ISSN (on-line): 2238-3182
ISSN (Impressa): 0103-880X
CAPES/Qualis: B2
Cássio da Cunha Ibiapina; Gabriela Araújo Costa; Maria do Carmo Barros de Melo; Priscila Menezes Ferri Liu
Rev Med Minas Gerais 2021; 31(Suppl.10):
Cássio da Cunha Ibiapina; Maria do Carmo Barros de Melo
Rev Med Minas Gerais 2021; 31(Suppl.10):
Lower urinary tract dysfunction and poor school performance in children and adolescents
Melissa Faria Dutra; Simone Cardoso Lisboa Pereira; Eleonora Moreira Lima; Taciana Maia de Sousa; Luana Caroline dos Santos; Celia Regina Moreira Lanza; Vanessa de Oliveira Martins-Reis; Stela Maris Aguiar Lemos; Mônica Maria de Almeida Vasconcelos
Rev Med Minas Gerais 2021; 31(Suppl.10):
Introdução: A disfunção do trato urinário inferior tem sido relacionada a diversas condições, incluindo mau desempenho escolar. Entretanto poucos estudos investigaram essa associação. Objetivo: Verificar a associação entre sintomas do trato urinário inferior e mau desempenho escolar em crianças e adolescentes com baixas condições socioeconômicas. Métodos: Estudo observacional analítico transversal desenvolvido em escolas públicas do Brasil. Foram incluídos 316 estudantes com idades entre 6 e 17 anos. Os dados foram coletados utilizando as seguintes ferramentas: Dysfunctional Voiding Scoring System para rastrear sintomas do trato urinário inferior; Escala Fecal de Bristol para descrição das fezes; Inventário de recursos do ambiente familiar para avaliar o ambiente familiar; Teste de Competência de Leitura de Palavras e Pseudopalavras e questionário para avaliação do desempenho escolar. Resultados: A prevalência de sintomas do trato urinário inferior foi de 49,4% e de atraso escolar foi de 43,9%. A amostra foi composta exclusivamente por famílias de classe socioeconômicas C, D e E. Houve associação significativa entre sintomas do trato urinário inferior e sexo feminino e constipação. Não houve associação significativa entre sintomas do trato urinário inferior e variáveis socioeconômicas e sociodemográficas, assim como com variáveis do desempenho escolar. Conclusões: Embora não se tenha encontrado associação entre sintomas do trato urinário inferior e mau desempenho escolar, a prevalência de atraso escolar e de sintomas de disfunção do trato urinário inferior foi elevada nessa população. Portanto, enfatiza-se a importância de investigação detalhada dos possíveis fatores de risco no contexto escolar.
Palavras-chave Sintomas do trato urinário inferior. Crianças. Adolescentes. Aprendizagem.
Introduction: Lower urinary tract dysfunction has been linked to several conditions, including poor school performance. However, few studies have investigated this association. Objective: To verify the association between lower urinary tract symptoms and poor school performance in children and adolescents with low socioeconomic conditions. Methods: An observational analytical cross-sectional study was conducted in 316 students aged 6 to 17 years from public schools in Brazil. Data were collected using the following tools: Dysfunctional Voiding Scoring System to screen for lower urinary tract dysfunction symptoms; Bristol Stool Chart to assess constipation; Inventory of family environment resources to raise family environment resources; Word and Pseudoword Reading Competence Test and questionnaires to assess school performance. Results: The prevalence of symptoms of the lower urinary tract was 49.4% and school delay was 43.9%. The sample was composed exclusively by socioeconomic class families C, D and E. There was a significant association between lower urinary tract symptoms and female gender and constipation. There was no significant association between lower urinary tract symptoms and socioeconomic and sociodemographic variables, as well as with variables related to school performance. Conclusions: Although no association was found between lower urinary tract symptoms and poor school performance, the prevalence of school delay and lower urinary tract dysfunction symptoms were high in this population. Therefore, the importance of a detailed investigation of possible risk factors in the school context is emphasized.
