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CAPES/Qualis: B2
Stent coronariano, cirurgia eletiva e cirurgia de urgência: como proceder
Coronary stents, elective and urgent surgery: how to proceed
Jaci Custódio Jorge1; Bruno Lucena Pires2; Gisela Magalhães Braga3; Jonas Alves Santana4
1. Responsável pelo CET/SBA do IPSEMG Coordenador do Serviço de Anestesiologia do Hospital Vera Cruz - Belo Horizonte, MG - Brasil Título Superior de Anestesiologia - TSA/SBA
2. Anestesiologista dos Hospitais Vera Cruz e Municipal Odilon Behrens - Belo Horizonte, MG - Brasil
3. Anestesiologista da Santa Casa de Belo Horizonte
4. Especializado em Clínica Médica no Hospital da Polícia Militar de Belo Horizonte e ME-3 anestesiologia do CET/SBA do IPSEMG, Belo Horizonte, MG - Brasil
Email: jacic@globo.com
Instituição: CET/SBA do IPSEMG
Resumo
A população de pacientes submetidos a angioplastia com stent que se apresentam para cirurgia em uso de antiplaquetários aumentou significativamente nos últimos anos. Esses pacientes representam um grande desafio a anestesiologistas e cirurgiões. O manejo adequado das drogas antiplaquetárias é o fator mais importante que pode alterar os resultados per e pós-operatórios. Este artigo discute o uso das três principais classes de drogas antiplaquetárias (ácido acetil-salicílico, tienopiridinas e inibidores da glicoproteína IIb/IIIa), seu manejo no período per -operatório e os riscos associados a sua interrupção abrupta.
Palavras-chave: Revascularização Miocárdica; Doenças das Coronárias/terapia; Antígenos de Plaquetas Humanas; Assistência Perioperatória.
INTRODUÇÃO
Os avanços em cardiologia intervencionista resultaram no crescimento da população em uso de agentes antiplaquetários que se apresentam para cirurgias eletivas e de urgência. Aproximadamente quatro milhões de pacientes são submetidos anualmente a implante de stent coronariano. Cerca de 5% desses pacientes requerem uma intervenção cirúrgica não cardíaca no período subsequente à angioplastia1, fase em que o risco de trombose dos stents encontra-se elevado. Muitos médicos não estão familiarizados com os antiplaquetários e suas indicações. A interrupção prematura ou inapropriada dessas drogas pode acarretar a trombose do stent, levar a um desfecho fatal ou a um infarto do miocárdio.2-14
O objetivo desta revisão é buscar as evidências científicas mais recentes para orientar a conduta quanto à suspensão ou não dos agentes antiplaquetários nos casos de cirurgias eletivas e de urgência em pacientes submetidos a angioplastia com colocação de stent.
ANTIPLAQUETÁRIOS - INDICAÇÕES
As indicações para uso dos antiplaquetários são cada vez mais ampliadas.3-14 Diretrizes americanas e europeias15,16 recomendam terapia antiplaquetária dupla com ácido acetil-salicílico (AAS) e clopidogrel para todos os pacientes que cursam com síndrome coronariana aguda (SCA). Para os pacientes com SCA de alto risco (isquemia recorrente, depressão do segmento ST, níveis de troponina elevados e diabetes mellitus), a recomendação é de terapia antiplaquetária tripla com associação dos inibidores da GP IIb/IIIa. Nos casos em que é necessária a intervenção percutânea (angioplastia), a duração da terapia antiplaquetária dependerá do tipo de angioplastia realizado, ou seja, balão, stent metal bárico ou stent farmacológico.
Os stents farmacológicos são cada vez mais utilizados, devido aos recentes estudos que sugerem uma redução na incidência de hiperplasia neointimal, complicação mais temida e normalmente grande responsável pela reestenose de stent quando comparado com a angioplastia com balão apenas17 e os stents de metal bárico18. Por outro lado, o tempo de manutenção da terapia antiplaquetária após a colocação do stent farmacológico tende a ser mais longo, cerca de 12 meses. Para os stents de metal bárico, é de aproximadamente quatro a seis semanas.
ANTIPLAQUETÁRIOS - MECANISMO DE AÇÃO
Ácido Acetil-salicílico (AAS)
O AAS é o antiplaquetário mais prescrito desde os primeiros estudos randomizados que relacionaram seu uso à redução do risco de infarto do miocárdio.19 É um inibidor irreversível da cicloxigenase (COX) 1, resultando na inibição da formação de tromboxano A2 pelas plaquetas e de prostaciclinas pelo endotélio. O tromboxano A2 estimula a agregação plaquetária, enquanto as prostaciclinas inibem a sua ativação. Como as plaquetas não produzem novas COX, os efeitos do AAS na plaqueta são prolongados por toda sua vida (sete a dez dias). Já os efeitos no endotélio são rapidamente recuperados.
