fisiopatologia da porfiria.

De acordo com relatos existentes na literatura popular1, os vampiros estao muitas vezes associados a aristocratas ou membros da nobreza. Isso pode ter sua origem no agravamento da porfiria com a maturidade sexual (normalmente por volta dos 16 aos 17 anos). Coincidentemente, essa era a idade em que as moças dessas comunidades se casavam.

Nas comunidades da Boêmia, local em que o mito pode ter tido origem, há uma passagem que reforça o descrito anteriormente.1 O líder local teria desposado uma virgem. Logo em seguida, pouco depois dessa jovem ter sido instalada no castelo do marido, teria se tornada pálida e passado a sofrer os efeitos da porfiria. Esse evento foi interpretado pela comunidade local como um hábito do senhor feudal, "criatura" capaz de sugar o sangue da sua própria esposa.1 Ao longo das gerações, essa lenda tornou-se cada vez mais distorcida e inverossímil.

 

VAMPIRISMO E A INFECÇÃO PELO VIRUS DA RAIVA

A hipótese elaborada em tese de doutorado do Dr. Juan Gómez Alonso, intitulada "Rabia y vampirismo en la Europa de los siglos XVIII y XIX"10,11, tinha como foco central a ligação entre a raiva humana e o mito do vampirismo. Esse autor usa uma coincidência histórica como ponto de partida na elaboração de sua hipótese. No século XVIII, por volta dos anos de 1721-1729, foi registrada na Hungria a maior epidemia de raiva em caes, lobos e outros animais selvagens. A partir de dados antropológicos coletados por folcloristas e de relatos históricos de pessoas que acreditavam no vampirismo, o autor busca um retrospecto da origem do mito e encontra várias evidências de que fora também no século XVIII que o macabro fenômeno teria fervilhado no imaginário de muitos camponeses que habitavam as regioes escarpadas dos Cárpatos.10-12

Segundo Gómez, o mais famoso relato de vampiros teria ocorrido na Sérvia, na vila de Medvedja, no inverno de 1731-1732.11 A morte de alguns camponeses foi atribuída ao ataque de vampiros, que teriam matado, além dos aldeoes, alguns animais. Foram descobertos 17 cadáveres, todos com "sinais de vampirismo", atravessados por estacas e, subsequentemente, decapitados e cremados. As repetidas violações de túmulos provocaram reações das autoridades austríacas, o que suscitou um dos mais extraordinários debates entre os iluministas, que julgavam a lenda fruto de ignorância e de superstição,10,11 o que pode ser evidenciado pelo irônico relato de Rousseau13: "Se existe no mundo uma história bem documentada, essa é a dos vampiros. Nada lhe falta: relatos orais, certificações de pessoas proeminentes, de cirurgioes, de sacerdotes e de magistrados. Conforme se vê, quem acreditaria em vampiros?"

O vírus da raiva, geralmente, é introduzido no corpo do hospedeiro por meio de uma mordida e, após um intervalo caracterizado pela ausência de sintomas, alcança o sistema nervoso central através dos nervos periféricos. Em seres humanos, o período de incubação gira em torno de 10 dias a dois anos. Entretanto, a maioria dos pacientes falece em menos de 14 dias por asfixia ou parada cardíaca. Esse tipo de morte pode explicar alguns achados post mortem documentados na raiva e presentes também na lenda dos vampiros.

O fato de a mordida do vampiro transformar sua vítima em vampiro remete à uma zoonose transmitida pela mordida.10,11 Entre as poucas zoonoses desse tipo, somente a raiva possui associação entre o prognóstico fatal da doença e os animais implicados. Caes e lobos são os animais mais comumente associados aos vampiros. Esses animais eram muitas vezes citados como inimigos mortais dessas criaturas.10,11 Um vampiro poderia se transformar em uma figura canina e eliminar todos os outros caes da vila. Ainda, ele poderia assumir a figura de lobo, morcego ou mesmo se tornar invisível.10,11

O mistério da metamorfose dos vampiros de formas humanas para animais, segundo Gómez10,11, está atrelado ao fato de a raiva ser uma doença que acarreta sintomas semelhantes em seres humanos e animais. Quadros similares de acessos de fúria foram identificados em camponeses, como em outros animais: caes, lobos, gatos ou morcegos. Muitas características associadas ao vampirismo foram descritas também como desordens do sistema límbico, área cerebral responsável pelo controle emocional e de parâmetros comportamentais. Em pacientes acometidos por doenças como raiva e epilepsia, forte ligação entre agressividade e disfunção entre algumas áreas do sistema límbico - hipotálamo, complexo amigdaloide e hipocampo - foi estabelecida. Ainda, as disfunções do hipotálamo anterior poderiam resultar em insônia e outras alterações do ciclo sono-vigília.10,11 Esses achados são coerentes com a atividade noturna, geralmente associada aos vampiros. Durante o curso da infecção pela raiva, o indivíduo pode apresentar espasmos da musculatura facial, laríngea e faríngea, o que pode causar emissão de sons roucos por entre dentes cerrados e lábios contraídos. Esses espasmos podem ser desencadeados por alguns tipos de estímulos como correntes de ar (aerofobia), água (hidrofobia), luz (fotofobia) ou estímulos excitatórios mínimos como, por exemplo, o reflexo de um espelho.10,11 O último estímulo descrito vai ao encontro de outra característica arquetípica dos vampiros: são seres incapazes de projetar reflexo em espelhos. Sensação de sufocamento e dificuldade de respirar são sintomas comumente descritos em casos avançados da infecção e presentes, também, em relatos de indivíduos vítimas de ataques vampirescos.2,11