Keywords Lower urinary tract symptoms. Children. Adolescents. Learning
Jaqueline Albert; Alexandre Rodrigues Ferreira; Guilherme Domingues Ferreira; Adrianne Mary Leão Sette e Oliveira; Fabiana Maria Kakehasi
Rev Med Minas Gerais 2021; 31(Suppl.10):
Objetivo: Avaliar a incidência e fatores associados a extubação não planejada (ENP) em Unidade Intensiva de Pediatria de um Hospital Universitário de nível terciário. Metodologia: Estudo de coorte no período de julho de 2016 a junho de 2018. Pacientes que apresentaram ENP (autoextubação ou acidental) foram comparados a grupo com extubação planejada quanto as características demográficas, clínicas e ventilatórias. A incidência de ENP foi calculada e o modelo de regressão logística ajustado foi realizado para determinar os fatores de risco para o evento e os desfechos foram comparados entre aqueles com extubação planejada e não planejada. Resultados: Um total de 308 pacientes foram incluídos na análise. Vinte (6,4%) pacientes experimentaram ENP, a taxa de incidência foi de 1,59/100 dias de intubação. Pacientes intubados para procedimentos de pequena complexidade apresentaram mais chances para a ocorrência da extubação não programada (p<0,0001), com Odds Ratio 61; IC95%, 15,5-239,8. Não houve diferença significativa entre os grupos extubação não planejada e planejada em termos de tempo de ventilação mecânica, tempo de internação na unidade de terapia intensiva pediátrica e mortalidade. Conclussão: A incidência de ENP na unidade pediátrica apresentou valor ligeiramente superior do que é recomendado atualmente na literatura e intubação após procedimentos de pequena complexidade foi fator de risco para a ocorrência da extubação não programada.
Palavras-chave Extubação. Fatores de risco. Pediatria. Unidade de terapia intensiva.
Introduction: Unplanned extubation (UE) in intensive care units is one of the most worrying adverse events, since it is associated with potentially fatal complications, especially in the pediatric population. Incidence and risk factors have been discussed, but more information is still needed in this regard. Objective: To evaluate the incidence for each 100 patient / day intubated and to identify the factors associated with UE in an Intensive Pediatric Unit of reference of University Hospital of Minas Gerais. Methods: Cross-sectional and descriptive cohort study, with retrospective and prospective data collection, from July 2016 to June 2018. Patients who presented UE (self-extubation or accidental) were compared to a group with planned extubation in terms of demographic, clinical and ventilatory. The incidence of UE was calculated and the adjusted logistic regression model was performed to determine the risk factors for the event and the outcomes were compared between those with planned and unplanned extubation. Results: A total of 308 patients underwent endotracheal intubation and were included in the analysis. Of these, 20 (6.4%) patients experienced UE, the incidence rate was 1.59 / 100 days of intubation. Patients intubated after procedures of small complexity presented more chances for the occurrence of non-programmed extubation (p <0.0001), with Odds Ratio 61; 95% CI, 15.5-239.8. There was no significant difference between the unplanned and planned extubation groups in terms of mechanical ventilation time, length of stay in the pediatric intensive care unit and mortality. Conclusion: The incidence of UE in the pediatric unit presented a slightly higher value than is currently recommended in the literature and intubation after procedures of small complexity were a risk factor for the occurrence of non-programmed extubation.
Keywords Extubation. Risk factors. Pediatric. Intensive care unit.
Prevalence and antimicrobial susceptibility of uropathogens isolated from pediatric patientes
Valadares, PCP; Dias, CS; Romanelli RMC; Bragança, JWF; Rodrigues, LU; Souza Lima, MC; Carellos, EVM
Rev Med Minas Gerais 2021; 31(Suppl.10):
O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil de bactérias isoladas em uroculturas de crianças internadas com suspeita de infecção do trato urinário (ITU) em um hospital pediátrico público de referência no estado de Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal observacional, cujos dados foram coletados de 2007 a 2017. A população estudada foi composta por crianças com até 13 anos incompletos, que permaneceram internadas no Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII) com suspeita de ITU. Foram analisados dados de 264 pacientes, sendo a maioria do sexo feminino e faixa etária menor que um ano. Foram isolados Bastonetes Gram Negativos fermentadores em 85,2% das amostras de urina. Os principais uropatógenos isolados foram Escherichia coli, Klebisiela pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa. O perfil geral de sensibilidade a antimicrobianos isolados em uroculturas foi superior a 80%. Os antimicrobianos empíricos que se mostraram eficazes após revisão dos dados de suscetibilidade foram em ordem decrescente: aminoglicosídeos (96,9%), cefalosporina de 3ª geração (92,2%), quinolonas (92,0%) e carbapenêmicos (90,9%). Cefalosporinas de 1ª geração foram relacionadas a taxas menores de sucesso (78,2%).
Palavras-chave Infecção do trato urinário, crianças, recém nascidos, infecções bacterianas, antibióticos, exame de urina, urocultura, resistência bacteriana.