Apesar de reduzir os riscos de eventos trombóticos20, o AAS isoladamente não é suficiente para prevenir a trombose de stent na fase inicial pós-angioplastia. Dessa forma, surgiu a necessidade do desenvolvimento das terapias antitrombóticas adjuvantes.
Tienopiridinas
As tienopiridinas têm seu mecanismo de ação através de uma ligação covalente a um resíduo de cisteína do receptor plaquetário P2Y12, impedindo que o ADP se ligue a seus receptores nas plaquetas. A ticlopidina vem sendo substituída pelo clopidogrel devido a seu início de ação mais rápido e menores efeitos adversos. As recomendações do uso de clopidogrel após as angioplastias foram bem definidas em grandes estudos.21-27 O CURE28 foi o primeiro grande estudo a demonstrar o benefício da associação do clopidogrel ao AAS em relação ao AAS sozinho em pacientes com angina instável e infarto sem supraelevação do segmento ST.
O Clopidogrel deve ser mantido em pacientes após angioplastia com stent de metal bárico (SMB) por pelo menos quatro semanas.21,26 Com a introdução dos stents farmacológicos (SF) a Food and Drug Administration (FDA) recomenda a terapia antiplaquetária combinada por pelo menos um ano.
Inibidores da Glicoproteína (GP) IIb/IIIa
Os receptores da GP IIb/IIIa estão presentes nas plaquetas e sofrem uma mudança conformacional após sua ativação. Ligam-se ao fibrinogênio para formar pontes entre as plaquetas ativadas (Figura1), levando à formação do trombo plaquetário. Os inibidores da GP IIb/IIIa associados ao AAS e à heparina são testados em pacientes com SCA que receberam terapia trombolítica após infarto agudo do miocárdio (IAM) e em pacientes submetidos a angioplastia.29,30
Existem duas classes de inibidores da GP IIb/IIIa. A primeira é a dos inibidores competitivos (ex: tirofiban, eptifibatide). Têm meia-vida curta, próximo de duas horas. A segunda classe é a dos anticorpos monoclonais anti-receptor da GP IIb/IIIa. O abcximab é uma imunoglobulina (Ig) G que produz uma inibição quase irreversível dos receptores. Após a suspensão da infusão contínua de abcximab, o tempo para que o grau de ocupação dos receptores caia a 50% é de 12 horas.31 Cinco grandes estudos randomizados32-36 já demonstraram a eficácia dessa classe de medicamento em prevenir complicações cardíacas isquêmicas nas situações em que é recomendada a angioplastia em pacientes com SCA.
CIRURGIA ELETIVA E CIRURGIA DE URGÊNCIA: COMO PROCEDER
Como já foi dito, a interrupção prematura ou inapropriada dos antiplaquetários pode acarretar graves consequências e até mesmo resultados fatais. A fim de reduzir esse risco, os guidelines4,5 recomendam que se mantenha a terapia antiplaquetária dupla (AAS + clopidogrel) por pelo menos um ano após implante de stent farmacológico e de quatro a seis semanas após implantar-se um stent de metal bárico.38
Até o momento, não existe consenso sobre a abordagem de pacientes em uso de antiplaquetários em cirurgias eletivas não cardíacas. O risco de isquemia deve ser cuidadosamente avaliado por um cardiologista e deve-se chegar a uma conclusão em relação ao momento apropriado para a cirurgia e quando a medicação antiplaquetária deverá ser suspensa. A recomendação é que cirurgias eletivas após colocação de stent coronariano sejam adiadas até o momento em que os antiplaquetários possam ser suspensos com segurança (Figura 2).
Ao se deparar com um paciente com necessidade de intervenção cirúrgica não cardíaca, seja de urgência ou emergência, o ideal é que seja mantida a terapia dupla (Figura 3). Deve-se, porém, fazer um balanço entre o risco de hemorragia o risco de trombose do stent.6
Também há pouca evidência a respeito do retorno da terapia, mas aparentemente é prudente interromper a medicação antiplaquetária pelo menor tempo possível.
A descontinuação dos agentes antiplaquetários pode induzir a um efeito protrombótico rebote. Pacientes cirúrgicos têm ainda o risco próprio de tromboembolismo, associado à resposta neuroendócrina ao trauma que pode ser responsável pelos altos índices de trombose em pacientes que interrompem o uso dos antiplaquetários antes de procedimentos cirúrgicos. Guidelines recentes identificaram o risco de trombose do stent em decorrência da interrupção precoce dos antiplaquetários em cerca de 29% de pacientes com stent farmacológico, resultando em risco de IAM e morte.8 Sempre existirá um balanço delicado entre o risco de isquemia da interrupção do uso dessas drogas e o risco de sangramento da continuidade do uso.