Na raiva, a asfixia e a parada cardíaca são vias finais da evolução da doença e proporcionam morte repentina. Consequentemente, o sangue teria sua coagulação retardada e permaneceria líquido por um período mais longo após a morte10,11. Por meio de observações post mortem desses indivíduos, em que manchas de sangue eram identificadas na mucosa oral dos cadáveres, origina-se uma teoria sobre o hábito dos vampiros de chupar sangue.

Outro ponto relevante é a preservação dos cadáveres no período post mortem. Esse achado deve-se provavelmente ao retardamento do processo de decomposição devido às baixas temperaturas e ao processo de saponificação.10,11 Tal processo, característico de funerais em locais de grande umidade e baixas temperaturas, converte o tecido subcutâneo em uma substância com características próximas de uma cera, o que torna o cadáver preservado capaz de ser reconhecido mesmo depois de vários anos depois do óbito.

 

VAMPIRISMO E A PELAGRA

Outras condições clínicas também foram associadas à figura mítica do vampiro. O exemplo mais notável talvez seja em relação à pelagra. Especulou-se, por algumas vezes, que essa doença, causada pela deficiência nutricional de niacina (vitamina B3), pudesse explicar o surgimento da crença popular em vampiros.

Historicamente, registra-se significativo crescimento no número de casos de pelagra a partir da primeira metade do século XVII.14 Esse fato pode ser atribuído à introdução da farinha do milho, que possui baixa biodisponibilidade de niacina, como a principal fonte energética da dieta de camadas pobres europeias.14 As manifestações clínicas da pelagra também foram relacionadas aos vampiros, porém são inespecíficas e incapazes de explicar muitas das características apuradas nesses seres mitológicos. Essa enfermidade é caracterizada pela tríade: dermatite, demência e diarreia. Provavelmente, o aspecto da pele nessa entidade seja o fator que mais remeta ao mito do vampirismo. Sabe-se que indivíduos pelagrosos são hipersensíveis à luz solar. Após a exposição, desenvolvem lesões avermelhadas e hiperceratósicas que eventualmente levam a regioes de despigmentação alternadas com áreas ásperas de cor castanha.14 Em conjunto, a glossite, que resultaria na impressão dos dentes e inflamação dos lábios de indivíduos com pelagra, endossa a descrição de vampiros como seres de "dentes afiados e protuberantes" e com "proeminentes lábios vermelhos"14. Ainda, a demência pelagrosa explicaria características do perfil vampiresco: insônia, irritabilidade, impulsividade, morosidade e comportamento imprevisível.14

 

A ORIGEM DO CONDE DRACULA

A lenda do Conde Drácula nasceu nos territórios da Europa Central e, em especial, nos Alpes da Transilvânia, hoje pertencentes à Romênia, que é considerado o primórdio da nação romena. Esse território foi lavado inúmeras vezes por sangue de guerras violentas, como as que aconteceram durante as invasões bárbaras do século XV.

Foi nesse cenário que, por volta de 1430, nasceu o primeiro Drácula, príncipe da Valáquia.15 Seu nome era Vlad, mas tornou-se conhecido como Drakul (que significa dragao ou demônio), por conta da figura que ornava o brasão de sua família. Vlad viveu como guerreiro bárbaro e, provavelmente, foi no cativeiro turco que presenciou e aprendeu métodos de tortura que marcaram sua personalidade sádica, como a execução por empalamento, método que lhe rendeu a alcunha de Tepes ou "Empalador".15

De geração em geração, o príncipe Vlad Tepes da Valáquia foi a fonte para a criação do "Conde Drácula" e tornou-se imortalizado na figura de vampiro de linhagem nobre e senhor de um castelo nos Montes Cárpatos.15 Drácula, como estereótipo do que se convencionou chamar de vampiro, foi entao elaborado com base nas lendas, histórias e tradição romena.

 

CONCLUSÃO

Desde o século XVIII, quando essas histórias se tornaram populares, a imagem do vampiro tem permanecido coerente. Imagem atemporal atrelada à corrupção, ao poder e à tristeza. No entanto, ao se observar detalhadamente características vampirescas, identificam-se fundamentos em explicações médicas/científicas. A lenda associa-se à série de anomalias genéticas, deficiência nutricional ou infecções por vírus capazes de provocar mudanças comportamentais. Fatos históricos foram se alterando ao longo do tempo e essas distorções tornaram a imagem do vampiro cada vez mais romântica e sedutora.

 

REFERENCIAS

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