The objective of this study was to describe the characteristics and susceptibility of bacteria isolated in urine cultures of children admitted with suspected urinary tract infection (UTI) in a public pediatric hospital in Minas Gerais. This is an observational cross-sectional study, that data were collected from 2007 to 2017. The study population was children aged up to 13 years old, who remained hospitalized at the Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII) with suspected UTI. Data from 264 patients were analyzed, most of them female and aged under one year old. Gram negative fermenting rods were isolated in 85.2% of the urine samples.
The main uropathogens isolated were Escherichia coli, Klebisiela pneumoniae and Pseudomonas aeruginosa. The overall susceptibility to antimicrobials of uropathogens isolated was greater than 80%. The empirical antimicrobials that were effective after reviewing the susceptibility data were in descending order: aminoglycosides (96.9%), 3rd generation cephalosporin (92.2%), quinolones (92.0%) and carbapenems (90.9 %).
First-generation cephalosporins were associated with lower success rates (78.2%).
Keywords Urinary Tract Infections, Children, Infants, Bacterial Infections, Antibiotics, Urinalysis, Urine culture, Antibiotic Resistance.
Luiza Fernandes Fonseca Sandes; Joyce Carvalho Martins; Mariana Moreira Soares de Sá; Bruna Ribeiro Torres; Maria Fernanda Barbosa Silva; André Vinícius Soares Barbosa
Rev Med Minas Gerais 2021; 31(Suppl.10):
A síndrome de Kinsbourne é uma doença neurológica com incidência de 1 em 5 milhões de pessoas por ano, comum na idade pediátrica. Esta doença, caracterizada por opsoclonia, mioclonia e ataxia cerebelar, está frequentemente associada à resposta neoplásica imunomediada ou autoimune inflamatória. Este estudo relata uma série de casos clínicos pediátricos da síndrome de Kinsbourne com ênfase na epidemiologia, aspectos neurológicos, opções diagnósticas e terapêuticas e compara os dados com a literatura atual. Como resultado, foram descritos 11 casos de pacientes pediátricos com sinais de irritabilidade e agressividade associados a ataxia, opsoclonia e mioclonia. Após o rastreio inicial, 72,7% dos pacientes apresentaram um tumor subjacente. Todos os pacientes foram inicialmente tratados com corticosteroides e 90,0% destes foram associados à Imunoglobulina Venosa Humana. Todos eles, tratados com esta terapia combinada, apresentaram melhora neurológica parcial após a primeira dose. Todos os pacientes mantiveram sintomas neuropsiquiátricos persistentes. Este estudo demonstra uma condição neurológica rara e suas principais características clínicas e comprometimento neuropsicológico a longo prazo.
Palavras-chave Pediatria. Neurologia. Ataxia. Síndrome de Opsoclonia-Mioclonia.
Kinsbourne syndrome is a neurological disease with an incidence of 1 in 5 million people per year, common in pediatric age. This disorder, characterized by opsoclonus, myoclonus and cerebellar ataxia, is often associated with neoplastic immune-mediated or inflammatory autoimmune response. This study proposed to report a series of Kinsbourne syndrome's pediatric clinical cases with emphasis on epidemiological, neurological, diagnostic and therapeutic options and compare data with current literature. As a result, it was described 11 cases of pediatric patients with signs of irritability and aggressiveness associated with ataxia, opsoclonus and myoclonus. After screening, 72.7% of patients had an underlying tumor. All patients were initially treated with steroids and 90.0% of them were associated with Human Venous Immunoglobulin. All of them showed partial neurological improvement after the first dose. All patients maintained persistent neuropsychiatric symptoms. This study demonstrates a rare neurological condition and its main clinical features and long-term neuropsychological commitment.
Keywords Pediatrics. Neurology. Ataxia. Opsoclonus-Myoclonus Syndrome.
The social exclusion syndrome: the materialization of human rights violations from childhood to adulthood
Antônio Benedito Lombardi; Joel Alves Lamounier; Isabela de Alencar e Lombardi Godard
Rev Med Minas Gerais 2021; 31(Suppl.10):
Em 1998 foi publicado um artigo original que associava experiências adversas na infância tais como negligência, abuso físico, emocional, sexual, violência doméstica etc. com comportamentos de risco que surgem mais tarde na vida, por exemplo, abuso de cigarro, de álcool, de drogas etc. Nesse estudo verificou-se também que adversidades na infância estavam associadas com doenças detectadas no adulto, entre elas doenças cardiovasculares, hepatite viral, câncer de fígado, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, doenças autoimunes, problemas de saúde bucal e depressão etc. Estas experiências adversas ficaram conhecidas como ACEs (sigla em inglês). Estudos posteriores têm mostrado que as doenças acima poderiam ser explicadas pelos efeitos do estresse tóxico, uma resposta complexa do corpo, que surge quando uma criança é exposta às ACEs. Outros estudos, contudo, têm mostrado que ACEs não encontradas no estudo original capazes de causarem estresse tóxico podem também desencadear comportamentos de risco e doenças na vida adulta. São elas: pobreza, vitimização por colegas e rejeição, discriminação, exposição à violência na comunidade e racismo. Como estas ACEs foram achados frequentes em um estudo clínico sobre a exclusão social foi realizada uma releitura deste estudo. O objetivo deste artigo, portanto, é dar maior visibilidade a este quadro clínico, melhorando a compreensão, a sensibilização, contribuindo para a elaboração de intervenções e prevenções individuais e coletivas.