RISCOS DE SUSPENDER OU MANTER ANTIPLAQUETÁRIOS7
Faltam grandes estudos prospectivos de alto grau de evidência sobre regimes de antiplaquetários em cirurgias não cardíacas. Dados clínicos recentes mostram, contudo, que o risco de trombose coronariana após suspensão de drogas antiplaquetárias é maior que o risco de sangramento cirúrgico com sua manutenção.
Riscos de manter:
Aumenta a perda de sangue em 2,5-20% com AAS e 30-50% com AAS+clopidogrel, o que pode ocasionalmente aumentar as complicações cirúrgicas, mas não aumenta a morbi-mortalidade cirúrgica, exceto em cirurgia em espaço fechado: intracraniana, câmara posterior do olho e canal intramedular.
Aumenta em 30% a taxa de transfusão - as taxas de complicações com transfusão são, porém, de 0,4% e a mortalidade por perda maciça de sangue é <3%.
A incidência de eventos isquêmicos é provavelmente similar à taxa observada em pacientes com doença arterial coronariana estável; dependendo do tipo de procedimento, a taxa de infarto não fatal é de 2-6% e de mortalidade cardíaca, de 1-5%.
Riscos de suspender:
Efeito rebote com aumento da adesividade plaquetária. Simultaneamente, síndrome inflamatória sistêmica e a fase de reação aguda da cirurgia aumentam a adesividade plaquetária e diminuem a fibrinólise. Além disso, algumas doenças como carcinomas e diabetes podem ser acompanhadas por hipercoagulabilidade.
As taxas de infarto e morte em síndrome coronariana aguda podem aumentar até em 100%.
Durante a fase de reendotelização dos stents, a taxa média de infarto de miocárdio devido à trombose de stent é de 35%; a mortalidade média por trombose de stent é de 20-40%; assim, a taxa de morte cardíaca perioperatória é aumentada em cinco a 10 vezes.
Os stents farmacológicos são altamente dependentes de agentes antiplaquetários durante o primeiro ano.
O risco associado à transfusão sanguínea e hemostasia cirúrgica durante a operação é menor que o de uma intervenção coronariana percutânea para revascularizar um vaso coronariano trombosado no pós-operatório precoce. Trombólise e abciximab não são opções no pós-operatório imediato pelo risco de hemorragia catastrófica.
CONDUTAS
Monoterapia
Monoterapia com AAS ou clopidogrel não deve ser usualmente descontinuada9. Manutenção de aspirina leva a um aumento de 1,5 vez no risco de complicações hemorrágicas, mas essas complicações não são de alto risco.10 Desse modo, o AAS só deve ser descontinuado no perioperatório caso o risco de sangramento se relacione a um aumento de mortalidade ou sequela comparável ao risco cardiovascular observado com a suspensão da aspirina. Uma vez que os pacientes submetidos a cirurgia precocemente após inserção de stent coronariano são de alto risco para eventos cardíacos adversos, raramente o risco de sangramento com mortalidade ou sequela sobrepuja o risco cardiovascular.7,8
Terapia Dupla (AAS e clopidogrel)
AAS
Embora sejam necessários estudos maiores, dados mostram que, em pacientes de alto risco submetidos a cirurgia não cardíaca, aqueles que receberam AAS durante todo o perioperatório tiveram redução (com significância estatística) do risco de eventos cardíacos adversos maiores nos primeiros 30 dias de cirurgia, em comparação àqueles que receberam placebo. Não se observou, por outro lado, aumento significativo nas complicações hemorrágicas.11 Diante disso, o AAS deverá ser sempre mantido quando prescrito como prevenção secundária. Exceção a essa regra apenas nos casos de risco de sangramento em espaço fechado (neurocirurgia intracraniana, cirurgia de canal medular e cirurgia de câmara posterior do olho), mesmo assim, somente em pacientes de baixo risco cérebro e cardiovascular.
Clopidogrel
Idealmente, o procedimento deveria ser adiado nos casos em que houvesse tanto o risco de trombose do stent quanto o de sangramento. Vale lembrar que o maior risco de trombose ocorre durante a reendotelização, período que é de duas a quatro semanas após dilatação simples; quatro a seis semanas para stent de metal e pelo menos 12 meses para stent farmacológico.38 Pacientes com stent há menos de 35 dias são os de maior risco.3 Todavia, sendo o procedimento inadiável, deve-se manter o AAS. O clopidogrel, por sua vez, poderia ser suspenso cinco dias antes da cirurgia.
