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CAPES/Qualis: B2
Asma brônquica: respostas a questoes relevantes no atendimento à criança no pronto-socorro
Asthma: answers to relevant issues about the management of children on emergency departments
Cláudia Ribeiro de Andrade1; Flavia Fajardo Linhares Pereira2; Daniela de Lima Gomes1; Geralda Magela Costa Calazans3; Cristina Gonçalves Alvim4; Cássio da Cunha Ibiapina4
1. Professora do Curso de Medicina da Unifenas- BH
2. Pediatra do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
3. Coordenadora do Programa "Criança que Chia"- Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
4. Professores do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais
Cláudia Ribeiro de Andrade
Rua Libano, 66 - Bairro: Itapoa
Belo Horizonte - MG CEP 31710-030
E-mail: claudia.ribeiro@unifenas.br
Resumo
Este estudo tem como objetivo revisar a abordagem da crise asmática no pronto-socorro. A revisão da bibliografia foi realizada utilizando-se as bases de dados Medline, Lilacs e Highwire, com base nas palavras-chave "asthma", "treatment" e "exacerbations". Foram selecionados 33 artigos. Pontos relevantes no atendimento à criança com crise aguda no pronto-socorro são discutidos. Salienta-se a importância da oximetria de pulso e do pico do fluxo expiratório. A abordagem individualizada do paciente, adaptada aos protocolos de atendimento, é fundamental.
Palavras-chave: Asma/terapia; Estado Asmático/terapia; Criança; Hospitalização; Criança Hospitalizada; Tratamento de Emergência.
Um dos grandes desafios do pediatra no dia-a-dia do pronto-socorro é a adequada abordagem da crise asmática. Se, por um lado, o diagnóstico de uma crise pode parecer fácil, por outro é fundamental que a abordagem tenha etapas bem estabelecidas:
Certificar-se do diagnóstico: diagnósticos diferenciais como edema agudo de pulmão secundário à glomerulonefrite difusa aguda, infecções respiratórias e cetoacidose diabética devem ser considerados.
Caracterizar crises anteriores: identificar se é uma criança de risco, questionar sobre internação prévia em unidade de terapia intensiva ou uso recente de corticóide oral. É importante ressaltar que nos dias atuais o médico da criança infelizmente é aquele de plantao no pronto-atendimento e muitas vezes não conhece a história pregressa e prescreve indiscriminadamente corticóide sistêmico.
Classificar a gravidade da crise: o pediatra atualmente tem conhecimento da classificação da asma fora da crise e conhece sua classificação em intermitente, persistente leve, moderada e grave, entretanto, em algumas situações não identifica sinais importantes de gravidade, especialmente em adolescentes. Nessa faixa etária, tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes tendem a subestimar a gravidade da exacerbação. O Quadro 1 apresenta a classificação da asma na crise.
Tratar corretamente: padronizar o tratamento atentando para pacientes de risco nos quais a corticoterapia sistêmica precoce pode ser necessária.
Avaliar a resposta: para nortear as fases seguintes.
Decidir sobre alta, internação ou observação: atentar para a condição social da família e possibilidade de retorno se houver piora do quadro, pesando na decisão até mesmo o horário em que o paciente está sendo atendido, uma vez que atendimento no período noturno apresenta mais riscos de complicações relacionadas à fisiopatologia da asma. Lembrar de referir a criança à Unidade Básica de Saúde, na alta.
Quais são os pacientes de risco para pior evolução?
Pacientes com histórico de atendimentos freqüentes em emergência ou asma grave, aqueles com relato de necessidade de intubação prévia e de internação em UTI, bem como pacientes que fazem uso regular de beta-2-agonista inalado e/ou que relatam uso recente de corticóide sistêmico. Pacientes com melhora mínima ou piora do PFE após uso de broncodilatadores. Falta de conhecimento sobre a doença e má-adesão, problemas psicossociais, negação da gravidade da asma e crises de instalação rápida (asma lábil).
O uso de beta-2-agonista em casa na crise de asma é prejudicial ao paciente?
A educação sobre abordagem da pré-crise é importante e deve ser bem orientada nas consultas de rotina. A abordagem da pré-crise deve ser individualizada pela gravidade e histórico dos pacientes. Pode variar desde a aplicação de dois jatos de salbutamol spray a cada quatro horas, passando por orientação de plano de crise no domicílio com aplicação de três a quatro sessões de quatro jatos de salbutamol com intervalo de 20 minutos entre as sessões e, em casos muito selecionados, até mesmo a introdução de corticóide sistêmico é realizada.
É importante salientar, ainda, que é preciso capacitar os familiares a identificarem sinais que indiquem procura por serviço de emergência mais precocemente e alertar para os riscos do uso indiscriminado de broncodilatadores, não sendo incomum pacientes fazerem uso da medicação inadvertidamente de hora em hora. Os profissionais de saúde devem alertar os pacientes/familiares sobre os riscos dessa conduta, desencorajando-a com veemência.