Palavras-chave Exclusão social. Pobreza. Violência. Experiências adversas na infância. Estresse tóxico. Direitos humanos. Direitos da criança.
In 1998, an original article was published that associated adverse childhood experiences such as neglect, physical, emotional, sexual abuse, domestic violence, etc. with risky behaviors that arise later in life eg tobacco, alcohol, drug abuse, etc. In this study, it was also found that adversities in childhood were associated with diseases detected in adults, including cardiovascular diseases, viral hepatitis, liver cancer, asthma, chronic obstructive pulmonary disease, autoimmune diseases, oral health problems and depression, etc. These adverse experiences became known as ACEs. Later studies have shown that the above illnesses could be explained by the effects of toxic stress, a complex body response that arises when a child is exposed to ACEs. Other studies, however, have shown that ACEs not found in the original study capable of causing toxic stress can also trigger risky behavior and illness in adulthood. These are: poverty, peer victimization and rejection, discrimination, exposure to community violence and racism. As these ACEs were frequent findings in a clinical study on social exclusion, this study was re-read. The objective of this article, therefore, is to give greater visibility to this clinical picture, improving understanding, awareness, contributing to the development of individual and collective interventions and prevention.
Keywords Social exclusion. Poverty. Violence. Childhood adverse experiences - ACEs. Toxic stress. Human rights. Child rights.
Hereditary estrogen-dependent angioedema triggered by the use of oral contraceptives
Ana Campos Pires; Beatriz Martins Guerra Pantuza Almeida; Giovanna Gontijo Alves de Sousa Ohana; João Pedro Santana Vieira; Raquel Pitchon dos Reis
Rev Med Minas Gerais 2021; 31(Suppl.10):
INTRODUÇÃO: Angioedema hereditário (AEH) é uma condição autolimitada, que usualmente se manifesta por episódios súbitos e recorrentes de edema não inflamatório acometendo a pele e/ou mucosas com possível envolvimento de múltiplos órgãos, especialmente o trato gastrointestinal e as vias aéreas superiores. É um distúrbio genético autossômico dominante, ainda subdiagnosticado por profissionais da área de saúde. A doença pode ser dividida em três tipos: 1) AEH com deficiência quantitativa do inibidor de C1(C1-INH), 2) com disfunção de C1-INH e 3) AEH com C1-INH normal. OBJETIVOS: descrever um caso de angioedema hereditário com C1-INH normal estrogênio dependente, associado à mutação do fator XII e repercussões clínicas e psicossociais. MÉTODOS: As informações foram obtidas por análise do prontuário, entrevista com a equipe médica e com a paciente associada a uma revisão narrativa da literatura. DESCRIÇÃO DO CASO: adolescente de 19 anos com angioedema recorrente de lábio superior e inferior por 2 anos. Fazia uso de prednisolona e anti-histamínico durante as crises sem melhora dos sintomas. A propedêutica revelou uma mutação do éxon 9 do fator XII com dosagens do complemento 4 e do inibidor de C1 normais. CONCLUSÕES: O AEH com C1-INH normal, afeta principalmente mulheres e se associa com níveis altos de estrógeno por sua administração exógena ou gravidez. Após suspeita diagnóstica a investigação inclui avaliação de parâmetros bioquímicos e se necessário, análise genética. A educação dos profissionais da área da Saúde, dos pacientes e seus familiares é fundamental para o melhor reconhecimento e manejo da doença.
Palavras-chave Angioedema Hereditário. Fator XII. Angioedema.