POSSÍVEIS SUBSTITUTOS
Embora a heparina seja prescrita rotineiramente como substituta por sua eficácia comprovada no tratamento de angina instável e infarto do miocárdio sem supra de ST, não há suporte na literatura para sua utilização terapêutica como alternativa aos antiplaquetários para proteção contra a trombose de stent. As taxas de infarto e complicações cardíacas são similares em pacientes que receberam ou não heparina após suspensão de AAS. Tampouco há dados que suportem que a manutenção de AAS e a substituição de clopidogrel por heparina sejam uma proteção eficaz em situações de alto risco coronariano. Ademais,o uso de heparina em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca parece associado a aumento significativo da taxa de sangramento e a necessidade de reintervenção.7, 8
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) como ibuprofeno ou indobufeno, assim como o AAS, inibem a COX-1. Todavia, a ação bloqueadora dos AINES sobre a atividade plaquetária é reversível. Dessa forma, como a função plaquetária é completamente recuperada dentro de 24 horas após suspensão dos AINES, tais fármacos podem ser utilizados para manter atividade antiplaquetária eficaz durante a semana entre a suspensão do AAS e a cirurgia.12 Tal conduta pode ser útil, por exemplo, em cirurgias de espaço fechado.
Substituição de agentes antiplaquetários de longa ação como clopidogrel por um inibidor de GP-IIb/IIIa, de ação mais curta, como tirofiban13 ou eptifibatide é sugerida empiricamente como uma ponte entre o período da descontinuação (cinco dias antes da cirurgia) e o reinício do clopidogrel (Tabela 2). A esse respeito, um estudo de fase II14 demonstrou que, em pacientes com implante recente de stent farmacológico e de características de alto risco para trombose de stent necessitando cirurgia de urgência, uma estratégia de ponte com tirofiban venoso pode permitir a suspensão temporária do clopidogrel oral, sem aumentar o risco de sangramento. Nesse estudo, suspendeu-se clopidogrel cinco dias antes da cirurgia, tirofiban foi iniciado 24 horas após, mantido até quatro horas antes da cirurgia e reiniciado duas horas após a cirurgia, até o momento em que clopidogrel foi reiniciado.
SANGRAMENTO
Não há guidelines específicos em relação ao tratamento de sangramento em paciente em uso de antiplaquetários. O manejo depende do sítio e da extensão do sangramento. Deve ser considerada consulta multidisciplinar em relação a descontinuar os agentes antiplaquetários, transfusão de plaquetas ou uso de outro agentes como antifibrinolíticos ou fator VIIa recombinante.8
COMO PROCEDER EM CASO DE SUSPEITA DE TROMBOSE DE STENT
Os sintomas da trombose de stent geralmente são inespecíficos, mas podem incluir dor no peito, dispneia, hipotensão, arritmia ou mesmo parada cardíaca. Diante da suspeita, um cardiologista deve ser consultado com urgência e o transporte do paciente para um centro de cardiologia intervencionista providenciado imediatamente. Deve-se fazer uma cineangiocoronariografia de urgência para a confirmação diagnóstica e, se necessário, proceder com a reabertura do stent ocluído e da artéria coronária acometida. O uso de anticoagulantes e antiplaquetários como heparina, clopidogrel, AAS e inibidores da GP IIb/IIIa pode ser necessário. Entretanto, o uso desses medicamentos pode ser limitado se o paciente acabou de ser submetido a um grande procedimento cirúrgico e o risco de sangramento for potencialmente fatal. O risco de sangramento espontâneo não relacionado ao sítio cirúrgico tampouco pode ser descartado.39 Diante dessa situação, a escolha de drogas com meia-vida mais curta deve ser preferida. Dentre os inibidores da GP IIb/IIIa, o tirofiban ou epitifibatide podem ser mais seguros do que o abciximab no caso de uma hemorragia catastrófica.40 Têm meia-vida mais curta e, quando suspensos, promovem o retorno da função agregante plaquetária mais rapidamente.
CONCLUSÃO
Pacientes com stent representam um grande desafio a anestesiologistas e cirurgiões. O manejo adequado dos antiplaquetários representa o fator mais importante que pode alterar os resultados per e pósoperatórios. Essa abordagem requer sempre uma cuidadosa avaliação do risco-benefício e devido aos resultados catastróficos da trombose do stent, a literatura atual suporta que a balança deve tender para o lado de evitar as complicações trombóticas. Evidências apontam que o risco hemorrágico é normalmente modesto se a terapia antiplaquetária é mantida durante a cirurgia. Exceção a essa regra apenas em situações de sangramento em espaço fechado ou quando um sangramento realmente volumoso é esperado. Em um futuro próximo, várias estratégias poderão facilitar o manejo per operatório desses pacientes: novos stents com endotelização mais precoce, novas drogas antiplaquetárias com meia vida mais curta, novos testes para monitorizar a função plaquetária e novas técnicas cirúrgicas (menos invasivas e com redução do sangramento per e pós-operatório).
Por fim, vale ressaltar que a abordagem multidisciplinar entre cardiologistas, anestesiologistas e cirurgiões, em forte sintonia, é fundamental na condução desses casos.
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