Por que a medida objetiva de função pulmonar no atendimento de emergência é importante?
O exame clínico pode subestimar a gravidade da crise; e a realização do pico do fluxo expiratório (PFE) traz informações que complementam as obtidas com o exame clínico.
Sabe-se que a percepção da obstrução de vias aéreas por parte de pacientes e médicos correlacionase pobremente com o exame de função pulmonar.
A definição da medida do PFE é o fluxo máximo gerado nas vias aéreas de grande calibre.
O PFE traz informações que complementam as obtidas com o exame clínico e são equipamentos de baixo custo, portáteis e simples. Apresenta como limitações os seguintes fatores: subestimação da obstrução; ser esforço-dependente; a idade, pois, de maneira geral, apenas crianças acima de cinco ou seis anos são capazes de realizar manobras confiáveis; a gravidade da crise de impedir a realização; e a motivação para realização do teste pelo paciente. Gorelick et al. realizaram estudo com 291 crianças atendidas em pronto-socorro e verificaram que 35% não faziam PFE adequadamente na asma aguda.2
A saturimetria deve sempre ser realizada na avaliação de criança com asma aguda?
A saturimetria (SpO2) é a medida do percentual de hemoglobina saturada no sangue arterial. É uma medida simples, não invasiva, acurada. Apresenta boa correlação com as medidas de PaO2
Estudos demonstram concordância insatisfatória entre SpO2 e o exame clínico3-7, ratificando a importância da sua realização. Sabe-se que a avaliação clínica é incapaz de detectar valores de SpO2 entre 85 e 93%, o que levou alguns autores a considerarem-nos o quinto sinal vital.
O PFE e SpO2 na asma aguda são fundamentais na avaliação da asma aguda, podendo ser úteis como parâmetros que auxiliam a tomada de decisões. O GINA sugere que valores de PFE acima de 70% e SpO2 acima de 95% em ar ambiente, juntamente com melhora do exame físico, sirvam como indicativos de alta do paciente. Por outro lado, valores PFE < 30% e SpO2 < 90%, a despeito de oxigenoterapia, são indicativos de transferência para Centro de Terapia Intensiva (CTI).
O exame físico isolado é capaz de avaliar a gravidade?
Na década de 90, vários trabalhos mostraram a fraca correlação entre o exame físico e as medidas funcionais, ou seja, as alterações clínicas subestimam a gravidade da obstrução das vias aéreas. Kerem et al.6, em estudo com 71 crianças, verificaram alterações discretas no exame físico em pacientes com provas funcionais significativamente alteradas. De forma complementar, Bishop et al.3 verificaram ausência de correlação entre a clínica e o PFE, ou seja, alguns pacientes apresentam-se aparentemente bem, mas com PFE alterado e vice-versa.
Estudos que avaliaram correlações entre clínica e a SpO2 encontraram correlações discretas ou ausentes.7,8
O exame clínico mantém-se soberano, ressaltando-se que a utilização de musculatura acessória e sibilos devem ser valorizados e avaliados criteriosamente. No entanto, a combinação de achados clínicos e objetivos é ideal. Portanto, sempre que possível, deve-se utilizar medidas funcionais. Na impossibilidade de utilizar as medidas funcionais, é interessante considerar que o paciente está mais grave do que aparenta.
Dados da literatura mostram que pacientes que apresentam à admissão valores de PFE abaixo de 50% do previsto são mais hospitalizados do que aqueles com valores acima desse percentual.9-11 Em recente estudo, Piovesan et al. avaliaram 51 pacientes entre 12 e 55 anos e verificaram que o achado de PFE menor que 40% após 15 minutos da primeira sessão de broncodilatador é um fator de risco de internação.12
Quando realizar saturimetria na asma aguda?
Sempre que possível, por otimizar a avaliação clínica e servir como parâmetro de avalição prognóstica. Belessis et al. avaliaram 141 crianças em um estudo caso-controle e referiram que o achado de uma SpO2 < 91% é um fator de risco para admissão em CTI.13
Mehta et al. avaliaram 237 crianças em estudo prospectivo e o achado de uma SpO2 < 91% representou 14 vezes mais chance de permanência no PA por mais de 4 horas, comparativamente às crianças com SpO2> 98%.14
Qual a sensibilidade e especificidade da SpO2 em crianças e adolescentes com asma aguda?
Vários investigadores relataram a utilidade da oximetria de pulso na avaliação da gravidade da exacerbação em pediatria.10,15-19 O Quadro 2 apresenta alguns trabalhos que definiram sua sensibilidade e especificidade em diferentes situações na abordagem da asma aguda em crianças e adolescentes.