INTRODUCTION: Hereditary angioedema (HAE) is a self-limited condition, which usually manifests as sudden and recurrent episodes of non-inflammatory edema affecting the skin and/or mucous membranes with possible involvement of multiple organs, especially the gastrointestinal tract and upper airways. It is an autosomal dominant genetic disorder, still underdiagnosed by healthcare professionals. The disease can be divided into three types, 1) HAE with quantitative deficiency of C1 inhibitor(C1-INH), 2) with C1-INH dysfunction and 3) HAE with normal C1-INH. OBJECTIVES: to describe a case of hereditary angioedema with normal estrogen-dependent C1-INH, associated with factor XII mutation and clinical and psychosocial repercussions. METHODS: Information was obtained by analyzing the medical record, interviewing the medical team and the patient associated with a narrative review of the literature. CASE DESCRIPTION: 19-year-old adolescent girl with 2-year recurrent upper and lower lip angioedema. She used prednisolone and antihistamine during her attacks without any improvement in her symptoms. The workup revealed a factor XII exon 9 mutation with normal complement 4 and C1 inhibitor dosages. CONCLUSIONS: AEH with normal C1-INH, mainly affects women and is associated with high estrogen levels due to its exogenous administration or pregnancy. After diagnostic suspicion, investigation includes evaluation of biochemical parameters and, if necessary, genetic analysis. The education of health professionals, patients and their families is essential for better recognition and management of the disease.
Keywords Hereditary Angioedema. Factor XII. Angioedema.
Corticosteroids for patients with biliary atresia undergoing Kasai Hepatoportoenterostomy
Thaís Costa Nascentes Queiroz; Marcus Vinícius Gonçalves Moreira; Adriana Teixeira Rodrigues; Maria do Carmo Barros de Melo; Eleonora Druve Tavares Fagundes; Alexandre Rodrigues Ferreira
Rev Med Minas Gerais 2021; 31(Suppl.10):
Introdução: Atresia de Vias Biliares (AVB) é a causa mais comum de cirrose com doença hepática terminal na infância e a principal indicação de transplante hepático pediátrico no mundo. O tratamento atualmente disponível é a hepatoportoenterostomia (HPE) de Kasai, que é uma cirurgia paliativa e apresenta resultados variáveis. Frente a isso, torna-se necessário a busca por terapias adjuvantes na tentativa de melhorar seus resultados. Entre elas está o uso de corticoides, que devido as suas supostas propriedades anti-inflamatórias, imunomoduladoras e coleréticas, são usados para melhorar a drenagem biliar e a sobrevida com fígado nativo. O objetivo deste estudo é realizar revisão integrativa da literatura sobre a eficácia do uso de corticoide como terapia adjuvante no pós-operatório de HPE de Kasai em pacientes com AVB. Metodologia: Pesquisa realizada em todas as bases de dados disponíveis no Portal Capes por artigos em inglês publicados nos últimos 20 anos (até dezembro de 2020). Resultados: Foram selecionados 15 artigos, sendo 2 RCTs. A maioria dos estudos bem desenhados e conduzidos ainda não conseguiu demonstrar evidências que apoiem o uso de corticoides no pós-operatório da HPE de Kasai em relação à melhora da icterícia e sobrevida com fígado nativo. Além disso, alguns estudos verificaram efeitos adversos importantes que precisam ser levados em consideração antes de prescrevê-los. Conclusão: Não existem evidências, até o momento, para o uso do corticoide no pós-operatório da HPE de Kasai, uma vez que não é comprovado benefício de melhora na sobrevida com fígado nativo ou na drenagem biliar. Além disso, efeitos adversos graves e interferência no crescimento são relatados.
Palavras-chave Atresia Biliar. Quimioterapia Adjuvante. Corticosteroides.
Introduction: Biliary atresia (BA) is the major cause of end-stage liver cirrhosis in childhood and the most common indication for pediatric liver transplantation in the world. Even though only a palliative surgery and with variable results, Kasai hepatoportoenterostomy (HPE) continues to be the cornerstone treatment. Due to its assumed anti-inflammatory, immunomodulatory and choleretic properties corticosteroids could improve biliary drainage and native liver survival. The objective of this study is to carry out an integrative review of the efficacy of post-operative corticoid adjuvant therapy in BA patients after HPE. Methods: Bibliographic survey of English written papers published in the last 20 years was performed in all medical databases available on Portal Capes. Results: Fifteen papers, two of them RCTs, were retrieved. Most failed to demonstrate benefits associated with corticoid use and some authors observed adverse effects that should be considered before prescribing them. Conclusion: So far, there is no evidence for the use of corticosteroids in the postoperative period of Kasai's HPE, since there is no proven benefit in terms of improved survival with native liver or biliary drainage. In addition, serious adverse effects and growth interference are reported.
Keywords Biliary Atresia. Chemotherapy, Adjuvant. Adrenal Cortex Hormones.
O 2º CONGRESSO MINEIRO ONLINE DE PEDIATRIA
Rev Med Minas Gerais 2021; 31(Suppl.10):
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