Os dados do Quadro 2 mostram que valores da oximetria abaixo de 91%, principalmente após o tratamento, podem estar relacionados a pior prognóstico. Embora apresente baixa sensibilidade na metade dos estudos mostrados, o ponto de corte em torno de 91%, habitualmente, apresenta especificidade elevada.
Existe boa correlação entre SpO2 e PFE?
É de conhecimento de todos que existe diferença de custo entre os equipamentos que aferem as duas medidas. O custo estimado do PFE é de 30 dólares e o de um oxímetro portátil é de 300 a 400 dólares. Se existissem correlações fortes, poder-se-ia utilizar o de menor custo e otimizar recursos financeiros sem comprometer assistência, mas estudo nacional conduzido por Andrade et al20 identificou correlações moderadas r= 0,41 (IC 95% 0,29-0,52).
Os autores concluíram que o ideal seria usar ambos, propiciando, assim, melhor avaliação, melhor tratamento, mais utilização do aerossol, alteração no tempo de permanência na urgência, hospitalizações e altas mais criteriosas, redução das taxas de recidivas e mortalidade e, conseqüentemente, assistência mais qualificada e econômica.
Quais as medidas gerais e medicamentos mais utilizados na abordagem da crise asmática?
Medidas gerais são importantes no tratamento do paciente e incluem hidratação adequada, antitérmicos em caso de febre e oxigenoterapia se SpO2 < 95%.
Entre os medicamentos, os mais utilizados são os broncodilatadores e os corticóides.
Em relação aos broncodilatadores, os esquemas habitualmente preconizados são:
Beta-2-agonista por via inalatória, aerossol dosimetrado ou nebulização:
(1ª fase: 60 a 90 minutos)
Aerosol dosimetrado: salbutamol (100 mcg/jato)
2 a 5 jatos a cada 20 ou 30 minutos (total de 4 vezes), com espaçador valvulado Nebulização: salbutamol ou fenoterol
1 gota / 2 Kg (máximo de 10 gotas/dose) a cada 20 ou 30 minutos (total de 3 vezes)
Qual é mais eficaz: aerossol/espaçador ou nebulização?
A eficácia terapêutica é semelhante, desde que realizados corretamente. No entanto, o aerossol acoplado ao espaçador representa tratamento mais rápido quando possibilita a redução do tempo de permanência da criança no pronto-socorro. Além disso, é mais prático, mais barato e com menos possibilidade de efeitos adversos quando comparado com a nebulização.21-25
A nebulização deve ser reservada para casos graves com hipoxemia.
Quando se deve prescrever precocemente corticóide sistêmico?
Em crises graves, a primeira fase pode ser iniciada já com a prescrição de corticóides sistêmicos, especialmente se houver uso recente de corticóide oral ou história prévia de crise de asma grave.1
Quais os parâmetros de boa resposta?
Melhora das condições gerais do paciente com esforço respiratório mínimo ou ausente, com sibilos raros ou ausentes; PFE >70% do predito (se for possível medir) e SpO2 95% em ar ambiente.
Havendo boa resposta, deve-se aguardar uma hora após a estabilização, prescrever beta-2-agonista de curta duração (preferencialmente inalatório), manter corticóide inalatório, caso faça uso, reavaliação com pediatra em 24 a 48 horas e um plano de tratamento da pré-crise por escrito.
Quais os parâmetros de boa resposta?
Melhora das condições gerais do paciente com esforço respiratório mínimo ou ausente, com sibilos raros ou ausentes; PFE >70% do predito (se for possível medir) e SpO2 95% em ar ambiente.
Havendo boa resposta, deve-se aguardar uma hora após a estabilização, prescrever beta-2-agonista de curta duração (preferencialmente inalatório), manter corticóide inalatório, caso faça uso, reavaliação com pediatra em 24 a 48 horas e um plano de tratamento da pré-crise por escrito.
Qual a conduta na resposta parcial?
Caso o paciente responda parcialmente à primeira fase, parte-se para a segunda fase do tratamento, que pode durar quatro a seis horas. O esquema terapêutico inclui:
Corticóide oral: dose única
Prednisona ou prednisolona-1 a 2 mg/Kg
Beta-2-agonista de curta duração 1/1 ou 2/2 h
Aerossol dosimetrado: 2 a 4 jatos/dose ou
Nebulização: 1 gota/2 Kg/dose
Quando usar corticóide venoso?
Deve-se usar corticóide venoso caso haja impedimento da via oral. As opções disponíveis são:
Hidrocortisona (500 mg/5 mL e 100 mg/2 mL)
Ataque: 8 a 10 mg;/Kg/dose, EV
Após 6 horas: 4 a 5 mg/Kg/dose de 4/ 4 ou 6/6 horas
Metilprednisolona (40 mg/mL, 125 mg/2mL, 500 mg/8 mL)
Ataque: 2 mg/kg/dose, EV
Após seis horas: 1 a 2 mg/kg/dose 6 /6 horas
Havendo boa resposta, deve-se aguardar uma hora após a estabilização e liberar o paciente com beta-2-agonista de curta duração, corticóide oral por três a sete dias, manter corticóide inalatório (caso faça uso) e encaminhar para o pediatra em 24 a 48 horas.1,26
Aqueles pacientes sem resposta satisfatória, com PFE < 70%, SpO2 <91%, sem grandes modificações na freqüência cardíaca, freqüência respiratória, esforço respiratório ou murmúrio vesicular devem serem referidos para internação para tratamento de asma aguda refratária. Aqueles sem resposta satisfatória e especialmente os considerados de risco, com sintomas graves, confusão mental, letargia, PFE< 30%, PaO2<60 mmHg, PaCO2> 45 mmHg, SpO2<90% e com FiO2>0,6 devem idealmente ser transferidos para o CTI.27
Qual a indicação do uso do brometo de ipratrópio?
Apresenta em alguns pacientes o efeito de prolongar o efeito broncodilatador. Tem poucos efeitos colaterais devido à não-absorção sistêmica. Queixa de boca amarga pode ocorrer em alguns pacientes.28
É utilizado associado aos broncodilatadores e nunca como terapia isolada, especialmente em crianças maiores e naquelas que não respondem aos beta-agonistas isolados. A dose preconizada geralmente é de 0,125 mg a 0,5 mL para crianças até 10 Kg ou 0,250 mg a 1 mL para crianças acima de 10 kg em intervalos a cada quatro ou seis horas.29
Quais são as indicações para beta-adrenérgicos endovenosos?
Podem ser indicados para pacientes com crises graves com fadiga respiratória iminente, alteração do sensório, piora do padrao respiratório, retenção de CO2, queda da SpO2 com falha da terapia inalatória.30,31
Como usar beta-2-agonista venoso?
Mesmo os consensos mais atuais como o GINA não mencionam a forma de administração do Beta-2-agonista venoso. Inicialmente, utilizava-se uma dose de ataque de salbutamol (ampola 500 mcg/mL) de 5 a 10 mcg/Kg/min seguida de uma dose de manutenção de 0,2 mcg/Kg/min, aumento de 0,1 mcg/Kg/min a cada 15 a 20 min, até 4 mcg/Kg/min.
Nos dias atuais, não se tem mais utilizado a realização de dose de ataque, mas uma dose 1 mcg/ kg/min até 8 a 10 mcg/kg/min.31
Há evidência do uso de corticóide inalatório na crise asmática?
Recentes trabalhos têm demonstrado que doses até quatro vezes maiores (2,4 mg budesonida) divididas em quatro doses podem ser tao eficazes como a utilização de corticóide sistêmico.32
A conduta de dobrar a dose do corticóide inalatório na pré-crise e durante a crise naqueles pacientes que já o utilizam não é mais recomendada.33
Há indicação de aminofilina na crise asmática?
Devido à maior eficácia e segurança dos beta-2-agonistas em relação à aminofilina, esta não tem sido recomendada no tratamento da crise asmática. Seu uso está relacionado com mais possibilidade de efeitos adversos potencialmente graves.1
Quando solicitar exames na crise asmática?
Gasometria: crises graves, PFE< 30% ou SpO2 menor que 93% após tratamento.
Radiografia do tórax: apenas em crises graves, suspeita de pneumotórax, pneumonia associada ou corpo estranho.
Hemograma: na suspeita de infecção associada.
Eletrólitos: quando houver prescrição de altas doses de Beta-2-agonistas
Quais os principais erros na abordagem ao paciente com crise asmática?
Os principais erros são a história e exame físico inadequados, não-identificação de paciente de risco, falta de medidas objetivas na avaliação da gravidade e resposta ao tratamento. Em relação ao tratamento, os erros são uso de aminofilina como tratamento principal, subdose de beta-2-agonista ou grande intervalo entre as doses e, finalmente, subdose ou atraso na administração do corticóide.
Outros erros comuns que devem ser evitados à alta são liberação precoce do paciente, falta de orientação na técnica em spray e no tratamento de prevenção em longo prazo, ausência de orientação quanto ao retorno se sinais de piora e não-prescrição do corticóide sistêmico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O atendimento de urgência ao asmático deve seguir um protocolo padronizado. Entretanto, as peculiaridades de cada paciente devem ser observadas, individualizando-se seu tratamento. Com o presente artigo, pretende-se incentivar os pediatras a revisarem pontos relevantes da abordagem a esses pacientes nas Unidades de Pronto-Atendimento.
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